

Guardar dinheiro vai muito além de simplesmente juntar valores: é uma forma de se proteger contra imprevistos, ter mais tranquilidade no dia a dia e alcançar objetivos no futuro.
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Guardar dinheiro vai muito além de simplesmente juntar valores: é uma forma de se proteger contra imprevistos, ter mais tranquilidade no dia a dia e alcançar objetivos no futuro.
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Criar o hábito de economizar ajuda a evitar o endividamento constante e oferece mais liberdade para tomar decisões. Mas e quando as dívidas já fazem parte da rotina? Será que ainda assim vale a pena guardar alguma quantia?
O desafio de manter as contas em dia segue aumentando para a maioria dos brasileiros. Conforme o Mapa da Inadimplência e Negociação de Dívidas no Brasil do Serasa, em junho de 2025, o país registrou um crescimento no número de inadimplentes, alcançando 77,8 milhões de pessoas com o nome negativado, um avanço de 1,04% em relação a maio.
A faixa etária entre 41 e 60 anos lidera o ranking da inadimplência, representando 35,2% dos endividados. Em seguida estão os brasileiros de 26 a 40 anos (33,9%), os com mais de 60 anos (19,1%) e os jovens entre 18 e 25 anos (11,5%).
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Apesar do cenário preocupante, muitos consumidores estão buscando renegociar seus débitos. Em junho, o valor médio de cada acordo firmado por meio da plataforma Serasa Limpa Nome foi de R$ 772, totalizando mais de R$ 9,90 bilhões em dívidas renegociadas no período.
Para muitos brasileiros, o desafio de organizar a vida financeira começa com uma dúvida comum: é possível ou até recomendável guardar dinheiro mesmo quando se está endividado? A resposta, segundo especialistas ao blog Bora Investir da B3, não é única. Tudo depende do tipo de dívida e dos juros envolvidos.
“Se for uma dívida com juros altos, como cartão de crédito ou cheque especial, o melhor caminho é focar em quitar o quanto antes”, orienta Brenno Domingos, planejadores financeiros, sócio da GT Capital. Isso porque essas dívidas costumam crescer rapidamente devido aos juros compostos, que, nesse caso, atuam contra o devedor.
Por outro lado, em situações onde o endividamento tem juros mais baixos, como financiamentos imobiliários ou de veículos com taxas prefixadas abaixo da Selic, pode ser vantajoso seguir com o pagamento das parcelas e, ao mesmo tempo, começar a formar uma reserva financeira.
A recomendação, de forma geral, é sempre comparar o rendimento líquido de um eventual investimento (já descontados impostos e taxas) com o Custo Efetivo Total (CET) da dívida.
Se o CET for superior, quitar o débito é a melhor escolha. Caso o rendimento líquido seja maior ou semelhante, pode ser interessante manter o equilíbrio entre o pagamento das prestações e a construção de uma reserva.
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Além disso, guardar dinheiro para ter um pequeno fundo de emergência — mesmo enquanto se paga dívidas — pode evitar que imprevistos gerem novas dívidas com juros ainda mais altos.
Colaboração: Renata Duque.
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