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- Para o Itaú BBA, os dados reportados pela Santos Brasil reforçaram a forte tendência operacional da empresa
- O Goldman Sachs está cético com as ações da Santos Brasil por ver espaço limitado para crescimento de Ebitda
- O Itaú BBA tem recomendação de compra para Santos Brasil e o Goldman Sachs tem recomendação neutra
O Goldman Sachs e o Itaú BBA divergem sobre o que o investidor deve fazer com as ações da Santos Brasil (STBP3) após a companhia divulgar seus dados operacionais de junho. O banco americano calcula que a ação pode cair até o fim de 2024, já a equipe brasileira estima que o papel pode subir até o término desse ano. A Santos Brasil divulgou nesta quinta-feira (4) seus dados operacionais.
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A base consolidada de contêineres no cais em junho cresceu 34%, indo de 97.664 no mesmo mês de 2023 para 130.771 em junho de 2024. O número de contêineres cheios chegou a 97.785, crescimento anual de 44,8% em relação aos 67.510 contêineres de junho de 2023. Por outro lado, os equipamentos utilizados para transportar carga vazios tiveram um crescimento de 9,4%, indo de 30.154 em junho de 2023 para 32.986 no mês passado. Em junho, os contêineres cheios equivaleram a 74,8% da produção total da companhia, já os vazios ficaram com uma participação de 25,2%.
Na visão dos analistas do Itaú BBA, os dados reportados pela Santos Brasil reforçaram a forte tendência de bom desempenho operacional em termos de faturamento, mas também em margens devido ao mix positivo entre contêineres cheios e vazios. Por causa disso, o banco estima que a ação da operadora logística oferece uma Taxa Interna de Retorno (TIR) de 14% em termos reais.
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“A empresa encerrou o segundo trimestre de 2024 com movimentação de contêineres 26% maior na comparação com o segundo trimestre de 2023, enquanto nós estimávamos uma alta de 23%, implicando um aumento em nossas expectativas para o trimestre”, dizem Daniel Gasparete, Gabriel Rezende e Luiz Capistrano, que assinam o relatório do Itaú BBA.
- Safra inicia cobertura da Santos Brasil (STBP3); veja recomendação
Devido a esses fatores, o Itaú BBA tem classificação de outperform para os papéis da Santos Brasil, o que significa previsão de desempenho acima da média do mercado. A classificação é equivalente a recomendação de compra. Gasparete, Rezende e Capistrano calculam que a ação deve encerrar 2024 cotada a R$ 17, um provável salto de 20,65% na comparação com o fechamento de quinta-feira, quando o ativo terminou o pregão a R$ 14,09.
Goldman Sachs não vê gatilhos de alta para a Santos Brasil
Os analistas do Goldman Sachs até concordam que os números operacionais divulgados pela empresa mostram um desempenho acima do esperado para o período. Todavia, eles dizem que ainda preferem monitorar a situação no terceiro trimestre de 2024 para ver qual será o desempenho da companhia, visto que um concorrente da empresa retomou todas as operações em seu terminal no início de julho.
O Goldman Sachs está cético com as ações da Santos Brasil ao estimar que a companhia está com um espaço limitado para crescer o seu lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) em 2025, após vários anos de forte crescimento. Além de ser um investimento com um risco-retorno menor do que os das taxas de juros da renda fixa brasileira.
“Vemos as ações da Santos Brasil sendo negociadas a um Valor da Empresa sobre Ebitda (EV/Ebitda) de 8,6 vezes em 2024 e 7,8 vezes em 2025, juntamente com um rendimento de dividendos (dividend yield) de aproximadamente 7% do valor de mercado da empresa”, estimam Bruno Amorim, Joao Frizo e Guilherme Costa Martins, que assinam o relatório do Goldman Sachs.
O banco estadunidense tem recomendação neutra com preço-alvo R$ 14 para as ações da Santos Brasil, uma potencial queda de 0,64% na comparação com o fechamento do pregão de quinta-feira, quando o papel encerrou o dia cotado a R$ 14,09.
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