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Mercado hoje: Petrobras (PETR4) diz não haver definição sobre dividendos, Vale (VALE3) nega acordo para compra da Cosan (CSAN3) e lucro da Suzano (SUZB3) despenca 39% no quarto trimestre

Eletrobras, Ambev, Rumo, Ultrapar, C&A, Raízen e outras empresas complementam o noticiário desta manhã

Mercado hoje: Petrobras (PETR4) diz não haver definição sobre dividendos, Vale (VALE3) nega acordo para compra da Cosan (CSAN3) e lucro da Suzano (SUZB3) despenca 39% no quarto trimestre
Painel do Ibovespa. (Fonte: Adobe Stock)

A divulgação do índice de preços gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, as falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, banco central estadunidense) e os números da Pesquisa Nacional por Amostra a Domicílios (Pnad) Contínua são os destaques desta quinta-feira (29).

Confira as principais notícias das empresas na Bolsa

Petrobras (PETR3; PETR4)

A Petrobras disse em comunicado ontem que não há qualquer decisão tomada em relação à distribuição de dividendos ainda não declarados da companhia, após afirmações do presidente Jean Paul Prates a respeito do tema terem derrubado as ações durante a tarde, fechando com perda de quase 6%. A estatal afirmou ainda que as decisões da administração sobre o tema, incluindo a proposta de destinação do resultado a ser submetida à aprovação da Assembleia Geral Ordinária marcada para 25 de abril, serão tomadas com base na nova Política de Remuneração aos Acionistas, aprovada em julho de 2023.

A empresa também informou que assinou com a Yara Brasil Fertilizantes um Memorando de Entendimentos (MoU) visando estudos de potenciais parcerias de negócios para iniciativas locais no segmento de fertilizantes, produção de produtos industriais e descarbonização da produção.

Vale (VALE3)

A Vale informou que não existe qualquer acordo ou compromisso relativo à compra de projeto da Cosan (CSAN3) por R$ 1 bilhão, conforme notícias veiculadas na imprensa. A informação referia-se à aquisição completa do terminal de uso privado (TUP) Porto de São Luís, no Maranhão.

Ambev (ABEV3)

O lucro líquido consolidado da Ambev somou R$ 4,528 bilhões no quarto trimestre de 2023, o que representa uma queda de 10,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, em linha com a média das projeções do Prévias Broadcast. Segundo a companhia, a queda no lucro se deu por uma depreciação cambial na Argentina e pelo faseamento das provisões de dedutibilidade fiscal dos juros sobre capital próprio (JCP).

Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de R$ 7,151 bilhões foi 0,6% maior ante igual etapa do ano anterior no conceito reportado e representou avanço de 49% no conceito orgânico, mas ficou 6,9% menor que a média das projeções. O mercado deve reagir negativamente ao balanço da Ambev, na avaliação do Citi, destacando que o Ebitda e o lucro líquido ficaram 5,9% e 5,7% abaixo do previsto, respectivamente.

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A Ambev também disse que projeta que o custo dos produtos vendidos (CPV) por hectolitro, excluindo depreciação e amortização, para seu negócio de cervejas no Brasil diminua entre 0,5% e 3,0% no ano de 2024 (excluindo a venda de produtos não Ambev no marketplace, e assumindo os atuais preços das commodities e do câmbio), em razão das condições favoráveis das commodities e do câmbio.

Suzano (SUZB3)

O lucro líquido da Suzano somou R$ 4,515 bilhões no quarto trimestre de 2023, o que representa uma
queda de 39% ante o mesmo período de 2022 mas 15,3% acima do Prévias Broadcast. O Ebitda ajustado atingiu R$ 4,505 bilhões, valor 45% menor na comparação anual.

A companhia também anunciou a saída de Walter Schalka da presidência da companhia. Em seu lugar, foi aprovado o nome de João Alberto Fernandez de Abreu que assumirá como CEO em julho deste ano.

Os resultados do quarto trimestre da Suzano foram considerado sólidos pelo Citi, que destaca os volumes fortes e custos sequencialmente mais baixos, apesar dos preços realizados ligeiramente mais fracos. O banco também pontua que a transição do CEO e as discussões sobre o próximo ciclo de investimentos devem chamar a atenção dos investidores.

Rumo (RAIL3)

João Fernandez de Abreu renunciou ao cargo de diretor presidente da Rumo e o conselho de administração elegeu Pedro Marcus Lira Palma para o cargo. O anúncio foi considerado “surpreendente, mas compreensível” e neutro pela XP, visto que Abreu assumirá um papel importante como CEO da Suzano, e a transição de Palma para CEO da Rumo deve ser tranquila.

Ultrapar (UGPA3)

A Ultrapar registrou lucro líquido de R$ 1,11 bilhão no quarto trimestre de 2023, alta de 22% em relação ao mesmo período do ano anterior. O Ebitda ajustado atingiu R$ 2,28 bilhões, avanço de 25% na comparação anual. Os investimentos em 2024 devem somar R$ 2,7 bilhões.

A companhia também aprovou a distribuição de dividendos de R$ 439.684.392,40, correspondentes a R$ 0,40 por ação ordinária. A data de “ex-dividendos” é 8 de março. Os resultados foram considerados positivos tanto pelo Citi quanto pela XP, com a corretora destacando que a holding apresentou uma forte geração de caixa livre (reduzindo a alavancagem) e que a Ipiranga denotou outro trimestre excepcional (principalmente devido ao novo recorde de lucro bruto unitário).

C&A (CEAB3)

A C&A registrou lucro líquido de R$ 168,7 milhões no quarto trimestre de 2023, uma queda de 20,8% ante mesmo período de 2022. O Ebitda ajustado foi de R$ 501,5 milhões, alta 37,7%.

Os resultados da varejista vieram consideravelmente acima do esperado pelo Citi, que destaca vendas líquidas superando a expectativa em 5%, devido às vendas mesmas lojas (SSS) mais altas no segmento de vestuário e fashiontronics (cartão de presentes virtual).

PagBank (PAGS34)

O PagBank (ex-PagSeguro) encerrou o quarto trimestre de 2023 com lucro líquido recorrente de R$ 520 milhões, um crescimento de 27% em relação ao mesmo período de 2022. O lucro contábil da companhia foi de R$ 488 milhões, alta de 20% em um ano. O Ebitda ajustado foi de R$ 975 milhões, crescimento de 24%.

Eletrobras (ELET3)

Após interpelação, em ação movida pela Associação Brasileira de Investidores (Abradin), a Eletrobras confirmou na quarta-feira que fechou contrato com a Delta Energia durante a gestão do ex-vice presidente de comercialização, João Carlos Guimarães. Guimarães foi destituído do cargo em julho do ano passado, após denúncia de que o executivo havia atuado previamente na Delta Energia.

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O ex-vice presidente de comercialização da Eletrobras foi citado em denúncia apresentada à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por suposta fraude em operações da Delta Energia.

Raízen (RAIZ4)

A Raízen confirmou que captou US$ 1,5 bilhão em títulos representativos de dívida (green notes). A informação foi antecipada pelo Broadcast. A operação financeira será realizada pelas subsidiárias da empresa, Raízen Fuels Finance e Raízen Energia, tendo como objetivo acelerar a expansão dos negócios, prioritariamente no segmento renováveis.

CPFL (CPFE3)

A CPFL Energia anunciou a Assembleia Geral Extraordinária (AGE) aprovou a incorporação da Cone Sul – detentora da totalidade das ações de emissão da CPFL Transmissão, cujo capital social para R$ 1.001.738.200,81 – pela CPFL Transmissão, sua controladora direta. Com a incorporação, os papéis da Cone Sul de emissão da CPFL Transmissão serão cancelados. A Cone Sul será extinta e seu acervo líquido será todo absorvido pela CPFL Transmissão.

Americanas (AMER3)

A Americanas, em recuperação judicial, encerrou a semana de 19 a 25 de fevereiro de 2024 com 4.278 admissões, 280 pedidos de saída, 41 términos de contrato de experiência e 61 desligamentos involuntários. A companhia encerrou oito lojas e ficou com 1.740. No intervalo, o total de pagamentos somou R$ 340 milhões e o de recebimentos, R$ 390 milhões.

Randon (RAPT4)

A Randon firmou contrato de financiamento com a International Finance Corporation (IFC), pelo qual, junto com Fras-le, irá captar R$ 250 milhões cada, com prazo de pagamento de até nove anos e carência de dois anos para o início da amortização do principal. O valor será investido, principalmente, em projetos de ESG da companhia. Está prevista a redução dos spreads do financiamento de acordo com o cumprimento de metas climáticas.

Kepler Weber (KEPL3)

A Kepler Weber obteve lucro líquido de R$ 94 milhões no quarto trimestre de 2023, queda de 16,8% ante igual período do ano anterior. O Ebitda ficou em R$ 117,2 milhões, 22,5% menos do que um ano antes.

*Com informações do Broadcast