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Foto: Adobe Stock"
Na busca por conforto em dias quentes, escolher a potência correta do ar-condicionado é fundamental para garantir um ambiente climatizado sem pesar na conta de energia. A potência do aparelho é medida em BTUs (British Thermal Units) e, se for inadequada ao tamanho do cômodo, pode aumentar o consumo elétrico desnecessariamente.
Por que a potência certa é tão importante?
Um ar-condicionado com potência abaixo do recomendado precisa trabalhar mais para atingir a temperatura desejada, o que aumenta o gasto de energia e reduz a vida útil do aparelho. Por outro lado, um modelo muito potente para um espaço pequeno resfria rapidamente, mas liga e desliga com frequência, gerando picos de consumo.
Como calcular a potência ideal
Para determinar a potência ideal do ar-condicionado, é necessário considerar o tamanho do ambiente e outros fatores que influenciam a temperatura, como incidência de sol, número de pessoas e a quantidade de eletrônicos em uso.
A tabela a seguir oferece uma estimativa básica para diferentes espaços, conforme o Estadão:
- Quartos pequenos (até 12 m²): 9.000 BTUs
- Salas médias (de 12 m² à 20 m²): 12.000 BTUs
- Ambientes maiores (acima de 20 m²): 18.000 BTUs ou mais
4 dicas do Inmetro para gastar menos ao usar o ar-condicionado
Além de escolher a potência correta, algumas práticas ajudam a reduzir o consumo de energia. Para evitar surpresas no fim do mês, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) orienta sobre medidas simples que ajudam a reduzir o consumo sem comprometer a refrigeração dos ambientes:
1. Escolha do aparelho faz diferença
Na hora de adquirir um novo ar-condicionado, é fundamental estar atento à classificação de eficiência energética. Optar por modelos com selo de eficiência “A” pode representar uma grande economia ao longo do tempo. Embora esses aparelhos possam ter um custo inicial mais alto, o menor consumo de energia compensa o investimento, reduzindo os gastos mensais com eletricidade.
2. Ajustes no ambiente ajudam na economia
A configuração do espaço onde o ar-condicionado será utilizado também influencia diretamente no consumo de energia. Manter portas e janelas fechadas evita a entrada de ar quente, reduzindo o esforço do aparelho para manter a temperatura desejada. O uso de cortinas, persianas e vedadores de frestas também contribui para a eficiência do sistema de refrigeração.
3. Temperatura ideal e mitos sobre resfriamento
Muitos usuários acreditam que programar o equipamento para temperaturas muito baixas acelera o resfriamento do ambiente, o que não é verdade. O Inmetro recomenda que a temperatura seja ajustada para 23°C, equilibrando conforto térmico e consumo energético. Configurar o termostato para temperaturas extremas pode sobrecarregar o aparelho, aumentando o gasto de energia sem melhorar a refrigeração.
4. Manutenção preventiva evita desperdício
Outro fator essencial para garantir a eficiência do ar-condicionado é a manutenção periódica. A limpeza dos filtros deve ser feita regularmente, pois o acúmulo de poeira e sujeira compromete o desempenho do equipamento, elevando o consumo de eletricidade. Seguir as recomendações do fabricante para inspeção e substituição de peças é indispensável para prolongar a vida útil do aparelho e evitar gastos desnecessários.
Ainda segundo o Inmetro, o objetivo é conscientizar os consumidores sobre boas práticas que resultem em economia e eficiência. Já que, com pequenos ajustes na rotina e escolhas mais criteriosas, é possível reduzir o impacto do uso do ar-condicionado na conta de luz.
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Colaborou: Gabrielly Bento.