O que este conteúdo fez por você?
- O IMA Geral (Índice de Mercado ANBIMA) valorizou 0,47% em julho, com retorno de 4,98% no ano
- O destaque do mês ficou com os prefixados de vencimentos mais longos, que atingiram rentabilidade de 1,20%
Roberta Picinin – Os títulos prefixados de vencimentos mais longos se destacaram em julho entre os títulos do Tesouro Nacional, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). No mês, eles tiveram rendimento de 1,20%.
Leia também
O IMA Geral (Índice de Mercado Anbima) valorizou 0,47% em julho, com retorno de 4,98% no ano. O índice reflete a carteira de títulos públicos negociados no mercado. Os prefixados de vencimentos mais longos, representados dentro do IMA Geral pelo subíndice IRF-M1+, atingiram rentabilidade de 1,20%.
“O desempenho positivo do IRF-M1+ sugere que parte dos investidores já podem estar projetando patamares mais baixos para a inflação no médio prazo, pois os papéis refletidos por esse subíndice têm prazo médio de vencimento de 640 dias úteis”, aponta Marcelo Cidade, economista da Anbima.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
De acordo com o economista da Anbima, a percepção do mercado é avaliada pela expectativa refletida na Pesquisa Focus, do Banco Central, para o intervalo de 13 a 24 meses.
Os prefixados de até um ano, espelhados no IRF-M1+, também tiveram variação positiva de 1,05% em julho e 6,09% no ano. O destaque do IRF-M1+ na carteira teórica não acontecia desde dezembro de 2021.
Longo Prazo e Incertezas
Com prazos acima de cinco anos, as carteiras da Nota do Tesouro Nacional-Série B (NTN-B) replicadas pelo IMA-B5+ tiveram o pior desempenho entre os subíndices em julho, com recuo de 1,84% e variação de 0,16% no ano. Para Cidade, a precificação desses papéis está correlacionada às expectativas de longo prazo da economia, já que o vencimento médio da carteira é de 2.642 dias úteis.
Publicidade
“O resultado é um reflexo das incertezas dos investidores, sobretudo em função do ciclo eleitoral e das dúvidas quanto ao cenário externo e à manutenção do ambiente fiscal brasileiro”, comenta.
No ano, o melhor desempenho entre títulos públicos até o momento fica com o IMA-S, formado por papéis pós-fixados atrelados à taxa Selic (LFTs), com valorização acumulada de 6,75%. Em julho, o subíndice teve variação de 1,04%. O IMA-B5, formado por NTN-Bs de até cinco anos, que se manteve estável em julho, vem em seguida com 6,75%.
Retorno positivo se concentra em papéis de prazos menores?
Ao comparar os subíndices de títulos corporativos, apenas as debêntures indexadas à taxa DI diária – que apresentam o menor prazo médio de vencimento – e medidas pelo índice IDA-DI tiveram retorno mensal positivo. No mês de julho, a carteira teve rentabilidade de 1,13%, com acúmulo de 7,7% no ano.
Publicidade
Já as debêntures indexadas ao IPCA (IDA-IPCA), tiveram uma variação negativa de 1,04% no mês, tendo sua maior queda formada no IDA-IPCA ex-infraestrutura por papéis emitidos sem incentivos fiscais, com recuo de 1,45%.