A agenda internacional começa nesta quinta-feira (25) movimentada, com destaque para a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e a coletiva de imprensa de Christine Lagarde. Nos Estados Unidos, atenção para dados econômicos, incluindo Produto Interno Bruto (PIB) e inflação pelo Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês), além de resultados corporativos.
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No Brasil, a quinta-feira prevê leilões de títulos do Tesouro (11h) e reunião Conselho Monetário Nacional (CMN), além de evento noturno previsto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nos 90 anos da Universidade de São Paulo (USP), na Capital paulista.
No cenário internacional, as bolsas apresentam tendências opostas, com os futuros de Nova York em alta e as bolsas europeias em queda, aguardando decisões do BCE e dados econômicos dos EUA. Destaca-se a relevância da primeira leitura do PIB americano, que impactará as expectativas econômicas e de política monetária. O BCE sinaliza a possibilidade de iniciar a flexibilização dos juros no verão europeu, enquanto as expectativas para o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) apontam para maio.
Em Nova York, após a divulgação de balanços, a Tesla (TSLA34) teve queda de 8,15%, impactando o Nasdaq, enquanto a IBM (IBMB34) registrou aumento de 7,48% no pré-mercado. Na Europa, houve uma surpreendente queda no índice de sentimento das empresas na Alemanha. Apesar disso, o euro e a libra ganharam força, pressionando o dólar, e os preços do petróleo continuam a crescer, impulsionados por tensões no Oriente Médio.
O mercado hoje no Brasil
No cenário nacional, com uma agenda interna relativamente tranquila, os ajustes locais estão susceptíveis à volatilidade dos mercados internacionais. Destaca-se o notável aumento no preço do petróleo, potencialmente favorecendo as ações da Petrobras (PETR3; PETR4), na B3. Apesar do feriado municipal em São Paulo em celebração ao aniversário da cidade, a B3 opera normalmente.
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Persiste a incerteza em relação à Vale (VALE3), com novos rumores indicando pressões do governo para que acionistas apoiem a indicação de Guido Mantega como CEO.
Quanto aos assuntos fiscais, espera-se novidades na próxima semana, com uma reunião convocada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, agendada para segunda-feira (29). O objetivo é resolver questões conflituosas entre deputados e o governo no início de 2024, como a medida provisória da reoneração e o veto às emendas de comissão.
O ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciou que o programa Voa Brasil será divulgado em 5 de fevereiro, entrando em vigor no mesmo dia. Ele detalhou a criação de um fundo de até R$ 6 bilhões para financiar a aviação civil, trabalhando para reduzir o preço do querosene, com a Petrobras mostrando “sensibilidade” em relação ao tema.
Agenda desta quinta-feira (25)
Nos EUA, são aguardados o relatório do PIB e do PCE (10h30), juntamente com a publicação simultânea dos pedidos semanais de auxílio-desemprego, os resultados das encomendas de bens duráveis em dezembro e o índice de atividade nacional. A secretária do Tesouro, Janet Yellen, fará um discurso no Clube Econômico de Chicago (15h35).
No setor corporativo, a American Airlines divulgará seu balanço antes da abertura do mercado em Nova York, enquanto Intel (ITLC34)
e Visa (VISA34) apresentarão seus resultados após o fechamento.
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Na agenda local, indicadores de confiança do consumidor em janeiro (pela manhã) e o fluxo cambial semanal no País (14h30). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participará virtualmente da reunião do Conselho Monetário Nacional (15h) antes de comparecer a um evento na USP (18h30).