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- Quem for ao Parque Bruno Covas, em São Paulo, encontrará uma estrutura nova construída às margens do Rio Pinheiros: o “Floating Bar”, bar flutuante da Heineken
- O lançamento crava mais uma aposta da Heineken para gerar valor aos investidores nos próximos anos
- Em entrevista exclusiva ao E-Investidor, o CEO da companhia no Brasil, Mauricio Giamellaro, diz que objetivo é estar no “coração e no copo” do consumidor e entregar consistência aos acionistas
Quem for ao Parque Bruno Covas, em São Paulo, encontrará uma estrutura nova construída às margens do Rio Pinheiros. É o “Floating Bar”, bar flutuante da Heineken (AMS:HEIA), cujos ingressos estarão disponíveis a partir das 17h desta quarta-feira (27), no site da iniciativa.
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O lançamento é mais um movimento do aniversário de 150 anos da marca, que aposta na diversidade e sustentabilidade como fatores importantes para gerar valor aos investidores nos próximos anos. A ação acompanha um movimento global das empresas de ampliar os investimentos para a agenda ESG (governança ambiental, social e corporativa, na sigla em inglês) à medida em que os investidores ficam cada vez mais atentos aos critérios socioambientais.
A intervenção não foi fruto da aleatoriedade, mas faz parte do movimento “Green Your City”, criado pela marca para ressignificar espaços urbanos. O caso do Rio Pinheiros resume bem essa visão: antes do processo de despoluição, iniciado em meados de 2019, era impensável qualquer atividade próxima às águas em função do mau cheiro. Contudo, ainda há muito trabalho pela frente e o objetivo é que o Floating Bar traga mais visibilidade para ações sustentáveis no Rio.
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“O bar flutuante é um espaço que não tem fim lucrativo. Toda a renda que nós tivermos na venda de produtos vai ser revertida para ações de revitalização do rio e ONGs ligadas ao SOS Mata Atlântica”, afirma Mauricio Giamellaro, CEO da Heineken no Brasil em entrevista exclusiva ao E-Investidor. A expectativa é que o bar arrecade cerca de R$ 1 milhão durante as seis semanas de operação.
“Quando falamos que vamos fazer cerveja com energia verde, isso também é bom para o nosso resultado porque mostramos para o nosso consumidor, principalmente para as gerações mais novas, que sabemos onde queremos chegar e, principalmente, como fazer isso”, afirmou o executivo. Segundo ele, o objetivo é estar no “coração e no copo” do consumidor e entregar consistência aos acionistas.
Para Mauro Homem, vice-presidente de sustentabilidade & assuntos corporativos da Heineken no Brasil, não há outro caminho senão aderir a práticas sustentáveis. “Sustentabilidade hoje já não é uma função opcional, é uma questão de utilidade do negócio e tem impacto concreto no nosso resultado e nas nossas atividades”, diz.
Em julho deste ano, a cervejaria holandesa divulgou o balanço relativo ao primeiro semestre de 2023, reportando lucro líquido de 1,16 bilhão de euros – pouco menor do que o ganho de 1,27 bilhão de euros apurado no mesmo período do ano passado. Na data, as ações recuaram e 4,5% na Bolsa de Amsterdã. No acumulado dos últimos 12 meses, os papéis caem 5,94, cotados a 84,2 euros.
Em conversa com o E-Investidor, Homem detalhou como a companhia enxerga a sustentabilidade nos negócios.
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E-Investidor – A marca acaba de completar 150 anos. Qual o peso da sustentabilidade nos negócios?
Mauro Homem – Fazendo um resgate dos 150 anos da marca, os primeiros atributos que nos vêm à cabeça são sua história e tradição de qualidade reconhecidas no mundo todo. Por aqui, essa credencial se traduz na apresentação da cerveja puro malte que, além de tornar o Brasil o maior país consumidor de Heineken no mundo. O consumidor quer apreciar uma cerveja de qualidade, mas também quer uma marca que seja responsável e atenta às demandas da sociedade. E é assim que estamos construindo o futuro, trazendo sustentabilidade para o centro da estratégia do Grupo Heineken e para a forma como fazemos negócio.
Pode dar alguns exemplos?
Nossa verdinha tem sido pioneira na forma de conectar com consumidor com a agenda ambiental por meio da plataforma Green Your City. Quando falamos em metas, até 2030, 50% dos pontos de venda de Heineken em 19 capitais terão acesso à energia renovável e 80% das embalagens de vidro serão retornáveis, endereçando uma questão complexa para toda a indústria de bebidas. Além disso, em parceria com o projeto Floresta de Bolso, implantaremos microflorestas urbanas em 19 capitais, colaborando para a melhoria da qualidade do ar, manutenção do clima, controle de enchentes e regeneração do bioma original.
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Qual a importância de financiamento verde e ESG para a estrutura de capital da empresa?
O financiamento verde e o investimento em práticas robustas da agenda ESG são essenciais para a efetividade dos objetivos de descarbonização não só das empresas, mas também de toda a cadeia de valor na qual estão inseridas a longo prazo. Além de se preocupar com os impactos inerentes à própria operação, na busca de valor econômico e relevância social do negócio, é preciso que as empresas tenham um olhar para todos os atores dessa operação, agindo para que se relacionem sempre com as melhores práticas de sustentabilidade em cada etapa do seu processo.
O ESG tem três fatores que servem como base. O ambiental, o social e a governança. Tanto no G de Governança quanto no S de social, a diversidade e liderança representativa são importantes indicadores. Como a companhia dá o seu exemplo?
Nós temos a agenda ESG no centro da nossa estratégia de negócios e olhamos para todos os pilares da sigla com o mesmo peso. Há dois anos, criamos uma vice-presidência de Sustentabilidade para elevar o nível de maturidade dessas discussões e levar o tema para o centro da tomada de decisão do negócio. Quando olhamos para diversidade, incluindo nas posições de liderança, estabelecemos metas importantes como a de ter 50% dos nossos cargos de liderança ocupados por mulheres até 2026 e a de alcançar 40% das posições de liderança preenchidos com pessoas negras até 2030.
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Existe conflito entre adotar uma política empresarial mais consciente, com propósito sustentável e gerar lucro?
O Grupo tem de forma intrínseca à sua estratégia de negócio a estratégia de sustentabilidade. Entendemos que o lucro deve acontecer com uma lógica de minimização dos impactos socioambientais negativos numa trajetória futura de regeneração, ou seja, geração de impacto positivo. Essa é a materialização do nosso valor de respeito e cuidado com as pessoas e o planeta.
Com 150 anos de trajetória, o que ainda podemos esperar da Heineken?
Além de todas as iniciativas que visam uma sociedade e planeta mais prósperos destacadas acima, queremos fomentar relações mais equilibradas com o consumo de álcool e, por isso, estamos investindo continuamente em campanhas de incentivo ao consumo responsável. Neste mês, por exemplo, investimos R$ 80 milhões na nossa cervejaria de Araraquara para duplicar a capacidade de produção da versão zero álcool e chegar cada vez mais perto do nosso compromisso de ter 100% dos pontos de venda de marca Heineken abastecidos por sua versão zero álcool até 2025. Estivemos presentes no The Town como patrocinadora master no primeiro ano do festival e o objetivo é economizar mais de 10 toneladas de resíduos. Queremos continuar marcando presença nos principais e maiores eventos culturais do país, sempre reforçando nosso pilar de sustentabilidade, espalhando nossas mensagens ao público e consumidores.
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