O que este conteúdo fez por você?
- De queridinho dos investidores da B3, a Magalu passou a gerar preocupação em seus acionistas. A companhia tem um horizonte desafiador pela frente, e compreendê-lo é fundamental para conhecer o potencial do ativo e tomar as decisões certas de investimento
- Instabilidade econômica e alta dos juros afetaram todo o setor varejista, causando prejuízo para a MGLU3 no primeiro trimestre de 2022 e queda das ações
- Preço-alvo do papel varia entre R$ 4,4 e R$ 12, dependendo da corretora de investimentos
Depois de um resultado ótimo em 2020, quando bateram os R$ 27 no auge da pandemia de covid-19, as ações de Magazine Luiza (MGLU3) perderam 70% de seu valor, saindo de R$ 23,90 para R$ 7,22 no último semestre de 2021. Agora, o papel passou a ser cotado na faixa de R$ 3.
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De queridinho dos investidores da B3, a Magalu passou a gerar preocupação em seus acionistas. A companhia tem um horizonte desafiador pela frente, e compreendê-lo é fundamental para conhecer o potencial do ativo e tomar as decisões certas de investimento.
O que está acontecendo com MGLU3?
Para entender o que está acontecendo com MGLU3, é preciso observar o cenário macroeconômico, os últimos resultados da empresa e a entrada de novos players globais no varejo nacional.
Com a aceleração da inflação, as incertezas sobre as eleições, os efeitos da covid-19 e guerra na Ucrânia, o mercado está instável.
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Essa instabilidade econômica e o aumento da taxa de juros afetam diretamente as empresas varejistas, que dependem de crédito e da renda do consumidor para alavancar as suas vendas.
Além disso, a entrada no Brasil de companhias asiáticas de comércio on-line, como Shopee, AliExpress e Shein, deixou o setor ainda mais concorrido.
A Magazine Luiza já disputava o mercado com gigantes como Mercado Livre (MELI34), Americanas (AMER3) e Amazon (AMZO34). “Aliado a esses fatos, os resultados da companhia não agradaram os investidores, gerando incertezas e grande queda no preço da ação”, explica Eduardo Edart, especialista em finanças e consultor na Viacredi.
No primeiro trimestre de 2022, a MGLU3 apresentou um prejuízo de R$ 161,3 milhões, influenciada pelo aumento de despesas financeiras, apesar da alta de 13% de suas vendas totais em relação ao mesmo período de 2021 e da melhoria da rentabilidade, com a margem bruta crescendo 2,7 pontos percentuais.
É hora de comprar ou vender MGLU3?
A decisão sobre comprar ou vender MGLU3 nesse momento depende da estratégia da carteira do investidor. Quem pensa no curto prazo pode arcar com o prejuízo da operação e seguir para outras ações. “Não há sinais de mudanças no cenário econômico e no setor varejista no curto prazo”, aponta Edart.
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Os investidores com maior paciência podem ser recompensados no futuro, com o crescimento sustentado do e-commerce. O Magalu se preparou para isso, diversificando seu portfólio, apostando no impulsionamento de pequenos varejistas em seu marketplace, adotando o modelo de serviço e buscando uma entrega mais rápida.
“A gestão está em busca de maior rentabilidade e mudanças no modelo de negócio da empresa, podendo gerar maior margem e, consequentemente, valorizar sua ação”, comenta Edart. Com uma reação da economia nacional, o papel deve se recuperar da grande queda, mas de forma consistente e devagar.
Qual é o preço-alvo da MGLU3?
As corretoras de investimento vêm baixando bastante o preço-alvo de MGLU3. Ainda assim, o ativo continua com um upside bem alto nas análises dos especialistas.
No caso de Magazine Luiza, além das premissas econômicas e dos resultados do primeiro trimestre de 2022, a revisão de preço foi causada pela perspectiva de redução do crescimento de vendas até 2023 e pela piora do resultado financeiro líquido por conta do aumento da taxa de juros.
No último relatório de análise, o Banco do Brasil (BB) Investimentos aponta um valor de R$ 4,4 para a ação até o final de 2022. O banco Safra analisa que o preço-alvo é de R$ 7,30. A Ativa acredita em uma cotação a R$ 8. Já a XP é mais otimista e acha que a MGLU3 chega a R$ 12, mas tem uma recomendação neutra para a ação.
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“Devido ao seu setor de atuação, a recuperação do preço da ação depende da melhora dos diversos fatores que levaram à sua queda”, analisa Edart. Os resultados do Magalu no segundo trimestre serão divulgados em agosto, quando deve haver uma nova revisão do preço-alvo para o papel.