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Startup paga aluguel para proprietário de imóvel com ou sem inquilino

Plataforma Housi IRent foi lançada mês passado e está presente em 24 bairros de São Paulo

Startup paga aluguel para proprietário de imóvel com ou sem inquilino
Foto: Zeca Wittner/Estadão
  • Startup garante segurança e estabilidade ao proprietário com pagamento mensal do aluguel independente da vacância do imóvel
  • Housi IRent aposta no modelo de moradia por assinatura para sobreviver e oferece uma nova experiência para locatários
  • Empresa já tem planos de expansão para outras cidades do Brasil

Já imaginou o dono de um imóvel receber o aluguel mesmo sem um inquilino? A startup Housi assume esse risco e, por meio da plataforma Housi IRent, passa a ser responsável por administrar o anúncio do apartamento. Enquanto isso, o investidor recebe mensalmente um valor fixo, ainda que o imóvel não esteja alugado.

Para que isso aconteça, o proprietário do imóvel deve cadastrar seu apartamento no portal da startup para receber uma proposta com o valor mensal que será pago em até 48 horas.

O projeto foi estruturado antes da pandemia de covid-19, mas Alexandre Frankel, CEO da Housi, conta que o lançamento veio em boa hora. Segundo ele, em momentos de dúvidas e incertezas como o atual, as soluções que a empresa oferece foram reforçadas.

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“Há algum tempo percebemos que os investidores imobiliários prezam pela segurança e estabilidade, e este desejo foi mais acentuado na crise. Eles querem certeza de que aquele investimento vai trazer retorno, e nós garantimos isso”, diz Frankel.

Dessa forma, o único trabalho que o investidor tem após assinar o contrato é conferir todo mês se o valor foi pago. “A manutenção, conservação, trato com o inquilino e vacância do apartamento… É tudo com a Housi. Não importa o que aconteça, esses detalhes deixam de ser uma preocupação para o proprietário.”

Além disso, caso haja valorização imobiliária, os lucros também são do investidor. “Garantimos a segurança e estabilidade para ele com a renda mensal e a valorização do imóvel”, afirma o CEO.

Vale ressaltar que apesar de pertencer a Vitacon, a startup está aberta para gerenciar apartamentos de qualquer construtora e que, dentro da base total, apenas 20% dos imóveis são da Vitacon.

Como a empresa sobrevive?

Para fazer a plataforma vingar, Frankel diz que a startup aposta em um novo modelo de negócio, o de moradia por assinatura. “A receita vem dos serviços e do valor que agregamos na operação”, diz. Ou seja, o preço do aluguel na plataforma terá um incremento para gerar o retorno para o negócio.

Todos os apartamentos administrados pela Housi estão disponíveis para locação digital, não há necessidade de corretor ou fiador. Os imóveis possuem infraestrutura e serviços pay per use, com atendimento 24 horas por dia e limpeza semanal.

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Além disso, todas as unidades seguem um padrão da empresa, mobiliadas e equipadas com cooktop, geladeira, cama, sofá, wifi e TV a cabo. A Housi ainda possui um ecossistema de parceiros que proporcionam serviços com descontos para quem alugar o apartamento. São mais de 20 empresas parceiras.

Dessa forma, a startup sobrevive pela diferença do valor pago ao proprietário e o cobrado do inquilino. “É uma parceria ganha-ganha, pois o proprietário ganha a renda mensal dele com total segurança, a Housi ganha eficiência operacional e quem aluga tem um serviço completo e sob gestão profissional no modelo de assinatura”, afirma Frankel.

O que muda para o locatário?

Para o consumidor final o processo continua o mesmo para alugar o imóvel. A única diferença é que como a empresa aposta no modelo por assinatura, a pessoa tem a possibilidade de alugar a residência pelo período entre um dia até cinco anos. “A ideia é que as pessoas consumam a moradia de uma forma diferente e tenham a flexibilidade com experiências”, diz o CEO.

A Housi oferece o serviço em 24 bairros da capital paulista. São eles: Jardins, Bela Vista, Centro, Aclimação, Moema, Vila Mariana, Vila Clementino, Itaim Bibi, Vila Olímpia, Brooklin, Cidade das Monções, Chácara Santo Antônio, Campo Belo, Morumbi, Vila Andrade, Perdizes, Pinheiros, Barra Funda, Butantã, Higienópolis, Bom Retiro, Consolação, República e Santa Cecília.

Mesmo com o pouco tempo de operação, Frankel diz que a plataforma já tem planos de expansão para outros bairros e cidades muito em breve. “Em vez do modelo tradicional de velha economia, estamos promovendo uma nova experiência para moradia.”

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