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Dólar: 3 pontos para entender a alta da moeda

A valorização da moeda americana preocupa o mercado e afeta o custo de produtos no Brasil

Dólar: 3 pontos para entender a alta da moeda
Dólar: 3 pontos para entender a alta da moeda Foto: Adobe Stock

O dólar norte-americano tem sido protagonista de movimentos significativos nos mercados financeiros, impactando diretamente a economia brasileira.

Nesta sexta-feira (5), a moeda está cotada a R$ 5,48, após registrar altas constantes desde o início do ano, quando estava abaixo de R$ 5,00. Confira abaixo os 3 principais pontos para entender essa valorização:

1. Cenário internacional e política fiscal brasileira:

Conforme mostrado nesta reportagem, o dólar forte no exterior tem exercido pressão sobre as moedas emergentes, incluindo o real brasileiro.

A indecisão em relação à política fiscal no Brasil também contribui para a alta. O discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante o evento FII Priority, do Future Investment Initiative (FII), gerou preocupações no mercado.

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Embora o governo afirme estar “colocando as contas públicas em ordem”, a questão social também está na pauta, o que gera incertezas quanto à meta fiscal para 2025.

2. Decisão do Federal Reserve (Fed):

Em junho, explicamos que no dia 12, o Fed, banco central dos Estados Unidos, manteve a taxa básica de juros entre 5,25% e 5,5%. Essa decisão impacta o câmbio no Brasil.

Analistas observam que um eventual corte nos juros pelo Fed poderia tornar a economia brasileira mais atrativa para investidores estrangeiros, aliviando a pressão sobre o real.

No entanto, por enquanto, a economia norte-americana ainda é vista como uma alternativa segura.

“[O início do corte] poderia impactar positivamente o Brasil por meio da apreciação do real frente ao dólar, uma vez que a perspectiva seria de receber parte desses recursos que migram para os EUA e outras praças financeiras” explicou Matheus Pizzani, economista da CM Capital.

3. Saída dos investidores da Bolsa e do Brasil

Em abril, mostramos que investidores estrangeiros estão saindo da Bolsa de Valores e do Brasil, buscando posições cambiais defensivas no mercado futuro. Além disso, a mudança das metas fiscais do governo brasileiro, visando ampliar os gastos públicos, contribui para a atual situação. Jefferson Rugik, diretor da corretora Correparti, destaca que a percepção negativa sobre as contas públicas também influencia o cenário.

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Vale citar ainda que a falta de previsibilidade sobre os cortes de juros nos Estados Unidos também tem impulsionado a alta do dólar desde o início do ano. Mesmo com dados recentes mostrando a resiliência da economia norte-americana, a persistência da inflação afasta a possibilidade de diminuição das taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed).

Desde julho do ano passado, os Estados Unidos têm mantido as taxas de juros nos níveis mais altos observados em quase duas décadas e meia, variando entre 5,25% e 5,5% anualmente. Com os títulos do tesouro americano oferecendo retornos atrativos, investidores estrangeiros têm migrado capital para essa opção mais segura, retirando dólares de mercados mais voláteis, como o Brasil e outras nações emergentes.

Como isso impacta o cotidiano do brasileiro?

Nesta reportagem mostramos que, a variação do dólar afeta diretamente o bolso dos brasileiros. Preços de produtos importados e passagens aéreas para viagens internacionais são influenciados pela cotação da moeda.

Os Estados Unidos continuam sendo um dos principais destinos dos brasileiros, e o dólar é amplamente aceito em outros países.

Nesse contexto de volatilidade cambial e expectativas econômicas globais, o Brasil enfrenta desafios para equilibrar suas políticas monetárias e fiscais, buscando garantir um ambiente estável e atrativo para investimentos, enquanto monitora os movimentos do mercado financeiro internacional.

Colaborou: Gabrielly Bento.

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