- Os papéis do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) abriram esta quinta-feira (29) em queda. Até às 12h21, a PCAR3 cedia 5,54%, para R$ 32,05, com a repercussão dos resultados do 2º trimestre de 2021
- A varejista apresentou lucro líquido de R$ 4 milhões, montante 95,9% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado
- O GPA atribuiu o desempenho ao impacto da segunda onda de coronavírus no Brasil e forte base de comparação do ano passado. Inflação também impacta segmento
Os papéis do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) abriram esta quinta-feira (29) em queda. Até às 12h21, a PCAR3 cedia 5,54%, para R$ 32,05, com a repercussão dos resultados do 2º trimestre de 2021. A varejista apresentou lucro líquido de R$ 4 milhões, montante 95,9% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado, de R$ 86 milhões.
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O EBITDA (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado também caiu 7,7% na comparação com o 2º trimestre de 2020, de R$ 974 milhões, para os atuais R$ 899 milhões. A receita líquida seguiu na mesma toada, com queda de R$ 12,5 milhões para R$ 11,8 milhões.
“O lucro líquido de R$ 4 milhões veio abaixo de prévia dos analistas, que esperavam R$ 50 milhões de resultado”, explica Stefany Oliveira, analista da Toro Investimentos.
Forte base de comparação
O GPA atribuiu o desempenho ao impacto da segunda onda de coronavírus e forte base de comparação, uma vez que os números do ano passado foram impulsionados pelas estocagens feitas pelas famílias no início da pandemia. Os resultados de 2020 também consideram a presença do Assaí – que realizou cisão com o GPA em março deste ano.
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“Chegamos ao final do segundo trimestre com um elevado patamar de rentabilidade, controle de custos e lucro líquido positivo, mesmo considerando os impactos de uma base de comparação extremamente desafiadora e cenários restritivos complexos pelos quais passamos nos últimos meses em nossas operações na América Latina”, afirma Jorge Faiçal, diretor presidente do GPA, no release dos resultados.
A Genial Investimentos reforça essa visão. “Destacamos a queda da receita líquida (-5,3%), EBITDA (-7,7%) e lucro líquido (-95,9%), mas quando comparado com o 2T19, enxergamos valores superiores em todos esses indicadores”, explica a casa, em newsletter disparada nesta quinta.
Entre os pontos fortes, está o crescimento do ecossistema digital, com recorde de vendas on-line no Brasil, de R$ 428 milhões. O montante representa um aumento de 32% em relação ao mesmo período de 2020. No Grupo Êxito, formado pelas operações na Colômbia, Uruguai e Argentina, o GMV (Volume Bruto de Mercadorias) alcançou R$ 593 milhões.
Inflação e mudança de comportamento
De acordo com Oliveira, a forte alta registrada pelo segmento de supermercados no início da pandemia, não se manteve em 2021. “A expectativa era de que esses segmentos essenciais seriam mais resilientes e de fato foi o que aconteceu no ano passado. Mas agora o movimento que observamos é o contrário”, diz.
O cenário inflacionário desse ano também é distinto do ano passado, com o aumento de preços atingindo o consumo das famílias. “Isso traz impactos não só para o GPA, mas o segmento ligado ao consumo no geral”, afirma a especialista. “A expectativa de retomada da economia também acabou sendo freada com a segunda onda de coronavírus, e isso também reflete em PCAR3.”
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Assaí (ASAI3), que fez a cisão com o GPA, também caía 2,58%, aos R$ 85,81, até às 12h19. Grupo Mateus (GMAT3), seguia na mesma linha, com queda de 1,21%, aos R$ 7,36. “O mau-humor pega o setor, de modo geral”, explica a analista da Toro.