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- Depois da queda observada desde a última reunião do Copom, os títulos do Tesouro Direto voltaram a subir nesta terça-feira (25)
- Ata do colegiado trouxe a revisão das estimativas do BC sobre a taxa de juros real neutra, dando impulso aos títulos públicos
- O juro real do Tesouro IPCA+ 2035 subiu para 6,3%, enquanto prefixado 2027 avançou aos 11,47%
Depois da queda observada nos últimos dias, os títulos do Tesouro Direto voltaram a subir nesta terça-feira (25). Desde a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que manteve a Selic a 10,5% ao ano, as taxas dos títulos passaram por uma tendência de queda. Hoje, por outro lado, com a divulgação da ata do Copom — que revisou a sua estimativa de taxa de juros real neutra —, os rendimentos voltaram para uma trajetória ascendente.
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Na atualização das 13h01, o juro real do Tesouro IPCA+ 2035 subiu 0,04 ponto percentual (p.p.) na comparação com o fechamento da véspera (24), chegando a 6,30%. Apesar da recuperação, a taxa ainda está inferior ao pico observado na quarta-feira passada (19), quando alcançou 6,34%. Com vencimento mais curto, o IPCA+ 2029 sobe de 6,25%, registrado na segunda-feira, para 6,28% hoje. Confira abaixo a variação dos títulos de inflação:
- Tesouro IPCA+ 2029: 6,28%
- Tesouro IPCA+ 2035: 6,29%
- Tesouro IPCA+ 2045: 6,32%
Também estão em movimento ascendente os títulos prefixados. O Tesouro Prefixado 2027 está com rentabilidade a 11,47%, um avanço de 0,04 p.p. na comparação com a véspera. Enquanto isso, o prefixado de 2031 alcançou a marca de 12,14%, alta de 0,06 ponto percentual.
- Tesouro prefixado 2027: 11,47%
- Tesouro prefixado 2031: 12,14%
Ata do Copom e o futuro da Selic
Nesta terça-feira (25), o Banco Central aumentou a sua estimativa de taxa de juros real neutra, de 4,5% para 4,75%, por meio da ata da mais recente reunião do Copom. A projeção do BC era estável desde meados de 2023. “Em função da incerteza intrínseca e da própria natureza da variável, o Comitê reforçou que a taxa neutra não é uma variável que deve ser atualizada em frequência alta e que tampouco deveria ter movimentos abruptos, salvo em casos excepcionais”, diz a ata.
Em relatório, os analistas do Bradesco destacam que a principal mensagem do colegiado é o compromisso em reancorar as expectativas de inflação. “Em nosso cenário, o firme compromisso do Copom com a meta de inflação de 3,0% vai dar resultado. Projetamos inflação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 3,1% no ano de 2025, abrindo espaço para retomar o ciclo de afrouxamento monetário no segundo semestre do ano que vem”, avaliam.
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Já o Itaú pontua que o tom das autoridades foi um pouco mais duro na ata da última reunião. “Anteriormente, indicaram que alguns membros consideravam os riscos de inflação assimétricos para cima. Agora, afirmam que a maioria decidiu manter o balanço de riscos simétrico nessa reunião”, afirmam os analistas.
Isso, de acordo com o banco, abre “alguma margem” para o endurecimento da retórica do Copom no futuro. “Por ora, seguimos com a visão de que o Copom manterá a taxa Selic inalterada em 10,50% a.a. durante todo o horizonte de política monetária. Mas nada nesta ata sugere que o próximo movimento da Selic será de queda.”