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- Analistas da corretora Ágora e do Bradesco BBI afirmam que se a aprovação dos novos membros da diretoria da Petrobras for realizada rapidamente pelo conselho da administração da estatal, o pagamento dos dividendos relativos ao quarto trimestre de 2022 pode ficar sob ameaça
Analistas da corretora Ágora e do Bradesco BBI afirmam que se a aprovação dos novos membros da diretoria da Petrobras for realizada rapidamente pelo conselho da administração da estatal, o pagamento dos dividendos relativos ao quarto trimestre de 2022 pode ficar sob ameaça.
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“Todos os nomes precisarão ser ratificados pelo conselho de administração da Petrobras de acordo com as regras de governança da empresa. Se as mudanças na administração forem aprovadas rapidamente, isso pode ser uma ameaça aos dividendos do 4T22”, escrevem Vicente Falanga, do Bradesco BBI, e Ricardo França, da Ágora, no boletim Notas Curtas, divulgado pela corretora nesta quinta-feira (26).
O conselho de administração da Petrobras aprovou na quinta-feira (26) o ex-senador Jean-Paul Prates (PT-RN) como presidente da companhia. O mandato está previsto até 13 de abril de 2023, mesmo prazo dos demais integrantes da diretoria executiva. Prates também foi nomeado como conselheiro de administração da Petrobras até a próxima Assembleia Geral de Acionistas. Ele assume os dois cargos nesta quinta-feira.
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Para os analistas, ainda é incerta a rapidez com que o novo presidente da estatal fará mudanças na administração. “Depois que a Folha de São Paulo noticiou que Jean Paul Prates pretendia mudar a direção da Petrobras rapidamente até 15 de fevereiro, agora o Valor [Econômico] informa que as mudanças devem acontecer gradualmente”, afirmam.
Eles lembram que, “ao que tudo indica”, Prates convidou o ex-presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, para uma nova diretoria de Transição Energética da companhia e “liderar as iniciativas de transição da Petrobras”.
Alinhado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Prates já defendeu a redução da distribuição de dividendos e reserva de recursos para investimentos, de olho nas preocupações com as mudanças climáticas. “[A Petrobras] é uma empresa de longo prazo. Uma empresa de longo prazo não pode só ficar tirando [petróleo do] pré-sal do fundo do mar e distribuindo dividendos, ela precisa pensar em coisas que todas as outras empresas de petróleo estão pensando”, disse ele em 30 de dezembro, quando sua indicação ao cargo foi confirmada por Lula.