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Negócios

Como Ray Dalio garantiu alguns bilhões a mais para se aposentar

Depois de relutar, o fundador do maior fundo de hedge do mundo acabou convencido em deixar o cargo de CEO

Por Rob Copeland e Maureen Farrell, New York Times

01/03/2023 | 17:30 Atualização: 01/03/2023 | 17:30

Ray Dalio constantemente atraía holofotes com frases polêmicas que afetavam o desempenho da empresa. Foto: Brian Snyder / Reuters
Ray Dalio constantemente atraía holofotes com frases polêmicas que afetavam o desempenho da empresa. Foto: Brian Snyder / Reuters

Quando Ray Dalio, fundador multibilionário do maior fundo de hedge do mundo, o Bridgewater Associates, anunciou sua aposentadoria em outubro, tanto ele como a empresa que fundou há mais de quatro décadas trataram a notícia como algo a se festejar.

Leia mais:
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Dalio, 73 anos, disse aos seus milhões de seguidores no LinkedIn que estava “muito contente com as pessoas” para quem havia entregado as rédeas da empresa. E um dos dois novos CEOs da Bridgewater, Nir Bar Dea, enviou uma mensagem entusiasmada aos clientes: “a transição do Ray está concluída!”.

Mas nem Dalio, conhecido por sua crença na “transparência radical”, nem a Bridgewater disseram na época, ou desde então, que ele não tinha aceitado tão fácil a proposta de aposentadoria. Sua saída – em parte estimulada por comentários polêmicos feitos por ele na televisão sobre o histórico de violações de direitos humanos da China – ocorreu após mais de seis meses de discussões exaltadas nos bastidores sobre quanto dinheiro seus sucessores na empresa estavam dispostos a pagar ao bilionário para que ele se aposentasse.

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No fim, Dalio, com um patrimônio líquido estimado em US$ 19 bilhões, concordou em renunciar ao controle de todas as decisões-chave na Bridgewater apenas se a empresa aceitasse dar a ele um valor que pode chegar a bilhões de dólares em pagamentos regulares nos próximos anos por meio de uma classe especial de ações.

Esses acordos secretos foram descritos por meia dúzia de atuais e ex-funcionários da Bridgewater, que afirmaram estar correndo o risco de irritar Dalio e poderiam ser processados pela empresa caso se manifestassem publicamente. Em uma reunião interna no ano passado durante o auge das negociações para sua saída da empresa, Dalio descreveu o fundo de hedge como seus “direitos patrimoniais”, de acordo com um funcionário, e indicou que esperava ser compensado por isso.

Dalio não respondeu aos convites de posicionamento.

A Bridgewater, que administra aproximadamente US$ 125 bilhões em nome de sistemas de previdências públicas e fundos soberanos, está lidando com uma situação que está se tornando cada vez mais comum em todo o mundo corporativo americano. Os fundadores de empresas grandes e pequenas parecem não querer abrir mão do controle ou estão sendo convidados a retomá-lo quando há turbulências.

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Recentemente, Marc Benioff, da gigante da tecnologia Salesforce, voltou à liderança da empresa que cofundou em 1999 e demitiu cerca de oito mil pessoas. Howard Schultz, agora em seu terceiro mandato como CEO da Starbucks, parece ter a intenção de acabar com as iniciativas em toda a empresa para sindicalizar os trabalhadores das lojas.

Os fundadores do Google, Larry Page e Sergey Brin, entraram e saíram da empresa várias vezes. No ano passado, Bill Conway, um dos fundadores da gigante de investimentos Carlyle, assumiu as rédeas da empresa outra vez depois que um CEO deixou o cargo repentinamente, e ajudou a escolher um novo este mês.

Embora as batalhas nas salas da diretoria possam parecer muito distantes das preocupações dos trabalhadores americanos comuns, os conflitos na gerência executiva muitas vezes geram danos para o baixo escalão. No mundo dos investimentos, reviravoltas podem ser uma distração tão grande que o desempenho dos fundos é impactado, afetando os aposentados e outros que contam com retornos constantes de seus gestores de investimentos.

Muitos fundadores, mesmo depois de venderem a maior parte de suas participações, mantêm o poder porque detêm uma classe especial de ações que lhes concede mais direitos de voto do que as ações regulares e permite que eles continuem com o controle sobre as decisões da empresa.

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A relação de Dalio com a Bridgewater vai muito além disso. Ele já foi o CEO, diretor de investimentos e presidente da empresa – às vezes sozinho, outras com parceiros e por vezes ocupando todos os cargos ao mesmo tempo.

Por outro lado, Dalio descrevia a si mesmo publicamente como uma espécie de guru da gestão, promovendo uma filosofia incomum no local de trabalho que ele chama de “transparência radical”. A essência dela é que a Bridgewater grava a maioria das reuniões de funcionários e as transmite para toda a empresa, como prova de que é um lugar onde verdades difíceis podem ser faladas abertamente.

Ele comentou que classificava os funcionários em categorias como “disposto a importunar o outro” e “rápido para aprender com os erros”. Sob seu comando, a Bridgewater gastou milhões de dólares com um software personalizado para iPad para que os funcionários avaliassem uns aos outros em tempo real numa escala de 1 a 10 em dezenas de categorias de personalidade.

Em 2017, Dalio publicou “Princípios”, um livro best-seller no qual compartilhou suas regras de liderança. (“Esteja disposto a ‘atirar nas pessoas que você ama’”, dizia um deles.) Desde então, ele se tornou um palestrante regular em eventos TED e é bastante ativo no Twitter.

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Dalio e a Bridgewater começaram a falar dos planos para a aposentadoria dele há mais de uma década, em 2009, quando ele disse à firma e a seus clientes que começaria a renunciar a algumas responsabilidades. Isso provou-se fácil na teoria, mas difícil na prática. A Bridgewater avaliava um grupo aparentemente infinito de aspirantes a CEOs enquanto Dalio encontrava razões para rejeitar quase todos eles e vice-versa.

Uma ex-coCEO, Eileen Murray, processou a empresa por discriminação depois de deixar a Bridgewater em 2020, uma questão posteriormente resolvida fora dos tribunais. Ela dividia o cargo com David McCormick, que deixou o posto há pouco mais de um ano para concorrer nas primárias republicanas na Pensilvânia para o Senado, as quais acabou perdendo.

Durante todo esse período, Dalio dava sinais contraditórios em relação a sua saída ou permanência na empresa, dizendo aos funcionários e aos investidores que deixaria a Bridgewater quando tivesse certeza de que o líder certo estava no comando.

Em meados de 2018, a Bridgewater disse que se tornaria uma sociedade como parte de um plano de longo prazo para transferir o controle do fundador. Em teoria, isso deveria ter transformado a empresa em uma organização controlada por seus principais funcionários, no lugar de um único homem.

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Mas Dalio não perdeu tempo e disse aos colegas que não estava interessado em simplesmente passar o bastão, de acordo com os atuais e ex-funcionários. Ele abordou dezenas de executivos – na época, a Bridgewater tinha aproximadamente 1.500 funcionários em tempo integral – e disse a eles que teriam de comprar suas ações com o próprio dinheiro, segundo alguns desses profissionais.

Dalio se ofereceu para arranjar empréstimos de dez anos para aqueles que não tivessem recursos para adquiri-las, de acordo com dois ex-funcionários. Caso não aceitassem a proposta, ele deu a entender que deveriam considerar deixar a empresa, afirmaram as fontes. Entretanto, mesmo depois de vender suas ações para os colegas, diminuindo sua participação societária, suas ações de fundador o mantinham no controle.

Dalio também não se afastou dos holofotes, muitas vezes atraindo críticas. Em uma entrevista à CNBC em 2021, ele desprezou as preocupações com o histórico de violações de direitos humanos da China, comparando o governo do país a um “pai rígido”. (A Bridgewater faz a gestão de bilhões de dólares para empresas parcialmente controladas pelo governo chinês.)

“Devo deixar de investir nos Estados Unidos por conta da nossa liderança nos direitos humanos?”, questionou.

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Os comentários atraíram a reprovação de Washington, onde o senador Mitt Romney os classificou como um “triste lapso moral”. Os clientes ligaram para a Bridgewater e perguntaram se as opiniões de Dalio representavam as da empresa, disseram duas pessoas a par do ocorrido. A Bridgewater nunca falou do tema publicamente, embora Dalio tenha dito depois que havia se posicionado de forma descuidada.

O bafafá parece não ter atenuado seus pontos de vista. Internamente, Dalio reforçou uma regra que determina que ele próprio deve revisar e editar a newsletter da empresa sobre economia com amplo alcance, a Daily Observations, no caso de qualquer menção à China, para que outros não diminuam seus elogios, disse uma das fontes.

Até então, embora alguns na Bridgewater ainda nutrissem um apreço por Dalio e sua história na empresa, outros estavam furiosos. Isso deixou Bar Dea, um dos coCEOs, com a missão de acelerar as negociações para tirar seu chefe do controle para sempre, disseram duas pessoas a par da questão. Ex-major das forças de defesa de Israel e relativamente novato no mundo dos investimentos, Bar Dea, agora com 41 anos, entrou na Bridgewater em 2015 para realizar pesquisas econômicas e subiu rapidamente na hierarquia.

Em janeiro de 2022, ele foi promovido ao cargo principal ao lado de Mark Bertolini, ex-CEO da Aetna, no entanto, atuais e ex-funcionários dizem que é ele quem mais lida com Dalio.

A conversa entre os líderes seniores da Bridgewater e Dalio prolongou-se durante boa parte de 2022, com Dalio insistindo que não iria simplesmente entregar o trabalho de sua vida.

No fim, as duas partes fecharam um acordo de valor exorbitante. Dalio abriria mão de seus cargos, assumiria um novo papel como “mentor dos CIOs e do comitê de investimentos” e permaneceria como membro do conselho do fundo de hedge, de acordo com um anúncio da Bridgewater. (No mês passado, a Bridgewater disse aos clientes que Bertolini desistiria da função de coCEO para se tornar um “mentor de CEO”.)

Dalio também recebeu uma nova classe especial de ações pessoais chamadas informalmente pela empresa de “ações de Ray”, que lhe pagam o equivalente a um dividendo robusto antes de qualquer outra pessoa na empresa, disseram duas fontes com conhecimento do assunto.

Com base nesses acordos – assim como no tempo de vida de Dalio e por quanto tempo a Bridgewater sobreviverá – os pagamentos podem chegar a bilhões de dólares.

Embora a Bridgewater tenha conseguido lucros consideráveis para os investidores nos três primeiros trimestres de 2022, o principal fundo da empresa caiu no quarto trimestre, poucos meses depois da saída de Dalio em outubro. Em janeiro, ele caiu mais 7%, enquanto as ações subiram bastante.

Isso coloca uma forte pressão sobre a empresa para mudar as coisas. A Bridgewater deixou de divulgar os ativos que tem sob gestão em seu site. De seu pico com cerca de US$ 160 bilhões, o valor caiu para cerca de US$ 125 bilhões no final do ano passado, de acordo com as fontes.

Nesse meio tempo, Bar Dea começou a desmantelar algumas partes do legado de Dalio. A Bridgewater abandonou muitos dos “Princípios” e das ferramentas de avaliação associadas a eles. Dar um feedback sem rodeios uns aos outros – um exemplo forte da “transparência radical” de Dalio – agora é opcional, segundo os funcionários atuais.

Entretanto, algumas das mudanças feitas por Bar Dea têm um toque dos métodos antigos do fundo de hedge. Recentemente, ele começou a dizer aos funcionários que está elaborando sua própria lista de “Princípios”.

Tradução: Romina Cássia

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