Air Fryer ou Forno Elétrico qual gasta mais energia em casa Foto: AdobeStock
A praticidade na cozinha ganhou reforço nos últimos anos com a popularização de aparelhos como a air fryer e o forno elétrico. Ambos prometem agilizar o preparo de receitas e dispensar o uso do gás de cozinha, mas a escolha entre um e outro pode ter consequências diferentes na conta de luz. Afinal, qual deles consome mais energia?
Para responder a essa pergunta, é preciso analisar dois aspectos principais: a potência do equipamento e o tempo médio de uso diário. A potência indica o quanto de energia o aparelho exige para funcionar, e nesse quesito a diferença é grande entre os dois.
Os modelos de air fryer disponíveis no mercado variam bastante em potência. Os mais compactos costumam ter cerca de 600 watts (W), enquanto as versões maiores — como as do tipo forno — chegam a 2.200 W. Já o forno elétrico apresenta um consumo ainda maior, com potência que pode partir de 2.000 W e alcançar até 6.000 W, conforme o tamanho e da tecnologia.
Na prática: quem consome mais?
Para ilustrar esse cenário, considere uma simulação baseada em valores médios de mercado. Comparando o uso diário de uma air fryer de 1.400 W e um forno elétrico de 4.000 W, ambos utilizados por uma hora por dia ao longo de 30 dias. A tarifa energética considerada é a praticada pela distribuidora Light, que atende o estado do Rio de Janeiro: R$ 0,84173 por quilowatt-hora (kWh).
Aplicando a fórmula de consumo (Potência x Tempo de uso ÷ 1000), temos:
Air Fryer: 1.400 W × 1 h ÷ 1000 = 1,4 kWh por dia;
Em 30 dias: 1,4 kWh × 30 = 42 kWh por mês;
Custo mensal: 42 kWh × R$ 0,84173 = R$ 35,35.
Forno Elétrico: 4.000 W × 1 h ÷ 1000 = 4 kWh por dia;
Em 30 dias: 4 kWh × 30 = 120 kWh por mês;
Custo mensal: 120 kWh × R$ 0,84173 = R$ 101,01.
A diferença no valor final é evidente: o forno elétrico representa quase três vezes mais gasto energético que a air fryer em uma rotina de uso semelhante. Isso se deve à sua maior potência, necessária para aquecer volumes maiores de alimento e manter temperaturas elevadas por períodos prolongados.
Nem sempre a resposta é simples
Apesar dos números, a escolha do aparelho mais econômico pode depender da frequência de uso e do tipo de preparo. Quando a air fryer é acionada várias vezes ao longo do dia para fazer porções reduzidas, seu gasto de energia ao fim do mês pode igualar — ou até superar — o do forno elétrico, caso este seja usado de forma mais esporádica.
Além disso, há questões de funcionalidade: enquanto a air fryer é ideal para receitas rápidas e porções menores, o forno elétrico oferece maior capacidade e versatilidade para assar, gratinar e preparar pratos mais elaborados.
Para quem busca eficiência energética, o ideal é avaliar o perfil de uso doméstico. Se o objetivo for preparar refeições rápidas e em pequenas quantidades, a air fryer pode ser uma aliada econômica. Já para famílias grandes ou preparos mais robustos, o forno elétrico pode se justificar, mesmo com o custo energético mais elevado.
Independente da escolha, o consumidor pode conferir a tarifa de energia praticada na sua cidade no site da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e, assim, fazer suas próprias simulações de consumo na conta de luz.