Vale (VALE3): a visão do mercado sobre o relatório de vendas do 3TRI23

Nos primeiros minutos de pregão, as ações caíram 1,47%, cotadas a R$ 66,85. O pessimismo reflete dúvidas do mercado sobre os resultados da mineradora para o terceiro trimestre. O balanço do 3tri23 sai em 26 de outubro, após o fechamento do mercado.

Segundo os dados da companhia, a produção de minério de ferro pela Vale (VALE3) no terceiro trimestre deste ano caiu 4% em relação a igual período de 2022, alcançando 86,24 milhões de toneladas, afetada pela menor produção de run-of-mine (ROM), o minério bruto, do complexo de Paraopeba e à menor produção de Serra Norte.

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Por outro lado, houve um aumento de 6% na venda de minério de ferro no terceiro trimestre em comparação ao mesmo período do ano passado. Esse crescimento está relacionado pela condição mais favorável de mercado e também pelo estoque formado ao longo do primeiro semestre. Os números vieram em linha com as expectativas da Genial, que projeta resultados atraentes para a companhia.

“Acreditamos que a Companhia irá se beneficiar não só de uma receita mais alta, mas também de maior capacidade na diluição de custo fixo durante o segundo semestre de 2023”, disseram os analistas da corretora em relatório publicado nesta quarta-feira (18).

Com essa perspectiva, a corretora projeta um crescimento de 85% do lucro líquido da companhia no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre do ano e mantém a recomendação de compra para o papel com preço-alvo de R$ 82,50, o que representa uma valorização de 21,59% em relação à cotação do pregão de terça (17).

O Itaú BBA também avaliou como positivo os resultados de venda e produção da Vale (VALE3). O banco destacou, além do crescimento no volume de vendas, a qualidade média do portfólio da mineradora, que subiu de 62,3% para 62,9% no último trimestre. “No geral, continuamos confortáveis com a nossa estimativa de EBITDA de 4,6 mil milhões de dólares para o 3T23”, informou o Itaú BBA que classifica o papel como “Outperform”, equivale a compra.

No entanto, a percepção otimista não foi unânime no mercado. A Ativa destacou a redução do prêmio “all-in” que passou de US$ 4,5 por tonelada no segundo trimestre de 2023 para US$ 3,8 por tonelada no último trimestre em função da menor contribuição de pelotas (tipo de minério de ferro).

Essa queda pode representar menores margens quando da divulgação do resultado. “Temos uma percepção geral neutra dos dados divulgados pela companhia”, informou a Ativa em relatório. No entanto, os analistas enxergam um potencial de valorização de 23,8% no papel ao estabelecer um preço-alvo de R$ 84.

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