A Petrobras (PETR3; PETR4) fechou o primeiro trimestre de 2024 com lucro líquido de R$ 23,7 bilhões, 37,9% a menos do que há um ano, e 23,7% menor do que o registrado no trimestre anterior, segundo comunicado da estatal à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta segunda-feira (13).
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A queda no lucro já era esperada por analistas e agentes do mercado financeiro, mas veio quase 17% abaixo do esperado pela pesquisa Prévias Broadcast. Mesmo assim, analistas ressaltam o resultado mais sólido do ponto de vista operacional.
A receita de vendas no período caiu 15,4%, para R$ 117,72 bilhões, frente ao primeiro trimestre de 2023, e caiu 12,3% em relação ao quarto trimestre. Já o Ebitda, que mede a capacidade de geração de caixa da companhia, ficou em R$ 60 bilhões no primeiro trimestre de 2024, queda de 17,2% contra igual período de 2023, e recuo de 10,2% em relação ao quarto trimestre de 2023.
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A dívida líquida da empresa subiu para US$ 43,64 bilhões, valor 16,1% superior ao registrado no primeiro trimestre de 2023, mas 2,4% menor do que o registrado ao fim do quarto trimestre do ano passado. Já os investimentos do trimestre em questão subiram 22,6% ante o mesmo período de 2023 e caíram 14,5% ante o trimestre imediatamente anterior, para US$ 3 bilhões.
Dividendos menores
O conselho de administração da Petrobras aprovou hoje o pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) da ordem de R$ 13,45 bilhões relativos ao resultado do primeiro trimestre de 2024. O provento equivale a uma remuneração de R$ 1,04 por ação ordinária e preferencial. O pagamento será feito em duas parcelas iguais de R$ 0,52 por ação em 20 de agosto e, depois, em 20 de setembro.
O montante veio 45,5% abaixo dos dividendos de R$ 24,7 bilhões relativos a igual período do ano passado. A redução está ligada não só a um balanço menor, mas, também, à mudança na fórmula de cálculo dos dividendos, que caiu de 60% para 45% do fluxo de caixa livre, implementada em julho de 2023.
Apesar da redução, a regularidade dos dividendos da Petrobras sob o governo Lula vinha surpreendendo positivamente o mercado com valorização do papel, à exceção dos dias que se seguiram à retenção dos dividendos extraordinários de 2023, decisão revertida em assembleia de acionistas no fim de abril.
União
Dona de 36,6% do capital da empresa, via Tesouro, Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e seu braço de participações, o BNDESPar, a União vai ficar com R$ 4,92 bilhões dos dividendos aprovados nesse primeiro trimestre de 2024.
Em 2022, a União ficou com cerca de R$ 79 bilhões do total de R$ 215,7 bilhões distribuídos a acionistas relativos àquele exercício.
Dividendos anteriores
Em 2023, a Petrobras distribuiu R$ 94,4 bilhões, o que inclui R$ 72,4 de proventos ordinários e mais R$ 22 bilhões extraordinários, metade do valor apurado. A outra metade, informou a empresa, está em reserva de remuneração e pode ser distribuída em parcelas até o fim deste ano. Em 2022, foram R$ 215,7 bilhões distribuídos a acionistas relativos ao exercício daquele ano
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