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- Os bancos divulgaram projeções (guidances) otimistas, baseadas principalmente no aumento da carteira de crédito, contudo, enfrentarão simultaneamente um cenário ainda de alta de juros e inflação
- O mercado deve ficar de olho também na inadimplência, que esteve sob controle no quarto trimestre, mas que tem sinalizado ligeira alta, embora ainda abaixo de patamares históricos
Marcia Furlan – Os quatro maiores bancos com ações negociadas na Bolsa de Valores brasileira – Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Santander e Bradesco – já divulgaram seus balanços referentes ao quarto trimestre de 2021 e apresentaram resultados mistos, com os dois primeiros surpreendendo o mercado positivamente e os outros dois ficando um pouco aquém das expectativas.
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As instituições iniciaram 2022 com um desempenho bom frente ao Ibovespa, em virtude, em grande parte, da avaliação de investidores de que os papéis estão baratos em comparação ao que valem efetivamente.
Mas, segundo analistas, o ambiente econômico e político neste ano será desafiador. Os bancos divulgaram projeções (guidances) otimistas, baseadas principalmente no aumento da carteira de crédito, contudo, enfrentarão simultaneamente um cenário ainda de alta de juros e inflação, que pode comprometer a evolução de empréstimos e exigir um reforço das provisões para devedores duvidosos.
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Com isso, o mercado deve ficar de olho também na inadimplência, que esteve sob controle no quarto trimestre, mas que tem sinalizado ligeira alta, embora ainda abaixo de patamares históricos. Na opinião do analista do Inter, Matheus Amaral, com o maior endividamento das famílias e uma expectativa de desaceleração econômica, além do juros altos, é esperado um avanço normal da inadimplência para níveis pré-pandemia nos próximos meses.
Outra missão das instituições será tentar elevar a receita com serviços e reverter parte das perdas que tiveram com o forte crescimento do Pix. Os quatro bancos juntos deixaram de ganhar R$ 1,5 bilhão no ano passado com a substituição pelos clientes de DOCs e TEDs, por exemplo, pelo novo sistema de transferência do Banco Central. Uma das saídas apontadas por especialistas é tentar ganhar com outros produtos, como consórcios e seguros, ou assessoria financeira. “Vejo o setor convivendo com um ambiente desafiador, mas com grande capacidade de ajustes rápidos para priorizar rentabilidade”, afirma Pedro Galdi, da Mirae Asset.
Rodrigo Crespi, a analista da Guide Investimentos, aponta que há um importante potencial de aumento da rentabilidade dos grandes bancos por meio da melhora do mix de crédito, o que também poderia contribuir para proteger as margens. Além disso, as instituições devem seguir com seus esforços em reduzir despesas, como foi verificado na temporada de balanços do quarto trimestre, quando, segundo ele, o Itaú Unibanco se destacou positivamente, enquanto que Bradesco demonstrou desempenho abaixo do esperado.
Com relação às recomendações para esta semana, a Ativa manteve apenas uma ação, Bradesco PN, em sua carteira Top Picks em relação à semana passada. Saíram Gerdau PN, Grupo Soma ON, Locaweb ON e Via ON e entraram no lugar Embraer ON, EzTec ON, Cosan ON e Santander Unit.
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O BB Investimento manteve apenas Multiplan. Retirou Brasilagro ON, Bradespar PN, Itaú PN e Petrobras PN e colocou Equatorial Energia ON, Hypera ON, JSL ON e Rede D’Or ON.
A Elite trocou quatro ações. Chegaram Gerdau PN, Marfrig ON , Petrobras PN e Vale ON no lugar de Ânima ON, Bradesco PN, Cyrela ON e Via ON. Petrorio ON foi mantida.
A Guide retirou de sua carteira Petrobras PN e Suzano ON e colocou Banco do Brasil ON e PetroRio ON. Ficaram Bradesco PN, TIM ON e Vale ON.
A Mirae Asset deixou apenas Gerdau PN e tirou Cosan ON, JHSF ON, Vale ON e Weg ON, para colocar no lugar Petrobras PN, Randon PN, Santos Brasil ON e Vale ON.
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Foram três trocas na MyCap. Petrorio ON, Telefônica Vivo ON e Vale ON entraram no lugar de 3R Petroleum, Energias do Brasil ON e Gerdau PN. Foram mantidos Banco ABC Brasil PN e Rumo ON.
A Órama seguirá com Enauta ON, Porto Seguro ON e Taesa Unit Petrobras PN na próxima semana, mas trocou Brasil Agro ON, BR Malls ON e Petrobras PN por Blau Farmacêutica ON, Cielo On e Taesa Unit.
Na carteira da Planner ficaram Ferbasa PN, Gerdau PN e Vale ON e saíram BB Seguridade ON e Copel PNB para dar lugar a JHSF ON e Unifique ON.
A Terra fez apenas uma alteração, trocou Carrefour ON por Natura ON e deixou Bradesco PN, Cemig PN, Klabin Units e Usiminas PNA.
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