A agenda econômica desta quarta-feira (22) está voltada à participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em audiência pública da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara. O encontro sobre a política econômica do País deve concentrar as atenções dos investidores nas próximas horas.
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No exterior, o foco está na publicação da ata da reunião de política monetária de maio do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), a partir das 15h, um pouco antes da divulgação do relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas do governo brasileiro. Ainda, é aguardado o balanço trimestral da Nvidia (NVDC34) após o fechamento das bolsas de Nova York.
Petrobras (PETR3; PETR4)
O acordo original na área de refino e gás da Petrobras, que será revisado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) nesta quarta-feira, previa a venda de oito refinarias. Em troca de desistir da venda, a estatal se propõe a adotar compromissos majoritariamente comportamentais.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou provimento ao recurso da Petrobras contra a cobrança de CIDE-Combustíveis, no valor aproximado de R$ 987 milhões. A informação foi divulgada pela companhia na noite da terça-feira (21).
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O caso envolve cumprimento de decisões judiciais liminares, deferidas em favor de empresas distribuidoras e postos de combustíveis, pelas quais a Petrobras foi impedida de reter a contribuição, incidente sobre a venda de derivados de petróleo, no período de março de 2002 a outubro de 2003. A empresa avalia o cabimento de recurso.
XP
A XP reportou lucro líquido de R$ 1 bilhão no primeiro trimestre, recorde para o período, representando alta de 29% em um ano. O lucro antes dos impostos (Ebt) também foi recorde, alcançando R$ 1,088 bilhão, alta de 33%. O Retorno sobre o Patrimônio Médio (ROAE, na sigla em inglês) foi de 20,7%, avanço de 198 pontos-base na comparação anual.
Em linha com o desempenho visto no after hours, as ações da XP seguem em queda de 4,34% no pré-mercado de Nova York, em reação ao balanço.
Para a Ativa Investimentos, o resultado foi ruim, com destaque negativo do fraco desempenho do wealth management (gestão de patrimônio), fruto de um take rate em queda, mas, principalmente, de uma fraca captação líquida, segundo o analista Pedro Serra, em relatório.
O Citi afirma que a mudança nas expectativas para o ambiente macroeconômico afetou os ativos mais arriscados nos últimos meses, e que a XP não saiu ilesa. Contudo, o banco pondera que “os resultados poderiam ter sido piores, mas não foram: a atividade ainda está lenta, como esperado, mas a empresa continua mantendo as despesas sob controle e busca entregar uma expansão na rentabilidade”.
Bradesco (BBDC4), Santander (SANB11) e Nubank (ROXO34)
Em relatório, o Citi destaca que Bradesco, Santander e Nubank reportaram os maiores ganhos de participação de mercado ante base trimestral. Já PagBank (ex-PagSeguro), do lado da aquisição, é o único player que ainda não reportou resultados.
Hapvida (HAPV3)
O Goldman Sachs elevou a recomendação da Hapvida de neutro para compra e o preço-alvo de R$ 4,90 para R$ 5,70, potencial alta de 27,2% sobre o fechamento da terça-feira (21). Em relatório, o banco argumenta que, além dos sinais positivos de sinistralidade, o primeiro trimestre da Hapvida foi o primeiro do passado recente em que houve uma combinação de melhores tendências em rentabilidade, adições líquidas e geração de fluxo de caixa.
Minerva (BEEF3) e Marfrig (MRFG3)
A Minerva confirmou que a Comissão de Promoção e Defesa da Concorrência (Coprodec) do Uruguai não aprovou a aquisição de três estabelecimentos industriais de propriedades de controladas da Marfrig Global Foods no país. O negócio somaria R$ 675 milhões. Segundo a Minerva, a decisão não é definitiva e não afeta as aquisições de ativos da Marfrig no Brasil, na Argentina e no Chile, acordadas na mesma ocasião.
JBS (JBSS3)
A JBS anunciou aporte de R$ 10,2 milhões em novo Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) voltado ao financiamento da pecuária regenerativa na Amazônia. A operação prevê a emissão de R$ 100 milhões, com a primeira tranche (divisão de contrato) de R$ 50 milhões sendo lançada nesta semana e a segunda, em 2025. O aporte inclui a aquisição da cota de maior risco, o “first-loss capital”, e será corrigida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Copel (CPLE6)
A Copel fará a nona emissão de debêntures (títulos de dívidas emitido por empresa para uso dos recursos em projetos específicos) simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária (que não desfruta de privilégios), no valor de R$ 2,250 bilhões. A emissão se dará em duas séries, sendo R$ 750 milhões correspondentes às debêntures da primeira série e R$ 1,5 bilhão às da segunda série, todas no valor nominal unitário de R$ 1.000,00.
BrasilAgro (AGRO3)
A BrasilAgro comprou a Companhia Agrícola Novo Horizonte, que possui um contrato de arrendamento de 4.767 hectares úteis na região de Primavera do Leste (Mato Grosso). O valor da transação, condicionada à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, é de R$ 36,4 milhões.
Americanas (AMER3)
A Americanas confirmou o aumento de capital de até R$ 40,733 bilhões, conforme antecipou o Broadcast. O preço de emissão de cada nova ação será de R$ 1,30. O aumento de capital prevê que, a cada três novas ações emitidas, será conferido um bônus de subscrição. A companhia também aprovou o grupamento de ações na proporção de 100 ações para uma.
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