Comportamento

PIX pelo mundo: como o pagamento instantâneo funciona em outros países

Pagamento instantâneo digital que caiu no gosto do brasileiro já está presente em mais de 50 países

PIX pelo mundo: como o pagamento instantâneo funciona em outros países
Pix Garantido deve ser lançado no segundo semestre de 2022 pelo BC. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
  • Lançado no Brasil em novembro de 2020, o Pix caiu no gosto do público.
  • O sistema de pagamento instantâneo digital está presente em mais de 50 países e é uma tendência em todo o mundo graças à redução de custos que possibilita.
  • O Pix brasileiro é uma referência em segurança, sendo mundialmente conhecido.

O Pix, uma forma de pagamento instantâneo digital, foi lançado no Brasil em novembro de 2020 e virou um queridinho por ser fácil, rápido e sem custos para os usuários. Ele já era uma alternativa para os pagamentos à vista e, recentemente, passou a oferecer a opção de parcelamento — o Pix Parcelado ou Pix Garantido.

Já parou para se perguntar se esse tipo de serviço funciona em outros lugares? A resposta é “sim”. A tecnologia existe em mais de 50 países. Saiba como é o Pix pelo mundo.

Reino Unido

No Reino Unido, a tecnologia de transferência monetária instantânea e sem intermediários existe há mais de 10 anos, de acordo com Graziela Fortunato, especialista em Finanças Pessoais e professora da Escola de Negócios da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).

O Faster Payments tem alta adesão dos britânicos. A média é de 7 milhões de transações diárias, totalizando 5,4 bilhões de libras esterlinas, o equivalente a cerca de R$ 39,5 bilhões.

Estados Unidos

Nos Estados Unidos também existem aplicativos que permitem que os usuários transfiram dinheiro instantaneamente, como o Venmo e o Zelle.

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Segundo o Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed), entre 2022 e 2023, será lançado o Fednow. O serviço permitirá que todos os bancos nos EUA ofereçam opções de pagamento em tempo real e todos os dias da semana, com transferências concluídas em segundos.

Austrália

A Austrália tem o New Payments Platform (NPP), também uma tecnologia para transações financeiras mais rápidas.

Com o NPP, o usuário pode fazer pagamentos instantâneos entre contas de qualquer instituição financeira participante da plataforma 24 horas por dia. O dinheiro fica disponível na conta de destino em segundos.

Índia

Segundo a FIS, fornecedora mundial de soluções de tecnologia para comerciantes, bancos e empresas do mercado de capitais, a Índia é o país que lidera o ranking em transações instantâneas.

Os indianos têm o Immediate Payment Service (IMPS), que funciona de forma semelhante à transferência eletrônica disponível (TED) brasileira e ao Unified Payments Interface (UPI), que utiliza smartphones para alimentar várias contas bancárias em um único aplicativo móvel para qualquer banco participante.

O país é considerado um exemplo, pois conseguiu incluir nos sistemas milhares de cidadãos sem conta-corrente em banco.

China

Na China, o Internet Banking Payment System (IBPS) lida principalmente com transações de pagamento interbancário de varejo via internet, permitindo que clientes enviem pagamentos online e obtenham resultados em tempo real. O IBPS foi colocado em operação em todo o país em agosto de 2010.

O pagamento em tempo real da China é referência para outros lugares, já que é o país que tem o segundo maior número de transações instantâneas por dia — mais de 38 milhões.

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O cenário de pagamentos digitais chinês é dominado pelos aplicativos WeChat, da Tencent, e AliPay, do grupo Alibaba. Segundo o estudo Flavors of Fast, da FIS, as duas carteiras combinadas concentram aproximadamente 90% do mercado, ou seja, formam um duopólio.

Benefícios do pagamento instantâneo

O objetivo do pagamento instantâneo é aumentar a eficiência dos sistemas financeiros e reduzir os custos e a intermediação. Todas essas vantagens já foram obtidas pelos países que aderiram ao pagamento instantâneo digital.

No Brasil, conforme explica Fortunato, o Pix, além de promover a eficiência, aumentou a competitividade entre as instituições financeiras. Para a especialista, isso é um ponto superpositivo, pois reduz custos.

“Os serviços financeiros precisam reduzir o agente intermediário. Não faz mais parte da realidade a pessoa ter que pagar uma taxa, como o documento de ordem de crédito (DOC) ou a TED, para fazer uma transferência de dinheiro”, pontua Fortunato.

A professora afirma ainda que a modernização e a facilitação do serviço são uma tendência em todo o mundo graças à redução de custos que possibilita. Ela complementa que, no Brasil, diminuir custos é fundamental para a eficiência do sistema.

Fonte: Cointimes, Money & Life, Graziela Fortunato, especialista em Finanças Pessoais e professora da Escola de Negócios da PUC-Rio

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