Mercados globais operam em modo defensivo à espera de dados dos EUA e com foco no risco fiscal brasileiro
Investidores monitoram indicadores americanos, tensão fiscal no Brasil e movimentos das commodities, que ampliam a postura defensiva nesta terça-feira (25)
Bolsas internacionais operam com cautela enquanto investidores aguardam dados econômicos dos EUA e acompanham o cenário fiscal brasileiro. (Foto: Adobe Stock)
Os mercados globais começam a terça-feira (25) em modo defensivo, enquanto investidores aguardam indicadores relevantes nos Estados Unidos – entre eles, as vendas no varejo e o índice de preços ao produtor (PPI). Os dados podem reforçar as apostas em um possível corte de juros pelo Federal Reserve em dezembro. Em Nova York, os futuros recuam após duas sessões de alta. Na Europa, as bolsas operam sem direção definida, e a Ásia encerrou o pregão em terreno positivo, apoiada por avanços na China.
No campo das commodities, o petróleo perde força diante de sinais de maior oferta russa e de estoques elevados. Já o minério de ferro subiu 0,51% na madrugada, na bolsa de Dalian. No câmbio, o dólar recua frente às principais moedas, enquanto os rendimentos dos Treasuries mostram leve alta nos vencimentos médios e longos.
No Brasil, o humor mais cauteloso no exterior se soma às preocupações fiscais domésticas. A atenção se concentra na audiência do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, no Senado, e na votação de um projeto classificado como “pauta-bomba”, que regulamenta a aposentadoria especial para agentes comunitários de saúde e de combate a endemias. Técnicos estimam que o impacto potencial nas contas públicas pode variar de R$ 24,7 bilhões a até R$ 200 bilhões no longo prazo – um risco adicional para o quadro fiscal, com potencial de pressionar a curva de juros.
No pré-mercado, as ADRs brasileiras registram leve alta, refletindo um otimismo moderado antes da divulgação de dados econômicos e dos eventos domésticos previstos para o dia.