- Para as empresas do setor, o cenário é positivo considerando as expectativas de recuperação nos preços da celulose, em especial ao longo do 2S20 e especialmente em 2021
- Veja a análise da Ágora para os papéis de Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11)
- Veja a análise da Ágora para os papéis de Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11)
Para as empresas do setor, o cenário é positivo considerando as expectativas de recuperação nos preços da celulose, em especial ao longo do 2S20 e especialmente em 2021. O dólar forte, acima dos R$ 5,50, contribui para o bom momento das empresas do setor, especialmente a Suzano, que possui a maior parte do resultado atrelado à exportações.
Existem dois tipos de celulose:
1) Celulose de fibra curta, cujo corte ideal da planta, normalmente o eucalipto, leva cerca de 7 anos. A fibra curta possui maior capacidade absorvente, destinada normalmente à produtos menos rígidos, como papel para impressão e para escrever e papéis tissue (higiênicos).
2) Celulose de fibra longa, para produção de uma celulose mais resistente e cujo corte leva mais tempo, entre 15 e 20 anos, normalmente. A fibra longa é mais resistente e utilizada na fabricação de embalagens.
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Condições da produção no Brasil
O Brasil possui um dos menores custos de produção global, favorecido pelo clima, biotecnologia e com custos de logística baixo (florestas próximas das fábricas).
O Brasil é o maior produtor mundial de celulose de fibra curta, uma vez que o clima favorece o plantio do eucalipto.
O segmento de celulose é bastante concentrado, pois a escala de produção é elevada, sendo intensiva em capital
Suzano (SUZB3):
A Suzano é a maior produtora mundial de celulose. A empresa tem mais de 90 anos de atuação no mercado. Possui escritórios administrativos em Salvador (BA) e São Paulo (SP), três fábricas integradas de celulose e papel, duas localizadas no estado de São Paulo e uma na Bahia, uma fábrica de papel não-integrada no estado de São Paulo e uma de produção de celulose no Maranhão. Sua política ambiental e o sistema de gestão ambiental da Companhia estão alinhados aos padrões internacionais mais avançados.
Direcionadores positivos:
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(i) Real mais fraco;
(ii) recuperação potencial do preço da celulose ao longo do 2S20 e 2021;
(iii) corte de custos/aproveitamento de sinergias através dos resultados e
(iv) a medida que incorporamos em nosso modelo um Real mais depreciado de R$ 5,50/1US$, mais próximo da cotação no mercado spot em comparação à estimativa anterior (de R$ 5,00/1US$), aumentamos em 10-15% nossas estimativas de EBITDA para 2020/21;
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(v) a Dívida Líquida aumentará significativamente no curto prazo, mas o FCL (Fluxo de Caixa Livre) e a desalavancagem poderão ser alcançados, à medida que a geração EBITDA e FCL da Suzano se aproximar da nova realidade, especialmente a partir de 2021;
Riscos:
(i) Impacto do Coronavírus na demanda Chinesa e em termos globais, atrasando a recuperação dos preços;
(ii) Celulose sendo negociada a preços baixos.
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Klabin (KLBN11):
A Klabin é uma empresa organizada em 4 unidades de negócios: Florestal, Celulose, Papéis e Embalagens. Possui uma área de floresta plantada de 259 mil hectares com 19 unidades industriais, sendo 18 no Brasil e 1 unidade na Argentina. A empresa conta ainda com mais de 19 mil colaboradores. A Klabin é a maior produtora e exportadora de papeis para embalagens do Brasil e líder na produção de embalagens de papel.
Direcionadores:
(i) O negócio de embalagens de papel da Klabin representa 60% do EBITDA da empresa, com uma
flexibilidade operacional muito sólida nas diferentes divisões. A empresa é capaz de mudar rapidamente a produção de kraftliner, sackraft (no lado do papel versus caixas de papelão ondulado e sacos industriais no lado da conversão), dependendo do mercado interno e da dinâmica do mercado de exportação para esses produtos;
(ii) aumento dos preços da celulose;
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(iii) Crescimento do mercado interno de papel/embalagens, especialmente no 2S20 em diante;
(iv) aumento do uso de Kraftliner, como uma alternativa ao plástico;
(v) crescimento de megatendências: E-commerce (utilização de embalagens de papel); Construção Civil (Sack Kfraft é utilizado na produção de sacos industriais); Alimentício (cerca de 60% das embalagens de papelão são direcionadas para indústria de alimentos);
(vi) Klabin possui uma sólida posição no balanço patrimonial, apesar do aumento da dívida líquida e dos índices de alavancagem.
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Riscos:
(i) Crescimento econômico menor do que o esperado, afetando a demanda de papeis/embalagens, com o agravamento do covid-19;
(ii) Baixo preço da celulose.