O Ibovespa operou descolado do mercado internacional durante praticamente toda a manhã desta segunda-feira (21), refletindo alguma melhora na percepção de riscos fiscais após notícias de uma “PEC alternativa”, que reduziria o valor total fora do teto de gastos por quatro anos, a partir de 2023.
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No entanto, a piora do quadro da Covid-19 na China, com possíveis impacto na demanda e ao crescimento do país, sobressaiu e o principal índice da bolsa brasileira voltou a cair pouco após o meio dia.
Por volta das 13h20, o Ibovespa recuava 0,54%, aos 108.286 pontos e giro financeiro projetado de R$ 51 bilhões para a sessão como um todo – o que, se confirmado, superará a média recente (outubro e terceiro trimestre de 2022). No mercado de moedas, porém, é válido notar que o dólar recuava frente ao real (-0,54%), aos R$ 5,34.
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Partindo do macro para o micro, o grande destaque da sessão até o momento é claramente a Copel (CPLE6), que avança mais de 25% com a notícia de que o Estado do Paraná irá em transformá-la em uma corporation (ou seja, sem acionista controlador). Na mesma linha de expectativa de desestatização, a Cemig (CMIG4) subiu quase 10% na máxima do dia, com investidores também precificando investimentos de R$ 500 milhões para a construção de usinas fotovoltaicas em Minas Gerais.
Entre os perdedores do dia, as ações ligadas a commodities são destaque, refletindo o recuo do petróleo – que acelerou a queda com a notícia de um possível aumento de produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) – e do minério de ferro. No caso da commodity metálica, além dos temores com o desaquecimento chinês, a decisão da Índia de retirar impostos de exportação de minério de ferro de baixo teor e alguns produtos de aço ajuda a explicar o mau humor de parte do mercado.