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- Empresas brasileiras e internacionais esperam que o fim de ano traga resultados positivos que podem se refletir em ganhos para os investidores
- Apesar de o setor de varejo ter se destacado no início da pandemia, em 2021 a situação mudou, com o aumento da inflação e da taxa de juros. Ao observar o desempenho do Ibovespa, as empresas do setor figuram na ponta negativa no acumulado do ano
- Além do e-commerce, investidores também devem ficar atentos aos papéis do setor de turismo, como hotéis e companhias aéreas
O Natal está chegando, mas o comércio eletrônico já é impulsionado em novembro com datas como ‘Dia dos Solteiros’, Cyber Monday e Black Friday. Empresas brasileiras e internacionais esperam que o fim de ano traga resultados positivos que podem se refletir em ganhos para os investidores.
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Entre os destaques internacionais estão Amazon (NASDAQ: AMZN, B3: AMZO34), Mercado Livre (NASDAQ: MELI, B3: MELI34), Alibaba (NASDAQ: BABA, B3: BAB34). Já na Bolsa brasileira, Magazine Luiza (MGLU3), Lojas Americanas (LAME4 e AMER3) e Via (VIIA3) são os principais nomes.
Apesar de o setor de varejo ter se destacado no início da pandemia, em 2021 a situação mudou, com o aumento da inflação e da taxa de juros. Ao observar o desempenho do Ibovespa, as empresas do setor figuram na ponta negativa no acumulado do ano.
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De acordo com pesquisa da plataforma Pelando com 350 consumidores de todo o Brasil, 85,7% dos brasileiros têm intenção de fazer compras durante a Black Friday. Considerando o conjunto de quem vai fazer compras na data, 84% afirmaram preferir estabelecimentos on-line.
O levantamento também apontou que Magazine Luiza, Amazon e Lojas Americanas são, respectivamente, as lojas mais apontadas como local de compra.
Desempenho
Cristiane Fensterseifer, analista da Empiricus, aponta que o período de aquecimento das vendas de fim de ano pode dar fôlego para o setor e animar investidores. “Essas datas são drivers importantes para impulsionar o resultado das empresas nos próximos trimestre e essa expectativa é refletida nas ações”, aponta. Segundo a especialista, o Magazine Luiza e o Mercado Livre devem se destacar pela estrutura das empresas.
Empresas que integram on-line e lojas físicas, especialmente aquelas voltadas para vestuário, devem ter um impulso. “As companhias estão sendo bastante agressivas no marketing voltado para os dias de promoção. Isso provoca otimismo para que torne, consequentemente, receita”, aponta Fensterseifer.
Gustavo Akamine, analista da Constância Investimentos, diz que a reabertura plena de lojas físicas em shoppings centers provocou um nível de vendas maior que o esperado. “As vendas do varejo estão acima do nível pré-epidêmico, o que tem ligação com a reabertura das lojas, que sofreram com a limitação de horário”, aponta.
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Para a Genial Investimentos, apesar da revisão negativa do preço-alvo para R$ 12 por conta de possíveis questões trabalhistas e do cenário macroeconômico, a Via teve um grande destaque na atuação em marketplace no terceiro trimestre. Houve um crescimento 133% em GMV (Gross Merchandise Value, indicador de volume de transações) em relação ao mesmo período do ano passado.
Guilherme Zanin, estrategista da Avenue Securities, avalia que o último trimestre tende a ser positivo, após analisar as empresas listadas nas Bolsas americanas e na B3 como Brazilian Depositary Receipts (BDR). Ele ainda aponta que eventos como ‘Dia dos Solteiros’, Cyber Monday e Black Friday devem influenciar também as empresas brasileiras.
Além disso, ele destaca que esse período vai ser essencial para mostrar, de fato, como está a reabertura das atividades e serviços. “A expectativa é que, por conta das restrições de lojas físicas e do aumento do fluxo de compras on-line durante a pandemia, as pessoas estejam mais acostumadas a fazer compras on-line, provocando bons resultados este ano”, sugere Zanin.
Segundo Zanin, além do e-commerce, investidores também devem ficar atentos aos papéis do setor de turismo, como hotéis e companhias aéreas. “Com a reabertura das fronteiras internacionais, esses setores têm chances de se reerguer neste período de compras”, indica.
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Porém, o aumento da inflação consequente de uma demanda reprimida pode ser preocupante. “O aumento do preço pode retrair o consumidor, mas os indicadores da China durante o ‘Single Day’ [11/11] que funcionam como termômetro para Black Friday e Natal estão maiores que o esperado pelo mercado”, afirma Zanin.