Mercado hoje: ação contra privatização da Sabesp (SBSP3), venda de ativos da Equatorial (EQTL3) e avanço da fusão entre Auren (AURE3) e AES (AESB3) são os destaques
Americanas e Caixa Seguridade completam o noticiário. Saiba tudo sobre o mercado nesta quarta-feira
Ibovespa, o principal índice da B3. (Fotoa: Adobe Stock)
A agenda econômica desta quarta-feira (3) apresenta indicadores dos Estados Unidos, sendo o relatório ADP de empregos no setor privado (considerado a prévia do Payroll, o documento mais importante sobre folha de pagamentos no país), duas leituras de índices de gerentes de compras (PMI) de serviços e as encomendas à indústria americana na véspera do feriado de 4 de julho. Os dados saem antes da publicação da ata da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de junho.
No cenário doméstico, destaque para os dados industriais – com expectativas de queda de 1,6% em maio, após recuo de 0,5% em abril, segundo projeções do Broadcast –, lançamento do Plano Safra 2024/2025, em meio à espera pela reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento), Rui Costa (Casa Civil) e Esther Dweck (Gestão) para discutir o que fazer em relação à alta do dólar e o quadro econômico e fiscal.
Antes da divulgação do rombo bilionário da Americanas, em janeiro de 2023, o Credit Suisse e a XP Investimentos alertaram a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre operações suspeitas de vendas de ações da varejista, segundo investigações da Polícia Federal. O Itaú (ITUB4) seguiu o mesmo caminho e apresentou provas sobre o uso de informações privilegiadas (insider trading) nas negociações após as inconsistências nas contas da companhia se tornarem públicas.
A XP Investimentos deu início à cobertura das ações de Caixa Seguridade, com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 18 para o final de 2025, o que representa um potencial de valorização de 26% considerando o fechamento da terça-feira (2º).
O Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sintaema) e o Observatório Nacional dos Direitos à Água e ao Saneamento (Ondas) entraram com uma representação no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) para contestar a oferta de ações que vai privatizar a Sabesp. As entidades questionam o cálculo do valuation (valor do ativo) utilizado pelo governo de São Paulo para precificar a operação e o volume de investimentos que devem ser feito pela companhia nos próximos anos. Saiba detalhes nesta matéria.
Além disso, o PT acionou o Ministério Público de São Paulo para apurapurar um possível conflito de interessetuação da presidente do Conselho de Administração (CA) da Sabesp, Karla Bertocco, junto à Equatorial (EQTL3), conforme noticiado na imprensa nacional.
A Equatorial reforçou, na noite da terça-feira (2º), que tem assegurado o financiamento para a aquisição de 15% da Sabesp, no âmbito do processo de privatização da empresa. A Equatorial se propôs a pagar R$ 6,9 bilhões para se tornar acionista de referência da estatal paulista.
O Broadcast apurou que a empresa já contratou bancos para fazer um empréstimo ponte de 18 meses, garantido por debêntures (títulos de dívida utilizados em projetos específicos da empresa), para posteriormente viabilizarem uma saída com venda ao mercado. A estrutura é semelhante à utilizada pela Iguá e pela Aegea (AEGP23) para financiar a concessão dos serviços da Companhia Estadual de Águas e Esgoto do Rio de Janeiro (Cedae), que passou em 2021 para a iniciativa privada, disseram fontes.
A combinação de negócios entre a Auren Energia e a AES Brasil foi aprovada pela Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Restam pendentes ainda outras condições precedentes para a conclusão da transação, dentre as quais a aprovação pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Veja detalhes nesta matéria.
