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Por que a Santander Asset está “neutra” em quase todas as classes de ativos brasileiras

Em nova carta mensal, instituição financeira demonstra cautela com renda fixa, Bolsa e câmbio; entenda

Por que a Santander Asset está “neutra” em quase todas as classes de ativos brasileiras
Santander Asset tem posicionamento cauteloso em relação à renda fixa brasileira (Foto: Envato Elements)
  • A Santander Asset publicou nesta sexta-feira (4), a nova carta mensal de outubro
  • Chamou a atenção que a gestora manteve uma postura "neutra" em todas as principais classes de ativos do Brasil - renda fixa, Bolsa e câmbio
  • Em renda fixa, especificamente no mercado de juros, a falta de visibilidade sobre até onde a taxa básica de juros Selic será elevada faz com que a casa opte por ter cautela com este segmento

A Santander Asset publicou nesta sexta-feira (4), a nova carta mensal de outubro. Chamou a atenção que a gestora manteve uma postura “neutra” em todas as principais classes de ativos do Brasil – renda fixa, Bolsa e câmbio.

Em renda fixa, especificamente no mercado de juros, a falta de visibilidade sobre até onde a taxa básica de juros Selic será elevada faz com que a casa opte por ter cautela com este segmento. Em setembro, a asset reduziu o risco associado a esses ativos e optou por trocar posições em papéis atrelados à inflação por prefixados. Ainda assim, a subida das taxas no mês fez os títulos prefixados registrarem perdas em marcação a mercado. Quando o assunto é o mercado de crédito privado, a postura “cautelosa” também foi mantida.

“Em setembro, observamos uma queda gradual dos spreads de crédito, o que contribuiu para o bom desempenho da classe no mês. No entanto, acreditamos que o espaço para melhora adicional é limitado, o que reforça a necessidade de um posicionamento cauteloso”, afirma a gestora, em relatório.

Bolsa: neutra, com viés positivo

Em relação à Bolsa de Valores, a carta da Santander Asset segue neutra, mas com viés positivo. O cenário global favorável, com as principais economias reduzindo as taxas de juros, favorece a alocação em ativos de risco e pode beneficiar as ações de mercados emergentes, como o Brasil. Além disso, a economia local continua demonstrando resiliência, com expectativas para os lucros das empresas. Contudo, há um ponto de atenção – por isso, a instituição não aumentou exposição à classe.

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“O ciclo de alta da taxa de juros da Selic limita de alguma forma o fluxo para a Bolsa, ainda que não seja um impacto significativo”, lembra a asset. “Ao longo do mês, aumentamos nossa alocação no setor imobiliário e de energia elétrica, enquanto reduzimos a exposição aos segmentos de bens de capital e telecomunicações.”

Por último, a gestora também está neutra, mas com viés positivo, para o câmbio brasileiro. “O aumento do diferencial de juros entre Brasil e EUA pode atrair capital estrangeiro, beneficiando o desempenho do real. No entanto, a incerteza sobre a condução da política fiscal permanece, podendo limitar uma eventual valorização do real frente a outras moeda”, justifica a Santander Asset. Até o final de setembro, a casa estava com posições compradas em real contra o dólar.

 

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