- Na Magazine Luiza, 43% do Conselho de Administração é composto por mulheres, isto é, dos 7 cargos disponíveis, três são ocupados por executivas
- Em segundo lugar aparece o Santander, com 33% do conselho administrativo composto por mulheres. A medalha de bronze do ranking fica com a TIM, que tem 30% de executivas no board.
- O estudo feito pela Teva Indices ainda apurou que a representatividade feminina total dentro dos Conselhos de Administração subiu apenas 1,2% em comparação ao ano passado. Dos 1846 cargos analisados, apenas 214 são ocupados por mulheres
O caminho para a equidade de gênero no mercado financeiro ainda é longo, mas as mulheres estão conquistando cada vez mais espaço e pequenos avanços já podem ser vistos. Até agosto deste ano, por exemplo, elas representavam 24,85% das pessoas físicas na B3, cerca de 742 mil investidoras. O número representa um salto de 72% em relação ao primeiro mês do ano.
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Ao considerar as empresas de capital aberto, a que melhor representa essa mudança em direção a maior participação feminina é a Magazine Luiza, apontada como a companhia com maior igualdade no Conselho de Administração.
O órgão, que é responsável por fazer planejamentos estratégicos, orientar e supervisionar atividades, possui sete cargos. Desses, três são ocupados por mulheres na Magalu – isto é, 43% dos conselheiros. Os dados são do relatório ‘Teva Indices ESG Mulheres no Conselho’, divulgado em parceria com a Easynvest.
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Em segundo lugar aparece o Santander, com 33% do conselho administrativo composto por mulheres. A medalha de bronze do ranking fica com a TIM, que tem 30% de executivas no board. Tanto o banco, quanto a empresa de telefonia, possuem três especialistas na posição de conselheiras, variando apenas o número total de cargos disponíveis. Na sequência aparecem Telefônica, Natura e Renner (com 25% cada), Engie (22%) Suzano (20%), B3 (18%) e Vale (15%).
O estudo considerou como critério de seleção a capitalização mínima de R$ 300 milhões, de acordo com dados do fechamento de 31 de agosto, e excluiu empresas em recuperação judicial que não tenham pelo menos 1% das ações em livre circulação no mercado. Segundo Gabriel Verea, CEO da Teva Indices, o levantamento indica a importância de medir quantitativamente determinados objetivos. “Observamos que a disparidade da representatividade feminina nos conselhos de administração ainda é grande”, afirma. “Chamar a atenção para esses números deixa claro a urgência em promover mudanças.”
A Teva ainda apurou que a participação feminina total dentro dos Conselhos de Administração subiu apenas 1,2% em comparação ao ano passado. Dos 1846 cargos analisados, apenas 214 são ocupados por mulheres. Em 2019, eram 194 conselheiras. Outro dado preocupante é que 48% das companhias participantes do levantamento não possuem mulheres dentro do Conselho. Entretanto, há três anos a situação era pior, com 64% das companhias sem nenhuma executiva no board.
Veja o ranking:
Nome | Tickers | Número de mulheres no Conselho de Administração | Número total de cargos | % de mulheres no Conselho de Administração |
Magazine Luiza | MGLU3, MGLU3F | 3 | 7 | 43% |
Santander | SANB11, SANB11F, SANB3, SANB3F, SANB4, SANB4F | 3 | 9 | 33% |
TIM | TIMP3, TIMP3F | 3 | 10 | 30% |
Telefônica | VIVT3, VIVT3F, VIVT4, VIVT4F | 3 | 12 | 25% |
Natura&CO | NTCO3, NTCO3F | 3 | 12 | 25% |
Lojas Renner | LREN3, LREN3F | 2 | 8 | 25% |
Engie Brasil | EGIE3, EGIE3F | 2 | 9 | 22% |
Suzano | SUZB3, SUZB3F | 2 | 10 | 20% |
B3 | B3SA3, B3SA3F | 2 | 11 | 18% |
Vale | VALE3, VALE3F | 2 | 13 | 15% |