Recentemente, os títulos IPCA+ do Tesouro Direto têm chamado a atenção dos investidores. Em meados de abril, as taxas oferecidas por esses títulos ultrapassaram a marca de 6%, um nível raro registrado nos últimos dez anos, conforme levantamento da Quantum Finance, a pedido do E-Investidor.
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No entanto, apesar de parecer uma oportunidade atrativa, muitos investidores estão se deparando com a desvalorização em suas carteiras.
Conforme matéria do E-Investidor, uma das principais razões para a desvalorização dos títulos é a chamada “marcação a mercado”, um mecanismo de atualização diária dos preços de papéis de renda fixa com base em critérios de oferta e demanda.
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Sendo assim, quando as expectativas para os juros sobem, os papéis atrelados à inflação desvalorizam, e vice-versa.
Por exemplo, quem comprou um “Tesouro IPCA+ 2035” no início de 2024, quando o rendimento oferecido acima da inflação era de 5,32% ao ano, agora vê esse mesmo título oferecendo um rendimento de 6,26%.
Essa diferença resulta em desvalorização do título, o que significa que, se vendido agora, o investidor enfrentará um deságio.
Mas o que fazer nesta situação?
Maria Luísa Nepomuceno, analista de renda fixa da Nord Research, sugere que os investidores aguardem, pois há possibilidade de os títulos registrarem ganhos no futuro. “Nesse momento, o investidor que já tem o título deve aguardar”, afirma a especialista.
Colaborou: Renata Duque.
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