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Como a XP avalia a performance de Nubank e Inter para o 1tri23

Taxas de juros e inadimplência tornam cenário 'mais desafiador que o previsto'

Como a XP avalia a performance de Nubank e Inter para o 1tri23
Taxas de juros e inadimplência tornam cenário 'mais desafiador que o previsto'. (Foto: Matheus Lombardi/XP/Divulgação)
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  • Apesar dos desafios, a XP vê os neobancos mantendo o impulso de crescimento e avançando na monetização da base de clientes

A XP Investimentos avalia que o ambiente para as fintechs e neobancos durante o primeiro trimestre deste ano foi ainda mais desafiador do que o previsto, principalmente devido à combinação de: taxas de juro elevadas; taxas de inadimplência ligeiramente mais elevadas; incertezas relativas ao setor financeiro, com a sequência da falência de bancos estrangeiros; acontecimentos adversos no mercado de crédito; e rumores de um teto sendo estabelecido para crédito rotativo em cartões de crédito.

No entanto, apesar dos desafios, a XP vê os neobancos mantendo o impulso de crescimento e avançando na monetização da base de clientes.

Em relação ao Inter, a casa acredita que será outro trimestre de expansão em sua base de clientes. No entanto, não espera um aumento significativo na receita média mensal por cliente ativo (ARPAC) no trimestre.

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“Como resultado, ainda vemos um aumento da receita líquida de juros (NII) no primeiro trimestre, o que deve subsidiar uma melhoria marginal no lucro líquido no período (R$ 34,8). Embora o ritmo de crescimento da rentabilidade pareça abaixo das expectativas geradas pela meta de 5 anos (30% do ROE, o retorno sobre o capital, e R$ 5 bilhões em lucro líquido), vemos o banco promovendo os avanços necessários para melhorar a alavancagem operacional e, consequentemente, o lucro líquido e o ROE”, dizem os analistas Bernardo Guttmann, Matheus Guimarães e Rafael Nobre.

Já sobre o Nu, a XP espera que a aquisição de clientes da companhia permaneça forte no primeiro trimestre, consolidando ainda mais sua posição como uma das maiores instituições financeiras do Brasil em termos de clientes e apresentando um ROE ascendente na operação brasileira. Na frente financeira, apesar da sazonalidade negativa do primeiro trimestre, a corretora prevê uma melhora contínua em sua receita líquida de juros (NII) contribuindo cada vez mais para seu resultado final, apesar da deterioração marginal nos créditos não performados (NPL) no trimestre.

Quanto à Méliuz, a corretora prevê mais um trimestre com prejuízo líquido, devido à parceria comercial com o Banco BV ainda em seus estágios iniciais. A expectativa é de leve aumento de 10% na comparação com o primeiro trimestre de 2022 na receita líquida, em grande parte impulsionado por uma maior taxa de serviço líquida (+60 pontos-base na comparação anual, para 2,6% no primeiro trimestre), que mais do que compensou o crescimento suave do valor bruto de mercadoria (GMV) (+6% ante base anual).

“Nas compras internacionais (Picodi) prevemos, mais uma vez, um trimestre em declínio (-72% ano contra ano). Este deve ser o último trimestre antes do lançamento do acordo comercial com a BV, que deve impulsionar receitas de serviços financeiros daqui para frente. Como resultado, esperamos mais um trimestre de prejuízo líquido (R$ 12,7 milhões)”, dizem os analistas da casa. “No entanto, os resultados não devem ditar o preço das ações no curto prazo”, completam.

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