Negócios

Bradesco (BBDC4) muda toda estrutura de diretorias; veja como vai ficar

Banco reconfigura unidades de negócio que responderão diretamente ao presidente, Marcelo Noronha

Bradesco (BBDC4) muda toda estrutura de diretorias; veja como vai ficar
Bradesco. (Foto: Nilton Fukuda/Estadão)

A diretoria do Bradesco (BBDC4) passará por uma transformação de organização na nova configuração do banco. O conglomerado terá seis unidades de negócio que responderão diretamente ao presidente, Marcelo Noronha, e unidades de suporte para questões estruturais. De acordo com apresentação do banco nesta quarta, as unidades de negócio serão das áreas de Atacado, Wealth Management (gestão de patrimônio), Varejo, Negócios Digitais, Crédito, Tesouraria e Pesquisas Econômicas. Além disso, as unidades de suporte serão de áreas como operação, riscos, tecnologia e recursos humanos (RH).

Em Negócios Digitais e em RH, o banco contratará executivos de fora. Nas demais, a estrutura deve contar com profissionais que já fazem parte da organização. No Wealth e no Atacado, como mostrou o Broadcast, foram promovidos Guilherme Leal e Bruno Boetger. Antes, o Bradesco estava organizado em vice-presidências, que cuidavam das diferentes áreas do banco e respondiam ao presidente. A Bradesco Seguros, que tem como presidente Ivan Gontijo, também respondia diretamente ao presidente do banco.

De acordo com o Bradesco, a nova estrutura terá menos patamares hierárquicos, com maior autonomia para os executivos. A ideia é reduzir a complexidade e acelerar a tomada de decisões por parte do banco, que terá ainda um novo modelo de avaliação de desempenho e benefícios. Para desenhar o plano, o Bradesco tomou como base o que considera como seus pontos fortes, por exemplo os 71 milhões de clientes ativos e a liderança nos principais segmentos do varejo bancário e também no mercado de seguroBs.

Crédito e tecnologia

Um dos objetivos do banco no longo prazo, a partir da execução das mudanças, é elevar a participação no crédito expandido do mercado brasileiro a algo entre 15% e 19%, contra os cerca de 14% atuais. “Crédito é âncora de principalidade e desafio para as fintechs, que só têm 3% de participação”, afirma a apresentação.

O Bradesco acredita que o mercado bancário brasileiro voltado a pequenas e médias empresas deve dobrar de tamanho em cinco anos. No caso do varejo de baixa renda, chamado de massificado, o banco afirma que há um desafio do mercado com os custos de operação.

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No banco, uma das apostas é na evolução da estrutura tecnológica para plataformas modulares e na aceleração da migração para a nuvem. Haverá uma equipe sênior dedicada exclusivamente à transformação do banco, com a execução do plano simultânea a outras estratégias.