- Conforme antecipou o Broadcast, o banco digital vai abrir seu capital nas Bolsas de Nova York (Nyse) e de São Paulo (B3) de forma simultânea
- O Nubank começa a fazer as apresentações para potenciais investidores brasileiros na próxima segunda, 8
O Nubank tornou público nesta segunda-feira (1) o prospecto de sua aguardada oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), que levará a maior fintech do País e uma das maiores do mundo às bolsas de valores. Conforme antecipou o Broadcast, o banco digital vai abrir seu capital nas Bolsas de Nova York (Nyse) e de São Paulo (B3) de forma simultânea, e espera levantar o equivalente a R$ 16,8 bilhões, considerado o preço médio da faixa indicativa definida para os papéis. Será, se confirmados os valores, a maior oferta de uma empresa da América Latina neste ano.
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Com a colocação dos lotes adicional e suplementar, e consideradas as ações de classe A, que serão vendidas, e as de classe B, que não serão vendidas, o Nubank pode chegar ao mercado avaliado em US$ 51,241 bilhões, ou R$ 289,313 bilhões. É mais do que os grandes bancos brasileiros: na Nyse, o Itaú Unibanco vale US$ 38,54 bilhões. O Bradesco, US$ 30,44 bilhões. O Broadcast também havia antecipado este valor do banco digital.
Se forem colocados todos os lotes de ações, a oferta da fintech levantará R$ 22,801 bilhões, estimativa feita pelo Nubank considerando uma taxa de câmbio de R$ 5,6123 e o preço médio da faixa, que vai de US$ 10 a US$ 11 por ação. Destes, R$ 20,245 bilhões seriam referentes à oferta primária, em que os recursos vão para o caixa da companhia. Considerado o preço máximo, a oferta movimentaria R$ 23,886 bilhões.
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Segundo o prospecto, os recursos líquidos do IPO serão direcionados para o capital de giro do Nubank, despesas operacionais, despesas de capital e investimentos e potenciais aquisições. Cada um dos quatro “eixos” receberia 25% do total levantado, ou R$ 4,139 bilhões considerada a oferta-base com o preço médio de US$ 10,50, ou R$ 58,93.
Na B3, o Nubank vai ofertar Brazilian Depositary Receipts (BDRs), que representarão uma fração de cada ação de classe A vendida na Nyse. O banco digital acredita que cada BDR equivalerá a um sexto de uma ação, mas esta relação será definida na data da oferta.
As ações de classe A do Nubank darão a seus titulares o direito a um voto por ação nas assembleias gerais de acionistas, enquanto as ações de classe B, que não fazem parte da oferta, darão direito a 20 votos por papel, o que garantirá a manutenção do atual bloco de controle do banco digital. Os BDRs darão a seus detentores os mesmos direitos atribuídos às ações de classe A, mas os direitos a voto serão exercidos pela instituição depositária.
As ações do Nubank na Nyse terão o código “NU”, enquanto os BDRs serão negociados na B3 sob o código “NUBR33”, e estreiam no mesmo dia do debute em Nova York.
Cronograma
O Nubank começa a fazer as apresentações para potenciais investidores brasileiros na próxima segunda-feira (8), e para estrangeiros, no dia 30 de novembro. Nesta mesma data começará a formação do livro da oferta (bookbuilding), e o período de reserva vai até o dia 7 de dezembro. A fixação dos preços por ação será no dia 8 de dezembro, e no dia seguinte, o Nubank estreia nos mercados.
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Segundo fontes, o banco já vem conversando nas últimas semanas com potenciais investidores internacionais em Nova York e outras praças para sondar o interesse pelo banco e apetite pelo papel, no chamado non-deal roadshow (NDR). Nas conversas, o interesse de fundos e outros investidores institucionais foi visível, segundo fontes.
A oferta de ações do Nubank deve ser referencial para os próximas IPOs de bancos digitais pelo mundo, entre elas o Chime, de São Francisco, que deve estrear em Wall Street em março.
Os coordenadores globais da oferta são Morgan Stanley, Goldman Sachs e Citi, e os coordenadores conjuntos são HSBC, UBS BB e Safra. A oferta brasileira de BDRs é coordenada pela Nu Invest.