A quarta-feira (23), véspera de feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos, é de ganhos limitados não apenas para os mercados norte-americanos, mas também no velho continente. Se por um lado já era esperado alguma cautela em meio ao recrudescimento da pandemia do Covid-19 na China, por outro, indicadores reforçaram hoje a leitura de uma possível recessão.
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Na zona do euro e no Reino Unido, os Índices de Gerente de Compras (PMIs) vieram melhores do que o esperado, porém abaixo de 50 pontos, o que indica contração da atividade econômica. Nos EUA não foi diferente, o PMI composto em novembro atingiu 46,3 pontos.
Ao longo da tarde é aguardado ainda a divulgação da ata referente a última reunião de política monetária que pode dar sinais quanto às conduções seguintes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em sua política monetária. Vale mencionar que nos últimos dias alguns membros reforçaram que talvez seja preciso manter os juros em níveis elevados por mais tempo.
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Sem muito fôlego do exterior e em meio as incertezas fiscais, no Brasil a curva de juros voltou a abrir e pressionar ativos de duration (tempo médio para o recebimento do pagamento do investimento) longas, sensíveis aos juros. Além disso, falas do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, também seguiram no radar dos investidores.
Assim, próximo às 13h40 o Ibovespa tinha queda de 0,48%, aos 108.509 pontos e um giro financeiro projetado de R$ 25 bilhões. No mercado de câmbio, o dólar se apreciava frente a moeda brasileira em 0,12%, cotado aos R$ 5,38/US$.