

A Petrobras (PETR4) não deve pagar dividendos extraordinários em 2025, dizem analistas do Bradesco BBI e Ágora Investimentos em relatório publicado em conjunto nesta semana. Eles dizem que retiraram suas expectativas de pagamento de US$ 2 bilhões em proventos extras após o preço do barril de petróleo recuar no mercado internacional.
“Estamos reduzindo nossas estimativas para os resultados da Petrobras, assumindo que a empresa anunciará outro corte de 10% nos preços da gasolina e de 7% nos preços do diesel em algum momento no primeiro semestre de 2025”, dizem Vicente Falanga do Bradesco BBI e Ricardo França da Ágora Investimentos, que assinam o relatório em conjunto.
O petróleo brent acumula queda de 12,3% em abril. A commodity foi dos US$ 74,74 para os US$ 66,55 por barril no fechamento do pregão desta quinta-feira (24). A baixa do petróleo acontece devido à guerra comercial, que gerou temor no mercado de uma desaceleração econômica e até uma recessão global.
Quanto a Petrobras vai pagar em dividendos em 2025?
Em meio a esse cenário, os especialistas estimam um lucro antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda, sigla em inglês) da Petrobras deve ser de e US$ 40 bilhões para 2025 e US$ 41 bilhões para 2026. Os especialistas calculam ainda que os investidores devem receber US$ 9 bilhões em dividendos da Petrobras em 2025, um retorno em dividendos (dividend yield) de 12,3%.
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“Evitamos comparar esse dividend yield da Petrobras com players internacionais por enquanto, pois acreditamos que o mercado precisa de mais tempo para ajustar as estimativas de preço do petróleo para 2025 e 2026, o que distorceria qualquer comparação”, explicam Falanga e França.
Ainda assim, os analistas dizem que vale a pena ter a ação na carteira se o foco dos investidores for o dividendo da estatal. O Bradesco BBI e Ágora Investimentos recomendam compra para a Petrobras (PETR4) com preço-alvo de R$ 42 para o fim de 2025, alta de 38% na comparação com o fechamento de quinta-feira (24), quando a ação encerrou o pregão a R$ 30,43.