- A antiga TradersClub entrou com uma tutela cautelar contra a research de Felipe Miranda, que em outubro divulgou um relatório com ‘10 motivos para shortear TRAD3’
- Juíza chegou a acatar parte dos argumentos do TC, determinando que a casa de análises divulgasse uma complementação de relatório aos assinantes
- Na quarta-feira (17), a Empiricus conseguiu a suspensão da liminar até o julgamento colegiado, sob a condição de não publicar relatórios sobre os balanços trimestrais do TC
Os conflitos entre TC (TRAD3) e a Empiricus subiram de nível na semana passada. A antiga TradersClub entrou com uma tutela cautelar contra a research de Felipe Miranda, que em outubro divulgou um relatório com ‘10 motivos para shortear TRAD3’.
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Um dos objetivos seria fazer com que a Empiricus declarasse em todos os conteúdos referentes ao TC que é concorrente da empresa. A juíza Renata Mota Maciel chegou a acatar parte dos argumentos da plataforma, determinando que a casa de análises divulgasse uma complementação de relatório aos assinantes, reconhecendo a concorrência entre as duas companhias e o potencial conflito de interesses.
Na quarta-feira (17), a Empiricus conseguiu a suspensão da liminar até o julgamento colegiado, sob a condição de não publicar relatórios sobre os balanços trimestrais do TC. Na decisão de suspensão, tomada pelo relator desembargador Grava Brazil, ele explicou que não vê a research e a plataforma como concorrentes.
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Além disso, o próprio TC admitiria não ter um competidor direto em documentos e não teria reivindicado ‘conflito de interesse’ quando outras casas de análise publicaram recomendações positivas às ações da companhia.
“Não se pode deixar de observar que um dos principais influenciadores e membro da empresa agravada (Rafael Ferri) divulgou na rede social “Instagram” um relatório positivo apresentado pela empresa “Eleven” referente às ações da agravada, sendo que neste relatório também não há, ao que tudo indica, informações acerca da existência de conflito de interesses, tampouco questionamento da empresa agravada neste sentido, que se mostra contraditório com a pretensão autoral, sobretudo em razão da aparente parceria existente entre a empresa agravada e a empresa “Eleven”, afirma o relator desembargador.
Relembre
No dia 26 de outubro, a Empiricus soltou o relatório recomendando aos assinantes que ‘shorteassem’ os papéis do TC. Na prática, shortear significa montar uma posição vendida para lucrar com a queda de determinada ação. Os motivos listados para o ‘short’ incluíram fatores como valuation inflado, baixa diversificação de receita, irregularidade de atuação e negócio pouco inovador.
Na visão da research, o TC seria uma ‘fake tech’, ou seja, uma empresa que se passa por companhia de tecnologia. O relatório da Empiricus caiu como uma bomba nas ações da plataforma, que chegaram a cair 10,17% no pregão após a publicação da recomendação de short.
Desde o IPO, a plataforma para investidores acumula uma queda de 33%, saindo do patamar de R$ R$9,50 para os atuais R$ 6,36.
Procuradas pelo E-Investidor, a Empiricus e TC não quiseram comentar.
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