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- A Santos Brasil (STBP3), 10ª colocada no Prêmio Broadcast Empresas, projeta um crescimento de margens e escala em 2023
- O otimismo é apoiado por fatores como o maior mix de produtos, investimentos estratégicos promovidos nos últimos anos e disciplina de capital
- No último ano, pagamento de dividendos e juros sobre o capital próprio foi o maior realizado pela empresa nos últimos dez anos
A Santos Brasil (STBP3), 10ª colocada no Prêmio Broadcast Empresas, projeta um crescimento de margens e escala em 2023. O otimismo é apoiado por fatores como o maior mix de produtos, investimentos estratégicos promovidos nos últimos anos e disciplina de capital, segundo o CEO da companhia de logística, Antonio Carlos Sepúlveda.
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“A empresa busca aplicar capital com disciplina em ativos irreplicáveis, enquanto mantém o controle absoluto do opex (custos)”, afirma o executivo em entrevista ao Broadcast. Com isso, vê a empresa resiliente para lidar com o cenário macroeconômico global ainda desafiador, com alta taxa de juros e menor movimentação de carga.
Entre os investimentos recentes, o CEO destaca o início das operações no Porto do Itaqui (MA) em novembro do ano passado, inaugurando a atuação da Santos Brasil no setor de granéis líquidos. O aporte da companhia no terminal de transporte de combustíveis está estimado em R$ 600 milhões, entre 2022 e 2026, ano em que a capacidade deve chegar a 100%.
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O aumento de participação no segmento de granel líquido está nos planos da companhia, ainda de acordo com o executivo. “Vamos continuar investindo para diversificar”, diz. No entanto, isso deve ser feito sem abrir mão da operação já consolidada no Porto de Santos, que hoje corresponde a cerca de 80% da receita da empresa.
Já no segmento de logística, os investimentos devem ser focados em pessoal e tecnologia, ainda de acordo com o executivo. “Essa área já está super bem arrumada. Não vamos investir em ativos, o plano é seguir com o modelo asset light”, afirma.
Em 2022, os investimentos da companhia somaram R$ 406,4 milhões, 69,5% mais que em 2021. O guidance é de R$ 500 milhões a R$ 650 milhões para investimentos orgânicos (capex) para 2023, aumento de 23% a 60% ante o ano anterior. Em relação ao Ebitda, projeta que a cifra fique entre R$ 1 bilhão e R$ 1,2 bilhão em 2023, salto de 23% a 48% na comparação anual.
Para Sepúlveda, as projeções de crescimento refletem os ventos favoráveis internos da empresa, já que as incertezas econômicas globais seguem no radar. “Não é um momento de crescimento forte na economia, mas a empresa está preparada”, avalia, citando que a Santos Brasil não possui dívidas. Como fatores positivos, destaca também a boa demanda e contratos de longo prazo.
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Com isso, a empresa planeja entregar dividendos significativos em 2023, seguindo a estratégia de 2022. A distribuição de proventos aos acionistas da companhia referentes ao exercício social do ano passado chegou a R$ 535 milhões. O pagamento de dividendos e juros sobre o capital próprio foi o maior realizado pela empresa nos últimos dez anos.
No início de junho, os papéis da Santos Brasil acumulavam alta próxima de 50% em um período de 12 meses. O executivo atribui o desempenho do papel à familiaridade dos investidores com a companhia, listada desde 2006, e com o setor. “O mercado identificou que a empresa seguirá bem posicionada pelos próximos anos, com previsão de bons resultados”, afirma.