- Santander (SANB11) publicou um relatório que revisa a projeção do Ibovespa e sugere 140 mil pontos para o índice em junho de 2024
O Santander (SANB11) afirmou em relatório que o Ibovespa pode estar no estágio inicial de um bull market cíclico, visando o início do corte de juros no segundo semestre de 2023.
Leia também
As projeções são de que ocorra uma alta na Bolsa, que pode durar 18 meses subsequentes à queda da Selic, chegando, em junho de 2024, aos 140 mil pontos. Neste texto, o colunista Einar Rivero fala das expectativas para o Ibovespa
“A recente melhora nos dados macroeconômicos e de sentimento sinaliza que as partes complexas do cenário de investimentos estão começando a se alinhar, criando um quadro mais coerente e promissor para as ações brasileiras”, informou Aline Cardoso, head do research e estrategista de ações do Santander, responsável pelo documento.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
De acordo com o estudo, setorialmente, small caps, consumo discricionário e imobiliário são os que apresentam melhor desempenho após o primeiro corte de juros. “Small caps negociam com um desconto ainda maior em relação à média histórica”.
O banco ainda afirma que o Brasil segue como um dos mercados de ações mais baratos, com P/L (Preço/Lucro) sendo negociado a 8,10. O único país acima do Brasil é a Colômbia, com um P/L de 5,76. “Mesmo excluindo Petrobras, Vale e outros exportadores, acreditamos que as ações brasileiras parecem atraentes do ponto de vista de valuation”, informou o banco.
Teses que levam ao bull market
Para realizar as projeções, o Santander se baseia em algumas teses. A primeira diz respeito aos valuations da bolsa brasileira. Na visão da instituição, eles estão abaixo da média histórica de 15 anos. Por isso, o banco acredita que o ciclo de corte de juros deve alimentar uma reclassificação das ações brasileiras.
Outro ponto citado pelo Santander é o arcabouço fiscal. Segundo ele, uma vez aprovado, a prioridade do Congresso passa a ser a reforma tributária, que deve ser votada na Câmara dos Deputados em julho e pode aumentar o PIB (Produto Interno Bruto) em 20% no longo prazo.
Para a instituição, os principais riscos da tese são:
- Se houver um “pouso forçado” global e os preços das commodities caírem severamente, isso impactaria negativamente as contas fiscais do Brasil e o real (R$);
- Proposta de implantação de impostos sobre dividendos e eliminação do benefício de JCP (Juros sobre Capital Próprio);
- Se o crescimento do PIB desacelerar significativamente, o Brasil poderá ver o governo federal usar bancos estaduais, como BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social) e a Caixa Econômica Federal para reativar o crescimento por meio de empréstimos subsidiados, o que poderia prejudicar bancos privados e empresas.
Publicidade