O que este conteúdo fez por você?
- Mesmo com crises recentes envolvendo fake news e regulação, as ações se recuperaram rapidamente
- No primeiro trimestre de 2020, o Facebook atingiu pela primeira vez a marca de 3 bilhões de usuários ativos
- É uma das bigtechs com o maior caixa líquido disponível, e apresenta recuperação rápida em momentos de baixa
(Isadora Rupp/Especial para o E-Investidor) – Um projeto que começou despretensioso se tornou uma das marcas de tecnologia mais importantes e valiosas do mundo. Em 2003, Mark Zuckerberg, Dustin Moskovitz e Chris Huges, todos estudantes da Universidade de Harvard, desenvolveram uma rede social exclusiva para o campus. A ideia deu certo: dois anos depois, Zuckerberg criou o Facebook nos moldes como conhecemos. O sucesso foi imenso. Hoje, a empresa, que também é detentora de outras redes sociais como o Instagram e WhatsApp, atingiu 3 bilhões de usuários ativos por mês.
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Só no primeiro semestre de 2020, o lucro líquido do Facebook foi de US$ 4,9 bilhões e há um caixa líquido de US$ 49,5 bilhões. Assim como outras empresas do setor de tecnologia, o Facebook acabou se beneficiando com a pandemia: mais tempo em casa e sem a possibilidade de encontrar família e amigos pessoalmente, o uso de redes sociais e de toda a comunicação remota se tornou ainda maior.
Estreante no mercado acionário em 2012, o Facebook passa por altos e baixos ao longo dos anos, sobretudo quando há escândalos de privacidade, como o revelado em 2018, de que a agência de marketing político Cambridge Analytica captou ilegalmente dados de 50 milhões de usuários da rede para usar na campanha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Mais recentemente, o Facebook vem sendo pressionado a tomar medidas rígidas contra a disseminação de conteúdos racistas e de ódio na rede.
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Em 2018, com o escândalo dos dados vazados, a perda de mercado do Facebook foi de US$ 80 bilhões. Apesar das articulações recentes, com empresas retirando seus anúncios das redes sociais comandadas pelo Facebook, o impacto nas ações foi pontual, e rapidamente recuperado. Para se ter uma ideia dos ganhos de quem apostou nela no mercado financeiro, em 2012, US$ 38 pagavam uma ação da gigante das redes sociais. Na segunda-feira (20), o pregão encerrou com os papéis em alta, a US$ 245,42. A maior queda dos últimos seis meses não foi impulsionada pelas pressões sobre o conteúdo, mas sim pela crise que abateu o mercado financeiro em março de 2020: no dia 16 daquele mês, as ações caíram para US$ 146, quando vinham mantendo uma média de US$ 220 desde janeiro.
Na análise da doutora em Administração e professora do IAG – Escola de Negócios da PUC-RJ, Graziela Fortunato, a pressão sobre regulação e fake news pouco afetou o Facebook pelo fato de a companhia ser sustentável a longo prazo e contar com um bom caixa. “É algo até surpreendente não ter afetado. Mas o investidor entende que há espaço para apostar, pela natureza do negócio”. Outro fator que deixa o investimento em bigtechs como o Facebook vantajoso é que existe dinheiro e disposição do mercado financeiro. “Se formos pegar a bolsa brasileira, que chegou a 102 mil pontos. Com qual fundamento? Com política ruim, com criação de mais tributos. Mas há dinheiro circulando, e o investidor quer assumir riscos com empresas que estão inovando”.
Comprando ações do Facebook
Para se associar somente às empresas de Zuckerberg, é preciso abrir conta em uma corretora de valores do exterior. Dessa forma, é possível investir o capital que se deseja (sendo que não há necessidade de comprar uma ação inteira, ou lote de ações – analistas que atuam no setor orientam que esse aporte seja de pelo menos US$ 200, para compensar as taxas de corretagem e IOF).
Do Brasil, também se pode comprar BDRs (Brazilian Deposit Recipts), certificados que representam ações de empresas do exterior (opção disponível para profissionais ou para quem tem mais de R$ 1 milhão investido). Outra maneira simples de ter participação no Facebook é via ETFs (Exchange Traded Funds). O investidor pode aplicar no índice de ativos das bolsas americanas (o S&P 500), que reúne as maiores empresas dos EUA. Mas, nesse caso, várias outras companhias do setor de tecnologia e de outros segmentos são inclusas.
Adriana orienta a quem deseja investir diretamente via corretora de valores nos EUA coloque os custos de corretagem e de transações em dólar na ponta do lápis. “O Facebook é uma empresa com bons indicadores. Mas o investidor tem que entender que bolsa, seja aqui ou nos EUA, é ativo de risco. Não coloque um dinheiro que você precisa para amanhã. Também não indico para quem tem aversão a perdas. O mercado sobe e desce”.
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