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Magazine Luiza é a empresa da Bolsa com a maior participação feminina. Veja o ranking

Na companhia, 43% dos cargos no Conselho Administrativo são ocupados por mulheres

Magazine Luiza é a empresa da Bolsa com a maior participação feminina. Veja o ranking
Luiza Trajano no evento Expo Magalu. Foto: Felipe Rau/Estadão
  • Na Magazine Luiza, 43% do Conselho de Administração é composto por mulheres, isto é, dos 7 cargos disponíveis, três são ocupados por executivas
  • Em segundo lugar aparece o Santander, com 33% do conselho administrativo composto por mulheres. A medalha de bronze do ranking fica com a TIM, que tem 30% de executivas no board.
  • O estudo feito pela Teva Indices ainda apurou que a representatividade feminina total dentro dos Conselhos de Administração subiu apenas 1,2% em comparação ao ano passado. Dos 1846 cargos analisados, apenas 214 são ocupados por mulheres

O caminho para a equidade de gênero no mercado financeiro ainda é longo, mas as mulheres estão conquistando cada vez mais espaço e pequenos avanços já podem ser vistos. Até agosto deste ano, por exemplo, elas representavam 24,85% das pessoas físicas na B3, cerca de 742 mil investidoras. O número representa um salto de 72% em relação ao primeiro mês do ano.

Ao considerar as empresas de capital aberto, a que melhor representa essa mudança em direção a maior participação feminina é a Magazine Luiza, apontada como a companhia com maior igualdade no Conselho de Administração.

O órgão, que é responsável por fazer planejamentos estratégicos, orientar e supervisionar atividades, possui sete cargos. Desses, três são ocupados por mulheres na Magalu – isto é, 43% dos conselheiros. Os dados são do relatório ‘Teva Indices ESG Mulheres no Conselho’, divulgado em parceria com a Easynvest.

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Em segundo lugar aparece o Santander, com 33% do conselho administrativo composto por mulheres. A medalha de bronze do ranking fica com a TIM, que tem 30% de executivas no board. Tanto o banco, quanto a empresa de telefonia, possuem três especialistas na posição de conselheiras, variando apenas o número total de cargos disponíveis. Na sequência aparecem Telefônica, Natura e Renner (com 25% cada), Engie (22%) Suzano (20%), B3 (18%) e Vale (15%).

O estudo considerou como critério de seleção a capitalização mínima de R$ 300 milhões, de acordo com dados do fechamento de 31 de agosto, e excluiu empresas em recuperação judicial que não tenham pelo menos 1% das ações em livre circulação no mercado. Segundo Gabriel Verea, CEO da Teva Indices, o levantamento indica a importância de medir quantitativamente determinados objetivos. “Observamos que a disparidade da representatividade feminina nos conselhos de administração ainda é grande”, afirma. “Chamar a atenção para esses números deixa claro a urgência em promover mudanças.”

A Teva ainda apurou que a participação feminina total dentro dos Conselhos de Administração subiu apenas 1,2% em comparação ao ano passado. Dos 1846 cargos analisados, apenas 214 são ocupados por mulheres. Em 2019, eram 194 conselheiras. Outro dado preocupante é que 48% das companhias participantes do levantamento não possuem mulheres dentro do Conselho. Entretanto, há três anos a situação era pior, com 64% das companhias sem nenhuma executiva no board.

Veja o ranking:

Nome Tickers Número de mulheres no Conselho de Administração Número total de cargos % de mulheres no Conselho de Administração
Magazine Luiza MGLU3, MGLU3F 3 7 43%
Santander SANB11, SANB11F, SANB3, SANB3F, SANB4, SANB4F 3 9 33%
TIM TIMP3, TIMP3F 3 10 30%
Telefônica VIVT3, VIVT3F, VIVT4, VIVT4F 3 12 25%
Natura&CO NTCO3, NTCO3F 3 12 25%
Lojas Renner LREN3, LREN3F 2 8 25%
Engie Brasil EGIE3, EGIE3F 2 9 22%
Suzano SUZB3, SUZB3F 2 10 20%
B3 B3SA3, B3SA3F 2 11 18%
Vale VALE3, VALE3F 2 13 15%

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