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S&P 500: saiba o que é e quais são as vantagens de investir

Entenda como funciona o índice S&P 500, veja quais são as empresas que o compõem e saiba como começar a investir

S&P 500: saiba o que é e quais são as vantagens de investir
(Foto: Unsplash)
O que este conteúdo fez por você?
  • O S&P 500 (Standard and Poor's 500) é um índice do mercado de ações composto com as 500 maiores empresas do mundo
  • Considerando que o S&P 500 funciona como um "termômetro global" da renda variável, ele é usado como parâmetro de comparação quando se trata de mensurar a rentabilidade de investimentos
  • Não é possível investir no S&P 500 de forma direta, uma vez que o índice corresponde a uma carteira teórica de ações

(Mellanie Novais, especial para o E-Investidor) – O S&P 500 é um dos índices mais famosos do mundo. Apesar de ser mais procurado por quem já têm experiência no mercado financeiro, investidores iniciantes também podem aportar nesse tipo de investimento do mercado internacional.

Entenda o que é S&P500, como funciona e de que maneira deve-se começar a investir nele.

O que é S&P 500?

O S&P 500 (Standard and Poor’s 500) é um índice do mercado de ações composto com as 500 maiores empresas do mundo, pertencentes às principais bolsas de valores dos Estados Unidos, ou seja, a NYSE e a Nasdaq.

Ele teve sua primeira versão lançada durante a década de 1920 e, na época, eram cerca de 90 tipos de ação. Com os anos, expandiu-se até chegar às 500 empresas, em 1957, e levar o nome atual. 

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A ideia do índice é representar as companhias mundiais líderes de diferentes setores, fazendo que seja, inclusive, consensual no meio financeiro a ideia de considerar a S&P 500 como uma “medida-padrão” do desempenho médio do mercado de ações norte-americano.

Por isso, é muitas vezes visto por analistas e investidores como um índice equivalente ao Ibovespa (Índice da Bolsa de Valores de São Paulo).

Para entender o desempenho da Bolsa de Valores dos EUA ou mensurar o mercado internacional em relação aos negócios, economia e política, é comum analisar as movimentações da S&P 500; assim como no Brasil, é possível ter margens semelhantes ao analisar o índice Ibovespa.

Por fim, o S&P 500 também serve como um “termômetro” do mercado de ações em nível global, sendo utilizado pelos acionistas como uma forma de referência em relação à possível rentabilidade em títulos de renda variável

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Dessa forma, a partir dele, há como estabelecer um “padrão de retorno”, o qual serve como um parâmetro para entender se o investimento está acompanhando o índice, superando-o ou abaixo dele.

Como funciona o S&P 500?

O S&P 500 é mantido por um comitê chamado U.S. Index Committee, composto de executivos, analistas e investidores da empresa S&P Dow Jones Indices.

A companhia é subordinada à Standard & Poor’s global, que atua principalmente no segmento de informações e análises financeiras.

É a partir desse comitê que o índice garante o seu funcionamento. Todos os meses, há uma reunião dos membros para analisar o desempenho do S&P 500 frente a outros índices do mercado, além de ter o intuito de considerar empresas candidatas a integrar ou deixar de fazer parte do índice. 

Com isso, uma vez por trimestre há uma atualização oficial do S&P 500, definindo as companhias que serão substituídas e aquelas que passarão a ser integrantes da lista.

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Novamente, comparando-o com o Ibovespa, vale destacar que ambos funcionam como uma “carteira teórica”, acompanhando a capitalização de mercado das empresas.

Esse papel é importante porque é a capitalização de mercado que define qual será a parcela do índice que a empresa ocupará.

Quais são as empresas que compõem o S&P 500?

Como mencionado, o índice é composto com, aproximadamente, 500 empresas, sendo elas dos mais diversos setores, ficando a parcela mais expressiva com as do setor de tecnologia.

Todas as companhias são selecionadas pelo comitê e precisam cumprir alguns pré-requisitos para integrar o S&P 500, como:

  • a empresa precisa estar nos EUA;
  • o valor de mercado dela deve ser de, pelo menos, US$ 8,2 bilhões;
  • ao menos metade das ações corporativas deve estar disponível ao público;
  • ao menos metade dos ativos fixos e receitas devem estar nos EUA;
  • a soma dos quatro trimestres anteriores da empresa deve apresentar ganhos positivos.

Considerando esses pontos, podemos destacar algumas das gigantes do mercado que fazem parte do S&P 500. Caso esteja curioso, pode ver a seguir a lista das 20 que compõem o topo do índice hoje:

  • Apple Inc.
  • Microsoft Corporation
  • Amazon.com Inc.
  • Facebook Inc. Class A
  • Alphabet Inc. Class A
  • Alphabet Inc. Class C
  • Berkshire Hathaway Inc. Class B
  • JPMorgan Chase & Co.
  • Tesla Inc
  • Johnson & Johnson
  • NVIDIA Corporation
  • UnitedHealth Group Incorporated
  • Visa Inc. Class A
  • Home Depot Inc.
  • Procter & Gamble Company
  • Walt Disney Company
  • Bank of America Corp
  • Mastercard Incorporated Class A
  • PayPal Holdings Inc
  • Comcast Corporation Class A
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Embora haja uma predominância de algumas empresas no ranking do S&P 500, são normais as variações constantes quanto a quem está no topo do índice. (Foto: Pexels / Burak Kebapci)

Ibovespa vs. S&P 500

Tanto o Ibovespa quanto o S&P 500 são índices do mercado financeiro. Alguns investidores podem se questionar se eles estão relacionados de alguma forma, e a resposta é: sim.

Considerando que o S&P 500 funciona como um “termômetro global” da renda variável, ele é usado como parâmetro de comparação quando se trata de mensurar a rentabilidade de investimentos.

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Assim, sua alta ou baixa influencia o desempenho de outros índices, como é o caso do Ibovespa.

Dessa maneira, pode-se dizer que uma forma possível de determinar a qualidade de uma ação é comparar sua rentabilidade na bolsa de valores com os números do S&P 500, servindo como um benchmark da renda variável.

Por fim, ao pensar nos dois índices juntos, vale destacar a diferença abrupta de valor de mercado de ambos.

Estabelecendo uma comparação simples considerando apenas a Apple, que está no topo do S&P 500 hoje, vemos que seu valor de mercado corresponde a 3 vezes o valor de todas as companhias constituintes do Ibovespa (são cerca de 60).

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Isso significa que, para chegar próximo ao valor de mercado da Apple, cada empresa precisaria valer o triplo e seria necessário juntar todas.

Cédulas de dólar empilhadas
Apesar de desempenharem funções semelhantes, o valor de mercado e a abrangência dos índices Ibovespa e S&P 500 são enormes. (Foto: Pexels / John Guccione)

Como investir no S&P 500? Quais são as vantagens?

Não é possível investir no S&P 500 de forma direta, uma vez que o índice corresponde a uma carteira teórica de ações. Mas há formas de replicar o retorno dele por meio de diferentes acessos. Algumas formas disso estão descritas a seguir.

1 – COE (Certificado de Operações Estruturadas)

Trata-se de uma operação que se baseia na capacidade de valorização do índice em períodos preestabelecidos, ou seja, se ele atingir as pontuações previstas quando você comprar o COE, você receberá o rendimento acordado na aquisição.

2 – ETF (Exchange Traded Funds)

ETF é um fundo de índice e, basicamente, o gestor profissional deve alocar o patrimônio a fim de obter um rendimento igual ou maior ao índice de referência, no caso, o S&P 500.

A ressalva é que esse tipo de investimento é recomendado apenas aos investidores mais arrojados, com patrimônio superior a R$ 1 milhão, o que também tem relação com o fato de que o lote mínimo gira em torno de 30 mil cotas.

3 – Contratos futuros

Essa é a forma mais comum de investir no S&P 500, pois se trata de uma “simples” operação que assume um compromisso com sua pontuação em uma data futura.

Por exemplo, você acreditar que o índice vai subir daqui um mês e comprar um contrato futuro para a data dessa alta. Se o indicador estiver como o esperado, você levará o prêmio acordado na aquisição.

Embora não seja tão simples investir no mercado internacional, a principal vantagem de operar no índice S&P 500 é justamente poder ter essa relação com algumas das maiores empresas do mundo.

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Além disso, outro benefício é o fato de que há uma maior diversificação de setores e, consequentemente, uma melhor diversificação na carteira, ideal para quem prefere investimentos de médio a longo prazo.

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