O investidor estrangeiro vê os sinais de deterioração na qualidade dos ativos do Nubank (ROXO34) como um “efeito colateral” do crescimento acelerado da fintech, enquanto o investidor brasileiro acredita que a piora indica que a carteira está mais cíclica que no passado. As afirmações são do UBS BB, que conversou com investidores para entender o sentimento em torno dos papéis do banco digital.
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“O retorno que recebemos dos investidores otimistas com o Nubank (a maior parte deles internacionais) é de que vários dos sinais amarelos que levantamos em nossa nota (de redução da recomendação para neutro), como o número de operações por cliente ou a baixa fatia de recebíveis de cartão com juro zero são, na verdade, a estratégia da empresa de maior venda cruzada de crédito”, afirma a equipe liderada pelo analista Thiago Batista.
O UBS BB rebaixou a recomendação do Nubank na semana passada, mencionando a qualidade dos ativos entre os pontos de atenção. Dados parciais do Banco Central que mostraram um aumento da carteira com pior classificação de crédito levaram as ações da fintech a caírem na semana passada.
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De acordo com o banco, o grupo otimista com o Nu considera que contanto que a originação de crédito do Nubank não desacelere, alguma piora adicional na qualidade dos ativos não é suficiente para reverter a opinião otimista.
Já entre os pessimistas, majoritariamente investidores locais, este ponto gera maior preocupação, e a visão de que a carteira de crédito do banco digital ficou mais sensível às flutuações da economia. “O fato de que o número de pessoas físicas incluídas no cadastro negativo chegou a um pico histórico foi um argumento comum entre os que têm visão pessimista (como nós).”
O UBS BB tem preço-alvo de US$ 13,50 para as ações do Nubank, 12,9% acima do fechamento de ontem.
(Com informações do Broadcast)
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