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Dólar hoje: moeda sustenta queda de 1,49% e fecha abaixo de R$ 5,50

Com forte valorização do dólar na última semana, moeda americana chegou a ser vendida a R$ 5,70

Dólar hoje: moeda sustenta queda de 1,49% e fecha abaixo de R$ 5,50
Foto: Envato Elements
O que este conteúdo fez por você?
  • Na quarta-feira (3), o dólar começou a mostrar baixa ao ser cotado a R$ 5,5683
  • Anúncio de corte ocorre após dias de turbulência nos mercados, devido à crescente desconfiança dos agentes econômicos
  • Investidores aguardam a divulgação dos dados do payroll, o relatório de emprego dos Estados Unidos

dólar hoje fechou o pregão em queda de 1,47%, a R$ 5,4864, nesta quinta-feira (4), menor valor desde 26 de junho deste ano, quando a moeda americana foi negociada a R$ 5,4511. Durante todo o dia, o dólar não ultrapassou a marca de R$ 5,50.

Leia mais: Disparada do dólar: entenda os impactos diretos do câmbio alto na sua vida

Com forte valorização do dólar na última semana, a moeda americana chegou a ser vendida a R$ 5,70, valor influenciado, principalmente, por uma série de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Banco Central e ao presidente da instituição, Roberto Campos Neto.

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Para reverter a situação, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou ontem que o presidente determinou a preservação do arcabouço fiscal e revelou um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas com benefícios sociais para 2025. Essa decisão veio após dias de turbulência nos mercados, causada pela crescente desconfiança dos agentes econômicos em relação ao compromisso do governo em cumprir as regras fiscais vigentes.

“A primeira coisa que o presidente determinou é: cumpra-se o arcabouço fiscal. Não há discussão a esse respeito”, afirmou Haddad em uma coletiva de imprensa no Palácio do Planalto. Ele explicou que a orientação de Lula é de garantir que o arcabouço seja preservado a todo custo. Isso implica que o governo vai conter despesas já em 2024 para alcançar a meta fiscal e respeitar o limite de gastos. As contenções devem ser formalizadas no próximo dia 22 de julho, quando será divulgado o próximo relatório de avaliação do Orçamento deste ano.

O diretor de câmbio da Ourominas, Elson Gusmão, diz que o mercado aguarda a apresentação do relatório bimestral de despesas e receita, na penúltima semana deste mês, para verificar se alguma dessas medidas já serão detalhadas. “Com a liquidez reduzida, qualquer ruído político hoje poderá fazer preço. Estaremos atentos a todos os desdobramentos”, observa.

Já o head de tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, aposta que essas mudanças prometidas pelo governo devem fazer a cotação do dólar se consolidar em torno de R$ 5,30. Ele reflete também que no cenário exterior há perspectiva de queda da taxa de juros, prevista para o final do ano. Para que o dólar volte ao patamar de R$ 5 ou abaixo disso, Weigt explica, é preciso ver ações concretas do Executivo. “Observamos a intenção do governo e implementar essas medidas, e à medida que percebermos a transição da intenção para a prática, o dólar pode facilmente atingir os R$ 5. Se houver ações concretas para reduzir os gastos, isso contribui para a valorização do real”, diz.

Dólar recua 0,36% em julho

O ministro da Fazenda também aconselhou o presidente a ter um pouco de cautela quanto às declarações sobre a política monetária e às críticas à atuação de Roberto Campos Neto, atual presidente do Banco Central (BC).

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Em apenas um mês, o dólar subiu 7,32% e, neste ano, acumula alta de 16,11%. No começo de junho, a moeda estava cotada a R$ 5,23, mas foi aumentando a cada declaração de Lula sobre Campos Neto e os gastos públicos. O presidente insistia, à época, que não era necessário cortar despesas, o que gerou preocupação entre os investidores.

Outro fator que contribuiu para a queda do dólar hoje foi o feriado nos Estados Unidos, que celebrou o Dia da Independência Americana. A folga fez com que as bolsas de Wall Street encerrassem suas operações mais cedo ontem e só retomem suas atividades amanhã. Além disso, os investidores aguardam a divulgação dos dados do payroll, o relatório de emprego americano, que será publicado nesta sexta-feira (5). Esse indicador é cuidadosamente monitorado pelo Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, ao avaliar o estado do mercado de trabalho e determinar sua política monetária.

A moeda americana acumula, em julho, queda de 0,36% na semana, um recuo de 0,36% no mês e uma alta de 14,75% no ano.

O que afetou o dólar hoje?

  • Fechamento:
    • Dólar fechou em queda de 1,49% nesta quinta-feira (4).
    • Comercializado a R$ 5,486, menor valor desde 26 de junho.
  • Valorização recente do câmbio:
    • Na última semana, o dólar chegou a R$ 5,70.
    • Influenciado por críticas do presidente Lula ao Banco Central e seu presidente, Roberto Campos Neto.
  • Medidas do governo:
    • Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou a preservação do arcabouço fiscal.
    • Corte de R$ 25,9 bilhões em despesas com benefícios sociais para 2025.
    • Decisão tomada após dias de turbulência no mercado e desconfiança dos agentes econômicos.
    • Haddad enfatizou a necessidade de cumprir o arcabouço fiscal e conter despesas já em 2024.
  • Declarações do presidente:
    • Haddad aconselhou Lula a ter cautela nas declarações sobre a política monetária e críticas ao Banco Central.
    • Preocupação gerada entre investidores devido a declarações anteriores de Lula.
  • Impacto dos feriados e eventos externos:
    • Queda do dólar também foi influenciada pelo feriado nos Estados Unidos (Dia da Independência Americana).
    • Bolsas de Wall Street encerraram operações mais cedo e retomam amanhã.
    • Investidores aguardam dados do payroll, relatório de emprego americano.
  • Performance do dólar:
    • Acumula queda de 0,36% na semana e no mês de julho.
    • Alta acumulada de 14,75% no ano.
    • No início de junho, o dólar estava cotado a R$ 5,23.
    • Aumento gradual devido a declarações de Lula sobre Campos Neto e gastos públicos.
    • Leia também: O que vai acontecer com o dólar em julho? Veja o que pode impactar a moeda