No Brasil, a prática conhecida popularmente como “gato” na rede elétrica tem sido uma alternativa arriscada adotada por algumas pessoas para reduzir ou até eliminar o custo da conta de luz. No entanto, essa ação, além de ser crime, pode trazer graves consequências tanto para os responsáveis quanto para a comunidade em geral.
Como funciona a fraude na energia elétrica?
O “gato” é uma ligação irregular na rede elétrica feita sem a autorização da concessionária responsável pelo fornecimento de energia. Essa prática pode ocorrer de diversas maneiras, como a manipulação do medidor de consumo para reduzir os valores registrados ou o desvio direto da eletricidade antes que ela passe pelo sistema de controle.
Embora alguns considerem essa alternativa como um meio de economizar, os prejuízos associados a essa conduta superam qualquer aparente vantagem.
Consequências legais e financeiras
A legislação brasileira classifica essa fraude como crime de furto, conforme o Código Penal, prevendo penas que variam de um a quatro anos de prisão, além de multas. Quando identificada, a concessionária de energia pode cobrar retroativamente os valores consumidos indevidamente, gerando uma dívida para o infrator.
Perigos para a segurança pública
Além das implicações jurídicas, a ligação clandestina representa um risco significativo para a segurança das pessoas e da infraestrutura elétrica. Entre os principais perigos, destacam-se:
- Choques elétricos e incêndios – Quando essas ligações são realizadas sem obedecer às diretrizes técnicas adequadas, há um risco de ocorrer um curto-circuito, o que pode provocar incêndios e tragédias fatais, colocando a segurança das pessoas em perigo.
- Sobrecarga da rede elétrica – O desvio de energia sem controle pode comprometer o funcionamento da rede, causando quedas de energia e danos aos equipamentos da concessionária, prejudicando inclusive moradores que não participam da fraude.
- Impacto financeiro para toda a população – As perdas geradas por ligações irregulares acabam sendo repassadas para os consumidores regulares, impactando o custo da tarifa de energia.
- Possibilidade de processos judiciais – Além das penalidades criminais, a concessionária pode mover ações para ressarcimento dos valores desviados, gerando ainda mais encargos para os infratores.
Desta forma, embora, à primeira vista, pareça uma forma de reduzir custos na conta de luz, a fraude na energia elétrica pode resultar em prejuízos ainda maiores. O acúmulo de multas, processos e riscos de acidentes tornam essa prática uma aposta perigosa, tanto do ponto de vista legal quanto financeiro.
Colaborou: Gabrielly Bento.
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