Cobertura do E-Investidor mostra impactos das tarifas de 50% dos EUA sobre o Brasil no mercado financeiro em tempo real. (Imagem: RHJ em Adobe Stock)
O presidente americano, Donald Trump, pegou o mercado de surpresa na quarta-feira (30) ao anunciar que as tarifas de 50% dos Estados Unidos aos produtos do Brasilpassarão a valer apenas daqui a sete dias, não na sexta-feira (1º), data inicialmente prevista. O adiamento do tarifaço ampliou o prazo para negociações com o governo americano e animou os investidores, com o Ibovespa subindo quase 1% na última sessão.
Trump também anunciou um conjunto de 694 itens que serão isentos das tarifas. Entre eles, estão alguns produtos importantes na lista de exportações brasileira, como o suco de laranja, a celulose e aviões da Embraer (EMBR3).
Agora o mercado acompanha os desdobramentos do tarifaço no pregão desta quinta-feira (31), que sucede decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos. Por lá, a taxa continuou na faixa entre 4,25% a 4,50% ao ano. Por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a Selic em 15% ao ano, conforme já era esperado pelo mercado – leia mais aqui e aqui.
O que se sabe sobre as tarifas de Trump contra o Brasil
O anúncio chegou às mãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no último dia 9, via carta. Exceto a alegação de que o comércio bilateral tem sido “há muito tempo injusto” – motivo facilmente contestado pelos números, que mostram superávit para os gringos de lá –, as demais justificativas de Donald Trump se encontram no campo político: “ataques insidiosos às eleições livres”, “ordens de censura secretas e ilegais” contra empresas de tecnologia dos EUA e o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por conta de uma tentativa frustrada de golpe de Estado.
Presidente dos EUA, Donald Trump, justificou o “tarifaço” com pautas, em sua maioria, políticas. Entre elas, anistia para o ex-presidente Jair Bolsonaro. (Imagem: Alan Santos/PR em Agência Brasil)
O que se viu a partir daí foi uma troca de farpas entre os dois presidentes e políticos inflamados tentando jogar a culpa das tarifas sobre seus adversários, enquanto o governo acumulou frustrações nas tentativas de negociação com dirigentes americanos para que Trump voltasse atrás nas tarifas de 50%.
Neste cenário, investidores alimentaram ao longo da semana as expectativas dos impactos do “tarifaço” sobre ativos domésticos nos mais variados mercados: Bolsa de Valores, câmbio, juros, commodities, crédito. Hoje, todos verão o desenrolar sobre o ataque comercial dos EUA ao Brasil.
Mercado financeiro ao vivo: o impacto das tarifas hoje
17h39 – Resultados do Ibovespa de hoje (31) com o tarifaço de Trump
O principal índice da B3, o Ibovespa, não teve trégua no último pregão de julho e encerrou com apenas 13 ações em alta das 84 que compõem a carteira – o que resultou em uma queda de 0,69% e 133.071 pontos. O destaque positivo, pelo segundo pregão consecutivo, foi a Embraer, que no total avançou 5,78% e fechou em uma cotação de R$ 80,66. O resultado se deve ao alívio tarifário concedido pelos Estados Unidos à indústria de aviação brasileira.
A decisão americana, porém, não contemplou todos os produtos brasileiros, penalizando a carne brasileira com a taxa de 50% e, por consequência, afetando as ações dos frigoríficos nesta quina-feira (31) pós-anúncio. Assim, Marfrig (MRFG3), BRF (BRFS3) e Minerva (BEEF3) lideraram as perdas, com quedas de 10,54%, 5,18% e 4,26% respectivamente.
As quedas expressivas dividem espaço com Ambev (ABEV3), que decepcionou com o balanço do segundo trimestre (queda de 4,59%), e com Magazine Luiza (MGLU3), que encerra o mês como a maior desvalorização do índice e perdas de 4,09%, ao lado de Natura (NTCO3).
Apesar do resultado negativo para o Índice Bovespa, Juliano Custódio, CEO e fundador da EQI, avalia que o tarifaço e acordos comerciais de Trump têm favorecido a popularidade do governo Lula, revertendo um cenário observado no começo do ano, em que o mercado antecipava uma possível mudança de governo em 2026, no que ficou conhecido como “trade de eleição”.
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“Eu acho que se as eleições fossem em 2025, a esquerda ganharia a eleição”, disse. “Se o conflito continuar, Lula pode se reeleger”, acrescentou.
17h32 – Trump fecha novos acordos comerciais, mas não cita países
Ao final do evento realizado na Casa Branca na tarde desta quinta-feira (31), o presidente americanoDonald Trump afirmou ter fechado novos negócios e acordos comerciais com outros países, mas não revelou detalhes nem mencionou quais nações estariam envolvidas nessas reuniões.
“Estamos fazendo muitos acordos”, declarou Trump, sem especificar o conteúdo das negociações ou os países impactados. O evento contou com a presença do vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, além dos secretários do Tesouro, Scott Bassent e Howard Lutnick.
17h00 – Dólar fecha em R$ 5,60
O dólar voltou a acelerar nesta quinta-feira (31), em um dia marcado por forte volatilidade. A moeda americana abriu em queda de 0,36%, cotada a R$ 5,5688, e chegou a recuar para R$ 5,5443 nas primeiras horas de negociação. No entanto, ao longo da tarde, inverteu a trajetória e atingiu R$ 5,62, sua máxima.
Contudo, apesar de ameaçar uma renovação, o dólar não conseguiu atingir a máxima do dia e fechou em R$ 5,6044, registrando alta de 0,24% em comparação à abertura de mercado. A oscilação cambial reflete as incertezas do mercado diante da confirmação, na véspera (30), de novas tarifas comerciais anunciadas por Donald Trump – ainda que mais de 690 produtos tenham sido excluídos da sobretaxa de 40%.
17h00 – Bolsas de Nova York fecham em baixa
Em uma reviravolta, as Bolsas de Nova York fecharam em baixa no final desta quinta-feira (31). Após a S&P 500 e Nasqad renovarem suas máximas intradiárias, devido aos resultados trimestrais da Meta e Microsoft, as pressões das tarifas e comportamento conservador do Federal Reserve System (Fed, o banco central americano) – que mantive sua taxa de juros em 4,25% e 4,50% ao ano – puxaram os índices para baixo.
Dow Jones caiu 0,74%, fechando aos 44.130,98 pontos, enquanto o S&P 500 recuou 0,37%, encerrando aos 6.339,39 pontos. Nasdaq registrou queda de 0,03%, com 21.122,45 pontos ao final do dia. No mês, houve alta de 0,08%, 2,17% e 3,70%, respectivamente.
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As ações da Meta, porém, agiram na contramão e saltaram 11,25% depois que a dona do Facebook ultrapassou as expectativas do mercado
para o lucro e a receita do segundo trimestre. Já a Microsoft teve ganhos de 3,95%, também na esteira de resultados trimestrais e vendas mais fortes do que os investidores previam.
As ações da Moderna, por sua vez, recuaram 8,06%, aprofundando as perdas no ano, após a companhia anunciar que pretende reduzir em 10% o seu quadro de funcionários para endereçar a incerteza quanto ao futuro da fabricação de vacinas sob o governo do presidente Donald Trump. GSK caiu 4,67%, Eli Lilly perdeu 2,63% e a Pfizer cedeu 2,18%, Merck teve queda de 4,44%.
16h57 – Bolsas de Nova York desabam na reta final do pregão
As bolsas de Nova York perderam força e o índice Dow Jones tocou nas mínimas do dia na reta final do pregão desta quinta-feira (31). Investidores digerem o prazo final para a implementação de novas tarifas pelos EUA, bem como a temporada de balanços.
Às 16h56 (de Brasília) índice Dow Jones cedia 0,81%, o S&P 500 tinha baixa de 0,43% e o Nasdaq caía 0,08%, pressionado pelo recuo do setor de chips, como Nvidia (-0,99%) e Micron Technology (-5,02%).
16h16 – Ibovespa volta aos 132 mil pontos
Desde a abertura de mercado, o Índice Bovespa tem enfrentado um ritmo de queda, mas sempre oscilando na pontuação. Se às 12h26 o Ibovespa apresentava um recuo de 0,69%, aos 133.061,16 pontos; por volta das 16h16, pouco tempo antes do fechamento, o Ibov voltou a estaca de 132.866 pontos, o que indica uma queda de 0,88%.
15h57 – Brasil será chamado a negociar, dizem emissários do governo Trump a empresários dos EUA
Conforme apurado pelo Estadão/Broadcaste publicado há pouco, o Brasil será chamado para negociar tarifas com o governo americano, apesar da data de tal reunião ainda ser um mistério.
De acordo com emissários americanos, o Brasil – apesar de ter sido um dos países mais taxados até aqui, perdendo apenas para a China – teria ficado ‘no final da fila’ de negociação pois a Casa Branca estaria dando preferência para mercados que têm relação comercial superavitária com os Estados Unidos.
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A estratégia foi repassada por secretários do governo americano que, por sua vez, informaram empresários locais. A matéria completa você pode ler aqui.
15h36 – Embraer pode aumentar preços para mitigas impacto das tarifas
Embraer (EMBR3) continua sendo a ação que lidera no Ibovespa hoje após se livrar das taxações de 50% sobre seus produtos. A taxa de 10% estabelecida em abril, porém, continua valendo. Em relatório divulgado na tarde desta quinta-feira, o grupo UBS BB avalia que existe uma forma de mitigar os efeitos desta tarifa: aumentar os preços em novos pedidos até que todos os contratos sejam entregues.
Todos os pedidos atuais afetados pela taxa serão entregues até meados de 2028, mas analistas do grupo avaliam que o impacto total dessas tarifas podem chegar a US$ 1,1 bilhão caso nenhuma medida seja tomada para reduzir as consequências da taxação.
15h00 – Embraer se reaproxima de máxima histórica e governo busca articular novos mercados para companhia
A Embraer (EMBR3) lidera os ganhos do Ibovespa hoje pelo segundo pregão consecutivo, com alta de 5,77% e cotação perto dos R$ 80,65, mais perto ainda de recorde histórico, de R$ 83,49, em preço de fechamento. Na Bolsa de Nova York, o American Depositary Receipts (ADR) da empresa subia 5,05%, a US$ 57,60, instantes atrás.
Em entrevista para a CNN Money, por volta das 15h00 (horário de Brasília), o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho comentou que, junto de Lula, tem trabalhado para fortalecer a Embraer cada vez mais. Costa Filho também afirma esperar que a taxa de 10% dos EUA sobre os produtos da empresa de aviação volte a estaca zero.
“Hoje nós temos mais de 1.700 aviões da Embraer voando pelos céus americanos. Foi feito primeiro uma taxação de 50%, depois foi reduzido agora para 10%, e a gente espera que através de um diálogo e nesses próximos meses a gente possa voltar o que era ser zero taxa, porque isso é bom para o Brasil, é bom para os Estados Unidos.”, disse o ministro.
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Entre o anúncio de Donald Trump, em 9 de julho, até terça-feira (29), a companhia brasileira de aviação somava queda de mais de 15% mas, só o impulso que ganhou entre ontem e hoje leva o papel para um saldo positivo de quase 5% em julho, até aqui.
14h43 – Tarifas de Trump podem ter efeito deflacionário, diz CEO do Bradesco
A imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos tem “potencial de causar um efeito desinflacionário”, na visão do presidente do Bradesco(BBDC4), Marcelo Noronha. Ele ponderou, contudo, que o impacto no Brasil deve ser “muito pequeno”.
“Se você deixa de exportar determinados produtos que ficam aqui dentro e pressionam o preço para baixo, isso pode causar efeito desinflacionário. Mas isso é uma questão a se conferir. A gente tem que olhar a demanda, a elasticidade de demanda daqueles produtos que estão com a tarifa mais alta e se tem essa elasticidade de demanda nos mercados”, afirmou Noronha em entrevista ao CNN Brasil Money nesta quinta-feira (31).
14h35 – Dólar volta a subir em dia volátil com tarifaço
O dólar voltou a firmar alta neste quinta-feira (31), dia em que a moeda americana opera entre perdas e ganhos contra o real. Às 14h35min, o dólar subia 0,18%, a R$ 5,601. Mais cedo, por volta das 13h, o dólar cedia 0,13%.
A volatilidade do mercado de câmbio reflete as incertezas políticas comerciais causadas pelas tarifas de Donald Trump, presidente dos EUA, e sanções americanas contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que será punido pela Lei Magnitsky.
A legislação é destinada para autoridades de regimes ditatoriais e condenados por tortura e tráfico humano. Entre as penalidades estão a proibição de entrar nos Estados Unidos e o bloqueio de bens e propriedades que estejam localizados no território americano. Veja os detalhes nesta reportagem.
14h27 – Lista de exceções de Trump represetam US$ 18,4 bilhões em exportações brasileiras
A Amcham calculou que a lista de exceções divulgada pelo presidente dos EUA em 30 de julho contempla 694 produtos, representando US$ 18,4 bilhões em exportações brasileiras no último período apurado (2024). O valor corresponde a 43,4% do total de US$ 42,3 bilhões exportados pelo Brasil para os EUA.
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A entidade publicou em pesquisa que a grande maioria das empresas brasileiras e multinacionais considera que o Brasil deve evitar retaliação imediata às tarifas de 50% anunciadas pelos Estados Unidos e priorizar a negociação diplomática.
14h00 – Santander diz que ações da Embraer devem se recuperar nos próximos dias
As ações da Embraer (EMBR3) devem se recuperar nos próximos dias após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deixar as aeronaves de fora do tarifaço de 50%, dizem os analistas do Santander em relatório enviado aos clientes nesta quinta-feira (31).
“Vemos esta notícia como um desenvolvimento positivo e animador para a Embraer, pois reduz significativamente o risco do investimento da empresa”, argumetam Lucas Esteves, Lucas Barbosa e Victor Tani.
O banco tem recomendação de compra para a American Depositary Receipts (ADR) da Embraer com preço-alvo de US$ 62,00. A cifra equivale a alta de 25% na comparação com o fechamento de quarta-feira (30).
13h35 – Bolsas da Europa caem com balanços e tarifaço de Trump
As bolsas da Europa fecharam na maioria em baixa hoje, em uma sessão dominada pela divulgação de balanços de algumas das principais empresas da região, que acabaram levando a algumas das maiores movimentações em certos índices, como no caso de Milão, com forte pressão do tombo da Ferrari, e Madri, com impulso do salto do BBVA.
As negociações comerciais do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, seguem no radar, assim como a manutenção de juros ontem pelo Federal Reserve (Fed). O dia ainda contou com a divulgação de indicadores econômicos da zona do euro.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,75%, a 546,11 pontos. Em Londres, o FTSE 100 caiu 0,05%, a 9.132,81 pontos. Em Frankfurt, o DAX recuou 0,73%, a 24.085,12 pontos. Em Paris, o CAC 40 cedeu 1,14%, a 7.771,97 pontos. As cotações são preliminares.
13h20 – Estrangeiros movimentam R$1,4 trilhão na B3 no 1º semestre
Os investidores estrangeiros movimentaram R$ 1,4 trilhão em ações no mercado brasileiro à vista durante o primeiro trimestre. O levantamento foi realizado por meio dos dados da plataforma Datawiase +, solução da B3 e da Neoway.
Vale (VALE3), Petrobras (PETR4) e Itaú (ITUB4) foram as ações mais negociadas durante o período. Na sequência, aparecem B3 (B3SA3), Banco do Brasil (BBAS3), Bradesco (BBDC4), Ambev (ABEV3), Petrobras (PETR3), JBS (JBSS3) e Weg (WEGE3).
13h10 – Dólar volta a cair, negociado a R$ 5,581
O dólar voltou a cair ao longo da sessão desta quinta-feira (31) e cede 0,17%, a R$ 5,581, às 13h12 (de Brasília). Mais cedo, por volta das 11h, a moeda estrangeira operava no positivo com ganhos de 0,42%, a R$ 5,614.
A volatilidade do mercado de câmbio reflete as incertezas políticas comerciais causadas pelas tarifas de Donald Trump, presidente dos EUA, e sanções americanas contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que será punido pela Lei Magnitsky.
A legislação é destinada para autoridades de regimes ditatoriais e condenados por tortura e tráfico humano. Entre as penalidades estão a proibição de entrar nos Estados Unidos e o bloqueio de bens e propriedades que estejam localizados no território americano. Veja os detalhes nesta reportagem.
12h50 – “Ganhamos 90 dias para construir um acordo”, diz presidente do México
O México conseguiu um prazo de 90 dias para negociar as tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos. A presidente do México, Claudia Sheinbaum, afirmou agora há pouco que teve uma conversa ‘muito boa’ com Donald Trump e que o diálogo conseguiu evitar o aumento das tarifas que entrariam em vigor nesta sexta-feira (1).
Tuvimos una muy buena llamada con el presidente de Estados Unidos, Donald Trump. Evitamos el aumento de aranceles anunciado para mañana y logramos 90 días para construir un acuerdo de largo plazo a partir del diálogo.
— Claudia Sheinbaum Pardo (@Claudiashein) July 31, 2025
A declaração de Sheinbaum surge após Trump anunciar a extensão por 90 dias das tarifas comerciais sobre os produtos mexicanos. O republicano disse que o México continuará pagando uma tarifa de 25% sobre fentanil, 25% sobre automóveis e 50% sobre aço, alumínio e cobre.
“Além disso, o México concordou em encerrar imediatamente suas Barreiras Comerciais Não Tarifárias, que eram muitas. Conversaremos com o México nos próximos 90 dias com o objetivo de assinar um acordo comercial em algum momento dentro do período de 90 dias, ou mais”, escreveu o republicano na Truth Social.
12h30 – Bolsas de NY têm sinais mistos
As bolsas de Nova York, nos Estados Unidos, têm sinais misto ao longo das negociações desta quinta-feira (31). Às 12h30 (de Brasília), o índice Dow Jones cede 0,22%, cotado a 44.363,95 pontos. A queda é puxada pelas ações UnidtedHealth que tombam 5% após ter recomendação rebaixada para underperform pela Baird. Já os índices S&P 500 e Nasdaq operam no sentido contrários com altas de 0,26% e 0,64%, respectivamente.
No fim da manhã de hoje, o presidente americano, Donald Trump, reafirmou a tarifa de 25% sobre o fentanil e carros do México. O republicano acrescentou ainda que uma negociação de um acordo acontecerá em 90 dias.
12:26 – Ibovespa cai com tarifas, desemprego e Copom
O Ibovespa cai nesta quinta-feira (31) em meio cenário turbulento com agentes de mercado digerindo os recentes posicionamentos do governo norte-americano em relação ao Brasil, em especial a lista de exceções ao tarifaço de 50%, pontua Silvio Campos Neto, economista sênior e sócio da Tendências Consultoria.
Ao mesmo tempo, influenciam os sinais de que a taxa Selic permanecerá em 15% por um período prolongado. “O texto do Copom reforça a avaliação de que não haverá espaço para corte da Selic tão cedo”, cita em relatório. Para completar, a taxa de desemprego no trimestre até junho no piso das projeções de 5,8% e o déficit do setor público do mês passado superior ao estimado, reforçam o quadro de cautela.
Às 12h26, o Ibovespa tinha queda de 0,69%, aos 133.061,16 pontos, com giro financeiro de R$ 7,55 bilhões e previsão de chegar a R$ 25,6 bilhões até o fim do pregão. Dos 84 papéis que compõem o Ibovespa, 69 caíam.
12:14 – Ágora recomenda compra para Suzano depois de isenção de tarifas
A Ágora Investimentos manteve a recomendação de compra para as ações da Suzano (SUZB3) um dia depois do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinar ontem um decreto formalizando a tarifa de 50% sobre as importações brasileiras. No entanto, uma série de produtos foi isentada das alíquotas mais altas, incluindo celulose, minério de ferro e alumínio.
“O anúncio desencadeou uma reação positiva imediata do mercado às ações da Suzano durante o pregão de ontem, já que os Estados Unidos representam cerca de 13% do volume da empresa”, dizem Rafael Barcellos do Bradesco BBI e Renato Chanes da Ágora Investimentos, que assinam o relatório em conjunto.
A Ágora Investimentos tem recomendação de compra para a Suzano com preço-alvo de R$ 75,00 para o fim de 2025, alta de 43,7% na comparção com o fechamento de quarta-feira (30), quando a ação encerrou o pregão a R$ 52,18.
11:47 – Braskem (BRKM5) tem maior queda da Bolsa após incertezas tarifárias penalizarem produção no 2º tri
As ações da Braskem (BRKM5) recuam 2,96%, entre as maiores quedas do Ibovespa, após a empresa apresetnar crescimento de 1% nas vendas dos principais produtos químicos no mercado brasileiro no segundo trimestre. Segundo a empresa, a demanda global foi afetada pelas tensões comerciais entre Estados Unidos e China e incertezas tarifárias.
Analistas do Citi avaliam os númneros do trimestre refletem um mercado desafiador para empresa em meio às tarifas de Trump. O banco tem recomendação de compra/alto risco para Braskem (BRKM5), com preço-alvo de R$ 13,00 para as ações da empresa, o que representa um potencial de valorização de 44,6% ante o fechamento do papel no último pregão.
11:38 – Itaú BBA adiciona Embraer como ação favorita após Trump isentar empresa do tarifaço
Os analistas do Itaú BBA adicionaram a Embraer(EMBR3) como a principal escolha do setor após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, isentar produtos aeronauticos das tarifas de 50% sobre o o Brasil. Eles acreditam que, mesmo após a disparada de 10% do pregão anterior, ainda há espaço no papel, visto que ele está 10% abaixo do preço em que era negociada antes do surgimento dessa discussão.
O Itaú BBA tem recomendação de compra para Embraer com preço-alvo de US$ 62 para a American Depositary Receipts (ADR) da compahia negociada em Nova York. A cifra equivale a alta de 25% na comparação com o fechamento de quarta-feira (30), quando a ADR encerrou o pregão a US$ 54,82.
11:15 – Dólar amplia ganhos com temor de incertezas políticas e comerciais
O dólar atingiu a máxima intradia de R$ 5,624, após subir 0,63%, refletindo cautela no mercado e saída de investidores estrangeiros, segundo o economista Davi Lelis, da Valor Investimentos. Apesar do tom moderado do presidente Lula após o tarifaço dos EUA, incertezas políticas e comerciais, como as sanções contra Moraes e a alta do IOF, pressionam o real.
A manutenção dos juros pelo Fed e Copom reforça temores sobre menor diferencial de juros, enquanto o fortalecimento global do dólar agrava o cenário, aponta Lelis. Às 11h15min, o dólar subia 0,29%, a R$ 5,607.
11:04- UBS diz que 60% dos produtos brasileiros taxados pelas tarifas de Trump podem ser remanejados
Os analistas do UBS disseram em nota que o resultado final das tarifas de 50% dos EUA sobre Brasil foi melhor que o esperado. Na visão dos especialistas, cerca de 45% das exportações foram isentas, com destaque para petróleo bruto, suco de laranja e aeronaves (mais de 20%).
“Após o aumento, estimamos que cerca de 60% dos produtos não isentos poderão ser redirecionados para outros mercados”, dizem Alexandre de Azara, Fabio Ramos e Rodrigo Martins, que assinam o comentário do UBS.
10:48 – Embraer lidera ganhos do Ibovespa em meio ao tarifço
As ações da Embraer(EMBR3) mantiveram a forte alta do pregão anterior nesta quinta-feira (31) após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar que os intens aeronáuticos devem ficar de fora da lista de taxação de 50%. Às 10h47min, as ações da Embraer subiam 6,6%, a R$ 81,28. Analistas ouvidos pelo E-Investidor projetam voos ainda maiores para a companhia ao longo do ano.
10:40 – BTG diz que Suzano tem alívio bem-vindo após Trump retirar celuose das Tarifas
Os analistas do BTG Pactual disseram que a retirada da celulose e madeira de lei de eucalipto do tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, “é um alívio bem-vindo para a Suzano (SUZB3), já que a empresa não precisará desviar volumes para outros mercados”.
A companhia tem cerca de 15% de sua receita atrelada aos EUA. O BTG recomenda compra para a Suzano com preço-alvo de R$ 73 para os próxmos 12 meses, alta de 40,8% na comparação com o fechamento de quarta-feira (30). As ações da Suzano subiam 0,83% por volta das 10h38, enquanto o Ibovespa recua 1,2%, a 132.302,79 pontos.
10:00 – Ibovespa cai com tarifas de 50% dos EUA sobre Brasil e desemprego abaixo do esperado
O Ibovespa abriu em queda nesta quinta-feira (31) após dados do desemprego abaixo do esperado enquanto o mercado segue atento aos desdobramentos do tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Por volta das 10h, o Ibovespa caía 1,26%, a 132.295,35 pontos.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísica (IBGE), motram que o desemprego recuou de 6,2% no trimestre encerrado em maio para 5,8% em junho, menor resultado da série histórica, iniciada em 2012.
O resultado veio abaixo da mediana das estimativas coletadas pelo Projeções Broadcast, que apontava desocupação de 6%, e igual ao piso das estimativas do mercado.
O número reflete que a economia segue aquecida, mesmo com a taxa básica de juros da economia, a Selic em 15% ao ano. O juros elevados servem para desacelerar a economia e controlar a inflação.
No entanto, a queda da taxa de desemprego mostra que a economia continua acelerada, o que pode pedir um juro no patamar atual por um período ainda mais prolongado.
A Selic elevada causa uma fuga de capital da renda variavel para a renda fixa, pois investidores acabam procurando ativos mais seguros com rentabilidade garantida. Além do dado de desemprego, o mercado também segue atento às tarifas de 50% dos EUA sobre Brasil.
Ontem, o americano assinou decreto que adiciona mais 40 pontos porcentuais na taxação dos produtos brasileiros. Desse modo, as tarifas sobre o Brasil saíram de 10% para 50%.
Ainda que a medida eleve a taxa, a Casa Branca estabeleceu uma lista extensa de produtos brasileiros que não serão taxados, entre eles suco de laranja, celulose, gás natural liquefeito e algumas categorias de petróleo.
A Vale divulga seu resultado na noite desta quinta-feira (31). Analistas consultados pelo E-Investidor, nesta reportagem, projetam que o lucro da mineradora deve afundar até 45% no segundo trimestre de 2025 na comparção com o mesmo período do ano passado.
9:38 – Dólar opera entre perdas e ganhos com mercado se equilibrando após tarifaço
O dólar mudou de direção poucos minutos depois de abrir em queda nesta quinta-feira (31). A moeda americana começa a manhã operando entre perdas e ganhos, enquanto o mercado ainda avalia os impactos do tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Às 9h38min, o dólar subia 0,18%, a R$ 5,601.
O governo americano listou 694 produtos que ficarão de fora do tarifaço. Castanha-do-pará, polpa de laranja, categorias de sumo de laranja e as aeronaves da Embraer (EMBR3) fazem parte dos itens brasileiros que ficarão de fora da taxação extraordinária que elevou o imposto sobre os produtos domésticos de 10% para 50%. Veja os detalhes nesta reportagem do Estadão.
O Broadcast apurou que os produtos beneficiados com a isenção pode reduzir em 41% o impacto do tarifaço sobre o Brasil. Os cálculos preliminares são da Leme Consultores. Apesar desse alívio, o setor empresarial pede negociação com os EUA para flexibilizar as tarifas dos setores que ficam de fora da lista de exceção, como o café e a carne bovina.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu o diálogo e que está disposto a negociar aspectos comerciais da relação entre o Brasil e os Estados Unidos. “Nossa economia está cada vez mais integrada aos principais mercados e parceiros internacionais”, diz a nota, divulgada nesta noite pela Presidência da República. “Já iniciamos a avaliação dos impactos das medidas e a elaboração das ações para apoiar e proteger os trabalhadores, as empresas e as famílias brasileiras.”
Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na manhã de hoje que o governo está no “ponto de partida” de negociação com a Casa Branca. Ele defendeu ainda uma maior integração comercial com os Estados Unidos. “Em 2003, o comércio com os Estados Unidos representava 25% das nossas exportações. Hoje, representa apenas 12%. Em vez de crescer, nós diminuímos”, disse o ministro.
9:21 – Dólar abre em queda com alívio sobre tarifaço
O dólar inicia as negociações desta quinta-feira (31) em queda de 0,36%, a R$ 5,5688. A depreciação do câmbio reflete o alívio dos investidores brasileiros com a flexibilização das tarifas impostas pelo presidente americano, Donald Trump, ao Brasil. Na tarde de ontem, a Casa Branca estendeu o prazo para o início das taxas de 50% sobre os itens brasileiros para o dia 6 de agosto. Antes, a previsão era que as alíquotas entrassem em vigor nesta sexta-feira (1).
9:00 – Ibovespa futuro cai com repercussão de tarifaço, Copom e balanços
O Ibovespa futuro recua nesta quinta-feira (30) após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinar decreto que adiciona mais 40 pontos porcentuais na taxação dos produtos brasileiros. Desse modo, as tarifas sobre o Brasil saíram de 10% para 50%. Ainda que a medida eleve a taxa, a Casa Branca estabeleceu uma lista extensa de produtos brasileiros que não serão taxados, entre eles suco de laranja, celulose, gás natural liquefeito e algumas categorias de petróleo.
Já a Ambev registrou lucro líquido de R$ 2,79 bilhões no segundo trimestre desse ano, alta de 13,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. O lucro ajustado, por sua vez, cresceu 15,2%, somando R$ 2,83 bilhões. A Vale divulga seu resultado na noite desta quinta-feira (31). Analistas consultados pelo E-Investidor, nesta reportagem, projetam que o lucro da mineradora deve afundar até 45% no segundo trimestre de 2025 na comparção com o mesmo período do ano passado.
BC mantém juros e diz não hesitar em elevar Selic se necessário
Ontem, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) menteve a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 15% ao ano. Em comunicado, o BC assegurou que tem acompanhado, com particular atenção, os anúncios referentes à imposição pelos Estados Unidos de tarifas comerciais ao Brasil, reforçando a postura de cautela em cenário de maior incerteza. A afirmação está no comunicado do colegiado para embasar a manutenção da Selic em 15,00% ao ano.
Como nos meses anteriores, o colegiado voltou a avaliar que o ambiente externo está mais adverso e incerto em função da conjuntura e da política econômica nos EUA, principalmente acerca de suas políticas comercial e fiscal e de seus respectivos efeitos.
“Consequentemente, o comportamento e a volatilidade de diferentes classes de ativos têm sido afetados, com reflexos nas condições financeiras globais”, reforçou a cúpula da instituição.
Tal cenário, conforme o colegiado, exige particular cautela por parte de países emergentes em ambiente marcado por tensão geopolítica.
O Copom também reforçou a manutenção da interrupção do ciclo de altas da taxa básica de juros na sua próxima reunião. “Em se confirmando o cenário esperado, o comitê antecipa uma continuação na interrupção no ciclo de alta de juros para examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado, ainda por serem observados, e então avaliar se o nível corrente da taxa de juros, considerando a sua manutenção por período bastante prolongado, é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta”, diz o comunicado da decisão.
Apesar da projeção, o comitê enfatizou que continuará vigilante e “não hesitará” em retomar o ciclo de aperto monetário caso julgue apropriado. Passos futuros podem ser ajustados, destacou o Copom, chamando atenção também para a necessidade de cautela na condução dos juros, por causa da incerteza no cenário.
8:00 – Futuros de NY sobem após tarifaço e balanços de Microssoft e Meta
Os futuros de Nova York sobem com o forte desempenho de Meta e Microsoft e depois do acordo tarifário entre EUA e Coreia do Sul, que inclui tarifas recíprocas de 15%, ante os 25% impostos no começo do mês. O presidente americano, Donald Trump, afirmou que as tarifas não estão prejudicando a economia, como muitos previam, e estimou que o Tesouro arrecadará US$ 200 bilhões em agosto.
Por volta das 8h, os índices futuros de Nova York subiam, com alta de 0,3% do Dow Jones Futuro, avanço de 0,96% do S&P500 e crescimento de 1,34% do Nasdaq futuro. As ações das big techs americanas Meta e Microsoft operam em forte alta no pré-mercado de Nova York em reação a balanços divulgados no fim da tarde de ontem.
Na quarta-feira (30), a Meta Platforms, dona do Facebook, superou as expectativas de lucros do segundo trimestre na tarde de quarta-feira. O lucro por ação subiu para US$ 7,14, em comparação com a estimativa de consenso dos analistas de US$ 5,88, de acordo com a FactSet, e acima dos US$ 5,16 do ano passado. O lucro líquido foi de 18,34 bilhões no período. Por volta das 8h, os ativos da companhia subiam 12,4%, a US$ 781,39.
Já a Microsoft anunciou lucro líquido de US$ 27,2 bilhões, o que representou um aumento de 24% sobre o mesmo período de 2024. O lucro ajustado foi de US$ 3,65 por ação, um aumento de 24%, sobre receita de US$ 76,4 bilhões. Analistas consultados pela FactSet esperavam ganho por ação de US$ 3,37 com receita de US$ 73,9 bilhões. Os papéis da empresa disparavam 8,54%, a US$ 557,09 no pré-mercado.
7:44 – Cobre despenca 22% em Nova York com isenção para cobre refinado
Os contratos futuros do cobre despencam em Nova York nesta manhã, após os EUA isentarem o cobre refinado de tarifas de importação, em uma surpreendente reviravolta. Segundo anúncio da Casa Branca, o cobre refinado e o concentrado de cobre não estarão sujeitos a uma tarifa de 50% sobre importações dos EUA de produtos semielaborados de cobre e produtos derivados intensivos em cobre.
Em nota, analistas do Goldman Sachs apontam que os EUA dependem das importações de cobre refinado para atender 50% da demanda doméstica, enquanto as importações líquidas de produtos semielaborados representam apenas 7% da demanda.
Às 7h44 (de Brasília), o cobre para setembro negociado na Comex tombava 22,01%, a US$ 4,3563 por libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), o cobre para três meses recuava 0,94%, a US$ 9.628,00 por tonelada.
7:30 – Dólar opera estável no mercado internacional após Fed e tarifaço
O índice que mede o dólar perante as principais divisas do mundo recua na manhã desta quinta-feira (31) um dia após novos anúncios de tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ontem, ele confirmou tarifas “recíprocas” para Brasil, Coreia do Sul e Índia, e assinou o decreto de que o cobre será tarifado em 50%, além de anunciar o fim da isenção para remessas internacionais de pequeno valor.
Por volta das 7h30 o índice DXY, principal indicador internacional que compara o dólar com outras moedas desenvolvidas, recuava 0,04%, a 99,92 pontos. Na quarta-feira (30), o banco central americano, o Federal Reserve (Fed), manteve a taxa básica de juros na faixa entre 4,25% e 4,50% ao ano pela quinta reunião consecutiva, mas se mostrou dividido na votação.
Os governadores do Fed Christopher Waller e Michelle Bowman tiveram discordâncias em relação à decisão de manutenção dos Fed Funds no atual patamar. Foi a primeira vez desde 1993 que dois membros do Conselho de Governadores (em oposição aos membros votantes mais amplos do comitê) votaram contra o presidente do banco central americano, segundo a Capital Economics.
A consultoria britânica não considera, no entanto, as discordâncias como um sinal significativo de que o Fed está se aproximando de optar por um corte em setembro. Muito pelo contrário, a Capital Economics só espera cortes nos juros em 2026.
Enquanto isso, o presidente do Fed, Jerome Powell, preservou o tom de “esperar para ver” e deixou em aberto os próximos passos, alegando que o banco central ainda não tem um comprometimento em relação à decisão para a reunião de política monetária de setembro. Powell apontou que dados ainda precisam ser analisados e que o Fed não decide juros com antecedência.
No comunicado do Fomc – órgão americano equivalente ao Comitê de Política Monetária (Copom) brasileiro –, houve uma leve mudança na linguagem, com a retomada da cautela: “a incerteza sobre as perspectivas econômicas permanece elevada”, diz o texto. Na reunião anterior, o comitê citou a “diminuição” da incerteza.
7:15 – Bolsa da Europa operam mistas depois de tarifaço de Trump e temporada de balanços
As bolsas europeias operam sem direção única na manhã desta quinta-feira (31), após balanços corporativos mistos e os últimos anúncios tarifários do governo Trump. Por volta das 7h11min (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha alta marginal de 0,04%, a 550,44 pontos.
Da temporada de balanços, a Rolls-Royce era destaque positivo, com salto de 10% em Londres, após a empresa britânica de engenharia e defesa elevar seu guidance (metas) para o ano graças a um forte desempenho no primeiro semestre. Por outro lado, a cervejaria AB InBev, controladora da Ambev no Brasil, tombava 9,46% em Bruxelas, depois de decepcionar com seu volume de vendas.
Ainda no mercado inglês e também em reação a balanços, a mineradora Anglo American sofria queda de 4,84%, enquanto a petrolífera Shell avançava 2,31%. Antes do prazo de 1º de agosto, o presidente dos EUA confirmou ontem tarifas “recíprocas” para o Brasil, Coreia do Sul e Índia, além de taxar o cobre em 50% e anunciar o fim da isenção para remessas internacionais de pequeno
valor.
No âmbito macroeconômico, a taxa de desemprego da zona do euro permaneceu na mínima recorde de 6,2% em junho, vindo um pouco abaixo do esperado.
Às 7h14min (de Brasília), a bolsa de valores de Londres subia 0,49%, a de Paris se mantinha estável com queda marginal de 0,01% e a de Frankfurt avançava 0,23%. Já a de Milão caía 0,23%, a de Madri ganhava 0,71% e a de Lisboa registrava alta de 0,95%.
6:00 – Bolsas da Ásia fecham sem direção única
As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta quinta-feira, 31. O índice japonês Nikkei subiu 1,02% em Tóquio, a 41.069,82 pontos, após o Boj mais uma vez deixar sua principal taxa de juros em 0,5%, nível em que se encontra desde janeiro, e elevar projeções de inflação.
Na China continental, o Xangai Composto teve baixa de 1,18%, a 3.573,21 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto reucou 1,39%, a 2.175,10 pontos, após PMIs oficiais da indústria e de serviços do país caírem mais do que o esperado em julho.
Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi caiu 0,28% em Seul, a 3.245,44 pontos, e o Hang Seng registrou queda de 1,60% em Hong Kong, a 24.773,33 pontos, enquanto o Taiex avançou 0,34% em Taiwan, a 23.542,52 pontos.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho hoje, interrompendo uma sequência de três pregões de ganhos. O índice S&P/ASX 200 recuou 0,16% em Sydney, a 8.742,80 pontos.
Acompanhe ao longo do dia, ao vivo, os desdobramentos do mercado em meio a tensões sobre aplicação de tarifas de 50% dos EUA contra o Brasil.