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- O direcionador local nesta quarta-feira fica com o IPCA-15 de agosto
- Falta fôlego às bolsas internacionais diante da agenda global esvaziada, com investidores à espera de Jackson Hole
- O petróleo operava há pouco em alta de mais de 1%, enquanto o dólar tem sinais mistos ante outras divisas
Por Luciana Xavier e Silvana Rocha – O direcionador local nesta quarta-feira (24) fica com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de agosto – uma prévia da inflação oficial –, que deve trazer deflação. Nos Estados Unidos, as atenções estão sobre as leituras de agosto das encomendas de bens duráveis e das vendas pendentes de imóveis.
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Falta fôlego às bolsas internacionais diante da agenda global esvaziada, com investidores em compasso de espera pelo início do Simpósio do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em Jackson Hole, que começa amanhã e traz na sexta-feira discurso do presidente da instituição, Jerome Powell.
O mercado quer pistas sobre a condução do ciclo de aperto monetário nos EUA, se os juros subirão novamente 75 pontos-base pela terceira vez seguida, em setembro, ou se está inclinado a moderar o ritmo de ajustes diante de sinais de desaceleração da inflação.
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O dirigente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, disse que a instituição só deverá relaxar no aumento de juros quando houver evidências convincentes de que a inflação está se aproximando da meta oficial de 2%. Em julho, a taxa anual de inflação ao consumidor norte-americano ficou em 8,5%.
O petróleo operava há pouco em alta de mais de 1%, enquanto o dólar tem sinais mistos ante outras divisas.
No mercado local, uma confirmação de uma deflação do IPCA-15 de agosto, puxada pela redução de impostos sobre energia elétrica e combustíveis e cortes dos preços de gasolina, deve trazer alívio aos juros futuros. Além disso, reforçará perspectiva de que o ciclo de aperto monetário no Brasil chegou ao fim e uma queda maior pode ainda colocar mais fichas nas apostas para cortes da taxa básica de juros, a Selic, em 2023.
A mediana das estimativas do mercado coletadas pelo Projeções Broadcast indica deflação de 0,82%, após alta de 0,13% em julho, o que seria a maior deflação mensal da série histórica do IPCA-15. No acumulado de 12 meses, o IPCA-15 deve arrefecer de 11,39% em julho para 9,49% em agosto (mediana), abaixo do nível de dois dígitos pela primeira vez desde agosto de 2021 (9,30%).
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Os futuros de NY perto da estabilidade, com viés de baixa, podem indicar um dia de pouco apetite também no Ibovespa, enquanto o dólar pode ter alguma volatilidade em meio aos sinais mistos no exterior e com DXY – índice que compara o dólar com outras divisas relevantes – praticamente estável.
Na seara política, a Polícia Federal (PF) encontrou nos celulares apreendidos de empresários bolsonaristas mensagens trocadas com o procurador-geral da República, Augusto Aras. A ação da PF ameaça a trégua entre Bolsonaro e Supremo Tribunal Federal (STF).
Em encontro com empresários da construção civil, o candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, prometeu, se eleito, anunciar um grande programa de infraestrutura já em janeiro. A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (Rede) não descarta uma aproximação do presidenciável do PT.
Agenda
IPCA-15 e dados dos EUA em destaque – A agenda desta quarta-feira traz a divulgação do IPCA-15 de agosto (9h00). Nos Estados Unidos, são divulgadas as leituras de agosto das encomendas de bens duráveis (9h30) e das vendas pendentes de imóveis (11h00), além de estoques de petróleo pelo Departamento de Energia (11h30).
Na agenda dos presidenciáveis, o presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), participa de motociata em Belo Horizonte e realiza comício na capital mineira, enquanto Lula grava para sua campanha de TV.
Por volta das 7h20
Barril do petróleo WTI para outubro subia 0,61% na Nymex, a US$ 94,31, enquanto o do Brent para o mesmo mês avançava 0,47% na ICE, a US$ 100,69.
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No mercado futuro em Nova York, o Dow Jones caía 0,06%, o S&P 500 recuava 0,03% e o Nasdaq cedia 0,03%.
Na Europa, a Bolsa de Londres caía 0,33%, a de Frankfurt recuava 0,20% e a de Paris cedia 0,03%.
Rendimento da T-note de 2 anos subia a 3,294% (de 3,289%), o da T-note de 10 anos avançava a 3,043% (3,057%) e o do T-bond de 30 anos aumentava a 3,250% (de 3,263%).
O índice DXY tinha alta marginal de 0,07%, a 108,70 pontos, o dólar recuava a 136,41 ienes (de 136,85 ienes), o euro cedia a US$ 0,9946 (de US$ 0,9964) e a libra subia a US$ 1,1792 (de US$ 1,1827).
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