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Após estrear na B3, BDRs do Inter sobem 1%

Ao migrar para a Nasdaq, o Inter seguirá sob controle da família Menin, que deterá ações de classe B

Após estrear na B3, BDRs do Inter sobem 1%
Inter deve retomar plano de reestruturação societário no curto prazo (Foto: Divulgação)

Por Matheus Piovesana – Os Brazilian Depositary Receipts (BDRs) do Banco Inter sobem perto de 1% na B3 hoje, primeiro dia em que são negociados no mercado brasileiro. A estreia dos recibos é o primeiro estágio da mudança da listagem do Inter, que na próxima quinta, estreia ações de classe A na Nasdaq, em Nova York, sob o código INTR.

Os BDRs listados na B3 são lastreados nas ações americanas, e equivalem a uma ação cada. Há pouco, subiam 0,96%, a R$ 21. O mercado brasileiro operava em alta de 0,44%, enquanto as bolsas permaneciam fechadas em Wall Street diante de um feriado nos Estados Unidos. Um referencial para o Inter eram os BDRs do Nubank, que subiam 0,34%, a R$ 2,99.

O banco entregou BDRs aos acionistas que detinham as ações listadas na B3 na última sexta-feira, que foi o último dia de negociação das ONs, PNs e Units. Parte dos acionistas receberam pagamento em dinheiro pelas posições para as quais solicitaram retirada, de acordo com o rateio calculado pelo Inter.
Os acionistas receberão os BDRs em seus extratos até quarta, 22. A partir desta data, poderão solicitar a conversão dos recibos em ações de classe A. No primeiro mês, ou seja, até o dia 22 de julho, o banco subsidiará os custos operacionais associados a essa conversão.

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O Inter estreará em Nova York em momento menos propício para ações de empresas de alto crescimento, que costumam demandar robustos volumes de capital para fazer frente à expansão. Com a alta dos juros nos Estados Unidos, os preços dessas companhias sofreram forte correção. O Nubank cai 63% neste ano, queda semelhante à que as Units do Inter acumularam na B3 até sexta.

No final de maio, a diretora financeira e de relações com investidores do banco, Helena Caldeira, disse ao Broadcast que o Inter não se assusta com o ambiente menos amigável, e que neste momento, não precisa de capital novo. O banco pretende ampliar a extração de receita dos clientes para reforçar sua lucratividade nos próximos trimestres.

Ao migrar para a Nasdaq, o Inter continuará sob o controle da família Menin, que deterá ações de classe B, com 10 votos cada. Com isso, segundo o banco, será possível realizar aquisições sem diluir o grupo controlador, por exemplo.