No exterior, as bolsas asiáticas fecharam em alta generalizada nesta terça-feira, buscando se recuperar de perdas recentes apesar de contínuas tensões entre EUA e China e de uma revisão para baixo do PIB japonês.
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Em termos de indicadores econômicos, as exportações chinesas mantiveram forte desempenho em agosto, à medida que a continuidade da recuperação global impulsionou a demanda externa. Houve expansão de 9,5% na variação anual, ficando acima da expectativa do mercado (7,3%).
As bolsas europeias e os índices acionários de NY mostram instabilidade e agora há pouco prevalecia o sinal negativo, em meio a preocupações de que haja uma escalada nos novos casos de covid-19 nos EUA após o feriado ontem.
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A queda mais acentuada do Nasdaq pressiona os outros mercados. Em termos de dados econômicos, as exportações alemãs se recuperaram pelo terceiro mês seguido em julho com avanço de 4,7% na variação mensal, após sofrerem queda recorde em abril.
O resultado mensal superou a expectativa de alta de 3,3% no período. Já o PIB da Zona do Euro encolheu 11,8% no 2T20 na variação trimestral, ficando melhor do que as expectativas dos analistas (-12,1%). No mercado de commodities, os contratos futuros de petróleo intensificaram a queda ante a sessão anterior, em meio a preocupações com possíveis novos casos de covid-19 nos EUA após o feriado.
No Brasil, o mau humor externo deve continuar afetando as cotações no mercado local. A desvalorização de mais de 8% do petróleo e a alta generalizada do dólar pesam no mercado doméstico. Em dia de agenda econômica fraca, os mercados voltam do feriado em compasso de espera pela agenda da semana, com IPCA de agosto, número de varejo de julho e de serviços.
Na bolsa, a pressão das commodities responde em boa medida pela desvalorização do Ibovespa, que tenta negociar ainda acima dos 100 mil pontos. As ações da Petrobras estão entre as líderes no ranking das maiores perdas na B3, reflexo do preço do óleo, abaixo de US$ 40 o barril. Na direção contrária, as ações da Azul e da Gol, bem como as da CVC figuravam entre as maiores altas, em recuperação depois das perdas recentes.
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O real acompanha o cenário negativo, com o pior desempenho entre moedas de países emergentes e o dólar chegou a ser cotado acima de R$ 5,40.