Nesta quinta-feira, após uma sessão positiva para a maioria das bolsas do continente asiático, os mercados acionários de Nova York e da Europa operam em queda neste início de tarde, com o Nasdaq chegando a cair próximo 4% às 13 horas, pressionado pelo tombo das ações das gigantes Apple e Facebook.
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O movimento de queda se intensificou também com a divulgação de dados de atividade no setor de serviços dos EUA, colocando pressão também sobre as bolsas da Europa e os juros dos Treasuries. Diante da fraqueza das divisas europeias, o dólar operou perto da estabilidade no exterior durante a manhã.
O petróleo ficou no vermelho, em meio a novos sinais de desaceleração da retomada chinesa, algum desconforto com as tensões sino-americanas e a covid-19 no pano de fundo.
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Entre os indicadores econômicos, o PMI de serviços da China recuou, os PMIs compostos da Zona do Euro e da Alemanha desaceleraram, mas ficaram acima da leitura anterior, e o PMI do Reino Unido teve alta, porém menor do que a esperada. Pela manhã, foram divulgados ainda o PMI dos Estados Unidos (subiu de 50,3 em julho para 54,6 em agosto), além dos pedidos de auxílio-desemprego no país, que foi olhado de perto, na véspera da publicação do relatório de emprego americano, o Payroll, após a frustração com a pesquisa ADP que revelou uma criação de empregos no setor privado muito abaixo do esperado em agosto.
No Brasil, a entrega da reforma administrativa ao Congresso e sinais de melhora da economia brasileira, corroborada pela produção industrial de julho, trouxeram algum alívio para os ativos locais. Todavia, a queda dos ativos em Wall Street reduziu de forma considerável o apetite por risco visto mais cedo.
Nesse ambiente, o real voltou a se destacar ante as demais moedas, registrando ganhos ante o dólar, que tem a terceira baixa consecutiva ante a divisa brasileira, a R$ 5,33 neste começo de tarde.
A Bolsa brasileira chegou a ter alta alimentada pela onda de otimismo no mercado local e, no melhor momento da manhã, retomou os 103 mil pontos, puxada por ações de bancos. Contudo, o Ibovespa não resistiu à pressão negativa dos índices acionários dos EUA e às 13:30 registrava queda de 0,9%, próxima aos 101.100 pontos. As ações dos bancos eram os destaques positivos e as empresas de varejo registravam as quedas mais acentuadas.
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