A agenda econômica desta sexta-feira (3) está voltada ao relatório de emprego dos Estados Unidos (payroll), além dos discursos de dois dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) e do Índice de Gerentes de Compras (PMI) Composto americano da S&P Global. No Brasil, serão divulgados a produção industrial de março e dados de crédito do Banco Central (BC).
Vale (VALE3)
A proposta feita pelas mineradoras Vale e BHP, sócias da Samarco, responsável pelo desastre ambiental de Mariana em 2015, foi recebida com fortes críticas pelos negociadores do Governo Federal e dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, segundo apurou o Broadcast.
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A expectativa é que os entes públicos deem uma resposta conjunta nesta sexta-feira (3), e, considerando o clima instalado nos bastidores, a tendência é que ela seja negativa. As mineradoras afirmaram que mantêm o interesse em negociar com o governo.
Petrobras (PETR3; PETR4)
A Moody’s informou que o rating corporativo da Petrobras não é diretamente afetado pela melhora na perspectiva da nota soberana do Brasil para positiva. A avaliação reflete os “riscos intrínsecos” da estatal, particularmente a crescente evidência de interferência do governo nas decisões da companhia, segundo a agência. Atualmente, a instituição atribui rating Ba1 à petroleira, com perspectiva estável.
O ADR (recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Petrobras operava com queda de 2,94% há pouco, sob ajuste “ex-direitos” de dividendos e juros sobre capital próprio no pré-mercado de Nova York.
Santander (SANB11)
O Bradesco BBI elevou o Santander Brasil em dois níveis para Outperform (compra), ante Underperform (equivalente a venda), motivado por uma perspectiva de maior rentabilidade aliada a uma avaliação atrativa. O banco elevou também o preço-alvo da Unit do Santander para R$ 37,00, ante R$ 28,90, um potencial de alta de 19,9%, em relação ao fechamento dessa quinta-feira (2).
Gerdau (GGBR4)
A Gerdau registrou lucro líquido de R$ 1,245 bilhão no primeiro trimestre de 2024, queda de 47,9% em relação ao mesmo período de 2023, em linha com o Prévias Broadcast. O Ebitda (lucro antes de juros, depreciação, amortização e impostos) ajustado atingiu R$ 2,813 bilhões, uma queda de 34,9%.
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A produção total de aço bruto somou 3,090 milhões de toneladas, um valor 3,4% superior na comparação anual, enquanto as vendas de aço atingiram 2,724 milhões de toneladas, uma queda de 8,6%.
Os resultados foram considerados sólidos pela XP, com o Ebitda ajustado de R$ 2,8 bilhões superando a expectativa da corretora em 7%. O balanço foi apoiado por resultados relativos mais fortes da América do Norte e enquanto as operações domésticas melhoram progressivamente, segundo a XP, que agora vê um valuation de 3,6 vezes o valor da empresa pelo Ebitda (EV/Ebitda) assimétrico e altamente descontado, reforçando a visão positiva sobre o nome.
A Gerdau também anunciou o pagamento de dividendos de R$ 588 milhões, a R$ 0,28 por ação, com a data de ‘ex-direito’ em 16 de maio.
Além disso, a Gerdau divulgou que fará sua 17ª emissão de debêntures (título de dívidas emitido por empresa para uso dos recursos em projetos específicos), no valor de R$ 1,5 bilhão, cujos recursos serão usados para reperfilamento de seu passivo financeiro e gestão dos negócios.
Iguatemi (IGTI11)
A dona de uma rede de 16 shopping centers, Iguatemi, reportou lucro líquido de R$ 81,1 milhões no primeiro trimestre de 2024, alta de 69,5% em relação ao mesmo período de 2023. Já o lucro líquido ajustado foi de R$ 108,4 milhões, crescimento de 63%.
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O Ebitda ajustado alcançou R$ 225,2 milhões, crescimento de 13,2%, e o FFO (lucro líquido excluindo depreciação, amortização e efeitos não caixa) ajustado chegou a R$ 153,6 milhões, um aumento de 38,7%, 5,7% acima do Prévias Broadcast.
Os resultados vieram em linha com as estimativas do Citi, mas o banco aponta um “início de ano decente” para a empresa. Entre os destaques, o forte desempenho de vendas com um portfólio mais saudável de varejistas resultou em uma redução da inadimplência líquida de 4,4% no primeiro trimestre de 2023 para 2,1% no primeiro trimestre de 2024, indicando uma recuperação nos recebíveis comerciais. Já o principal ponto negativo foi o crescimento baixo de receitas de aluguel em 1,3%, impactado pela inflação do IGP.
AES Brasil (AESB3)
A AES Brasil registrou prejuízo líquido de R$ 102,4 milhões no primeiro trimestre deste ano, revertendo o lucro de R$ 60,4 milhões observado um ano antes. O Ebitda somou R$ 340,2 milhões, uma redução de 14,6%.
Os números vieram abaixo das expectativas da Genial Investimentos, que afirma que a performance foi impactada por baixos volumes gerados no segmento eólico, o que acabou por impactar negativamente as receitas nesse segmento. “Somados a isso, houve alguns eventos não-recorrentes de cerca de R$ 37 milhões no trimestre, o que acabou por levar o resultado trimestral a um prejuízo líquido”, afirma a casa.
Eztec (EZTC3)
A incorporadora paulistana Eztec teve lucro líquido de R$ 56,706 milhões no primeiro trimestre de 2024, alta de 34,3% em relação ao mesmo período de 2023. O Ebit (lucro antes dos juros e impostos) somou R$ 31,967 milhões, um crescimento de 9,5%.
A XP considerou os resultados “razoáveis”. Do lado negativo, a receita teve um desempenho mais brando (caiu 5% em um ano), afetada pela maior presença de SPEs não consolidadas no mix de projetos; e o ROE manteve níveis brandos de 5,4%.
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Já do lado positivo, a margem bruta apresentou uma expansão positiva de 5,7 pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre de 2023; o resultado financeiro teve um crescimento robusto de 27% em relação à base anual; e o lucro líquido cresceu 37% ano a ano, suportado por menores despesas com vendas.
A empresa pagará dividendos de R$ 13,4 milhões, o equivalente a R$ 0,0617 por ação ordinária. Os papéis passam a ser negociados como “ex-dividendos” a partir do dia 10 de maio.
Marcopolo (POMO4)
O lucro líquido consolidado da Marcopolo cresceu 34,1% no primeiro trimestre de 2024 ante um ano antes, para R$ 316,9 milhões. O Ebitda foi de R$ 315,4 milhões, alta de 7,7%. Os resultados foram melhores do que a XP esperava, com Ebitda recorrente (exceto renda variável) de R$ 286 milhões superando a expectativa da corretora em 6%. “Vemos com bons olhos a receita resiliente da Marcopolo em meio a um trimestre mais desafiador”, afirma a casa.
Sabesp (SBSP3)
A Câmara Municipal de São Paulo aprovou, nessa quinta-feira (2), o projeto de lei que permite a adesão da capital à privatização da Sabesp, com 37 votos favoráveis e 17 contra. O texto foi sancionado na noite de ontem mesmo pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB).
GPA (PCAR3)
O GPA firmou contrato para vender sua sede administrativa localizada na Avenida Brigadeiro Luis Antônio, na capital paulista por R$ 218 milhões, sendo 82% do recebimento em 2024 e 18% em parcelas até março de 2026.
A transação, segundo a companhia, faz parte do “plano de redução da alavancagem financeira”. O comprador de parte do empreendimento foi o fundo imobiliário (FII) do segmento de lajes corporativas Tellus Properties, da gestora Tellus Investimentos.
Bradespar (BRAP4)
O Goldman Sachs & Co atingiu uma participação de 6,16% na Bradespar, ou 15.709.874 ações ordinárias.
Hidrovias do Brasil e Ultrapar (UGPA3)
A Hidrovias do Brasil informou ao mercado que a Ultrapar Logística, subsidiária da Ultrapar, adquiriu mais de 65,9 milhões de ações, equivalente a 8,67% do capital social da companhia. Com isso, a empresa atinge posição equivalente a 18,69% do total de ações da Hidrovias.
3R Petroleum (RRRP3)
A 3R Petroleum Óleo e Gás informou que, em função do inadimplemento das obrigações financeiras da Nova Técnica Energy estabelecidas no âmbito do consórcio do Campo de Papa Terra, a 3R Petroleum Offshore iniciou as medidas necessárias perante a Superintendência de Promoção de Licitações da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (SPL/ANP) para que seja realizada a cessão compulsória da participação de 37,5% detida pela Nova Técnica Energy no ativo.