Mercado

Com queda recente da Bolsa, é a hora de o investidor ir às compras?

Para a Genial Investimentos, a recente desvalorização gerou oportunidade de entrada em muitos papéis

Foto: Shutterstock/Freedomz/Reprodução
  • O estrategista de ações, Filipe Villegas, explica que desde junho deste ano, o principal índice do mercado de ações brasileiro passa por um movimento de correção
  • Nesse movimento de correção, empresas dos setores de construção civil, elétrico, varejo, bancos, small caps foram as mais impactadas por esse movimento

A queda generalizada recente na Bolsa indica que é hora de ir às compras, avalia a Genial Investimentos. Para a corretora, a recente desvalorização gerou oportunidade de entrada em muitos papéis. Empresas dos setores de construção civil, elétrico, varejo, bancos, small caps foram as mais impactadas por esse movimento.

Em comentário a clientes, o estrategista de ações, Filipe Villegas, explica que desde junho deste ano, o principal índice do mercado de ações brasileiro, Ibovespa, passa por um movimento de correção influenciado por uma deterioração dos fatores de risco locais e externo. “Porém, numa avaliação estatística, entendemos que o patamar entre 105.000 e 111.000 pontos pode apresentar uma boa oportunidade para alocação em bons ativos brasileiros”, afirma.

A justificativa para essa recomendação se baseia no fato de que nos últimos 10 anos, todas as vezes que o Ibovespa ficou entre o desvio padrão entre 2 e 3 da sua média móvel de 6 meses, houve uma reversão da sua atual tendência, que poderia buscar uma região neutra, um ponto de equilíbrio no patamar dos 121.000 pontos. “Nessa faixa de preços, acredito que teríamos um Ibovespa nem otimista e nem pessimista frente aos fatores de risco já precificados pelo mercado”, diz.

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Nesse movimento de correção, empresas dos setores de construção civil, elétrico, varejo, bancos, small caps foram as mais impactadas por esse movimento. “Assim, acreditamos que nesses setores estão as melhores oportunidades”, avalia. Dado a dificuldade do mercado de tentar montar um cenário base para os próximos meses, empresas com boa gestão, capitalizadas (IPO/Follow On/Emissão de dívida), e com capacidade de entregar resultados resilientes nos próximos trimestres podem chamar mais a atenção do mercado neste momento”, diz.

Desafios internos

A Genial lembra que nos últimos meses vários fatores contribuíram para uma reprecificação do Ibovespa, que atingiu no começo de junho os 131.000 pontos e desde então acumula uma queda de mais de 15%.

De maneira resumida, esse movimento é justificado pela crise hídrica, com impacto estaginflacionário com aumento do custo da energia elétrica e diminuição nas expectativas de crescimento.

“Por conta da inflação mais alta, o Banco Central Brasileiro (BCB) está trabalhando dentro de um processo de normalização dos juros, através da alta da Selic. A expectativa do mercado é que a Selic termine o ano entre 8% e 9%. Juros mais altos diminuem a atratividade da bolsa, pois a renda fixa paga melhores retornos ao mesmo tempo que reduz o número de novas ofertas públicas (IPO)”, explica.

Além disso, há uma crise institucional e eleições à vista. “Com a indefinição sobre a PEC dos Precatórios, Auxílio Brasil e andamento das reformas, o risco Brasil aumentou muito. Essa precificação também foi absorvida pela ponta longa da curva de juros que, por sua vez, impacta no custo de capital das empresas e no preço justo (valuation) das ações”, afirma.

O estrategista cita ainda o processo de normalização monetária (taper tantrum) nos EUA e o efeito China, com os problemas de liquidez da Evergrande.