Na sessão desta quarta-feira, após uma manhã de instabilidade, os mercados acionários em Nova York iniciam a tarde em queda, com os investidores na expectativa pela divulgação da ata do Federal Reserve (Banco Central norte-americano).
O documento deve trazer comentários sobre a inflação dos EUA, em meio à recuperação econômica e à vacinação contra a covid-19 em ritmo acelerado, e sobre a recente elevação nos retornos dos Treasuries. Na Europa, as bolsas fecharam sem um viés único, após à divulgação de PMIs melhores que o esperado na Alemanha, Zona do Euro e Reino Unido. Em relação às commodities, o petróleo cede com dados de estoque nos EUA.
Aqui no Brasil, as incertezas com o Orçamento e o avanço da pandemia de covid-19, continuam no radar dos investidores. O Ibovespa operou em alta durante a maior parte da manhã, sustentado pelo resultado dos leilões de aeroportos no Brasil, que abrem a semana de infraestrutura, e pelo leve ganho das bolsas de Nova York. O resultado satisfatório dos leilões de aeroportos foi considerado um sinal positivo, por mostrar interesse do investidor por ativos domésticos.
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, comemorou o resultado dos leilões de aeroportos. Os três blocos leiloados receberam mais de uma proposta, com altos níveis de ágio. A Companhia de Participações em Concessões, do grupo CCR, levou os blocos Sul e Central, por R$ 2,1 bilhões e R$ 754 milhões, respectivamente.
A Vinci Airports levou o bloco Norte por R$ 420 milhões. Mas à medida que os índices americanos perderam força, o Ibovespa voltou a operar próximo da estabilidade.
Já no mercado de juros futuros, os contratos indicam alta, pelo desconforto com a falta de um desfecho para o Orçamento. Às 14h15 o Ibovespa tinha alta de 0,36% aos 117.915 pontos, enquanto o dólar tinha alta de 0,18% aos R$ 5,61. Entre as maiores altas do dia estão as ações do setor de Saúde, tais como Hapvida e Notre Dame Intermédica. Na ponta negativa, estão as varejistas de comércio eletrônico Lojas Americanas, Magazine Luiza e B2W.
