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Após prejuízo de US$ 1,1 bilhão, empresa aérea vê recuperação nos voos

Compras de passagens levaram o fluxo de caixa livre ficar positivo, embora o rombo mensal continue

Após prejuízo de US$ 1,1 bilhão, empresa aérea vê recuperação nos voos
Foto: Pixabay
  • Companhia espera que a procura pelos voos de longa distância seja finalmente retomada este ano, com o relaxamento das restrições ligadas à covid-19 e a ampliação da cobertura das vacinas
  • Apesar das crescentes expectativas, a empresa de transportes aéreos não mudou sua previsão de capacidade para 2021, atualmente em 40% dos níveis anteriores à pandemia
  • Compras sólidas de passagens levaram o fluxo de caixa livre para o território positivo pela primeira vez no trimestre, embora o rombo mensal continue na casa de 200 milhões de euros, seguindo previsões anteriores

(William Wilkes, WP/Bloomberg) – A Deutsche Lufthansa AG espera que a procura pelos voos de longa distância seja finalmente retomada este ano, com o relaxamento das restrições ligadas à covid-19 e a ampliação da cobertura das vacinas, o que traz algum otimismo após um prejuízo de 952 milhões de euros (US$ 1,13 bilhão) no segundo trimestre.

A América do Norte pode reabrir para o fim da temporada de verão no hemisfério norte e o mesmo pode ocorrer com a Ásia no fim do ano, disse a empresa em comunicado na quinta-feira. Apesar das crescentes expectativas, a empresa de transportes aéreos não mudou sua previsão de capacidade para 2021, atualmente em 40% dos níveis anteriores à pandemia.

O prejuízo operacional no segundo trimestre superou a média de 766 milhões de euros nas previsões de analistas, mas não alcançou o prejuízo de 1,7 bilhão de euros do ano anterior. Compras sólidas de passagens levaram o fluxo de caixa livre para o território positivo pela primeira vez no trimestre, embora o rombo mensal continue na casa de 200 milhões de euros, seguindo previsões anteriores.

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Os três maiores grupos de empresas aéreas da Europa começam a enxergar uma saída para a crise do coronavírus conforme os governos regionais relaxam as regras que derrubaram essa indústria, mas uma parcela significativa de suas atividades continua ligada a rotas de longa distância que seguem fechadas. A IAG SA, dona da British Airways, disse na semana passada que oferecerá apenas 45% da capacidade de 2019 neste trimestre, enquanto a Air France-KLM planeja ocupar até 70% dos assentos habituais, retomando o lucro.

Os números mostram “flechas verdes de recuperação”, disse o analista Daniel Roeska, da Sanford C. Bernstein, em nota enviada por e-mail, acrescentando que há muito trabalho pela frente para concluir uma reestruturação mais ampla do grupo.

O valor das ações do grupo recuou cerca de 13% desde o início do ano.

O grupo, a quem pertencem também Swiss Airlines, Austrian Airlines e a empresa de voos baratos Eurowings, disse ter progredido no refinanciamento do seu pacote de resgate governamental de 9 bilhões de euros com a emissão de títulos, mas a dimensão e o momento de uma rodada de capitalização ainda não foram definidos.

“É impossível tornar o Lufthansa Group lucrativo novamente com a rapidez desejada sem implementar novas reduções de custos”, disse Remco Steenbergen, diretor financeiro da Lufthansa.

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A Lufthansa disse que já alcançou as metas anuais de redução de custos para 2021 com a ajuda de programas voluntários de redundância. Em junho, a empresa aérea disse que queria reduzir as despesas anuais em 3,5 bilhões de euros até 2024 para alcançar uma margem de lucro de 8%, nível alcançado somente uma vez nos cinco anos anteriores à pandemia.

A atual escassez global de capacidade aérea de transporte levou a unidade de carga da Lufthansa a apresentar um resultado recorde no primeiro semestre, ajudando a reduzir o prejuízo do grupo. A divisão anunciou um EBIT ajustado de 326 milhões de euros no segundo trimestre, uma alta ante os 299 milhões de euros de um ano atrás. A empresa aérea também disse esperar que as elevadas tarifas de transporte persistam no segundo semestre com a oferta limitada.

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